Vento
Eu sou o buraco que não se esconde
A teia de aranha que engole o mal
Eu sou a tempestade do vento suave
Sou a certeza do vendaval.
O chamado
Será a qualquer momento
Como uma brisa suave
Ou como um terrível vento
Será a qualquer momento
Não perguntará as cores
Nem os meus mais sérios intentos
Será a qualquer momento
Desfazendo as teias
Ou estendendo tormentos
Será a qualquer momento
Iludindo os sentidos
Ou execrando por dentro
Será a qualquer momento
Um pior desatino
Ou o melhor dos unguentos
Será a qualquer momento
Com a data marcada
Ou com surpresa do tempo
Será a qualquer momento...
E antes que ela chegue
Eu me entrego, forte, lento...
A morte...
Será a qualquer momento!
A vida é como o vento...
Após o tufão,uma brisa suave assopra;
Como o desabrochar do botão em flor;
Como a semente que germina,se tornando muda,para ser árvore...
Encontre sua essência.
Não seja laranjeira querendo produzir limões,seja você!
Simplismente você...
Pai,
Em meio a tempestade ,o vento te levou,
comigo ficou seu sorriso e seucoração ,
por onde andas e como está?
sinto tanta sua falta ,será que um dia vou te encontrar ?
Agora fica este vazio dentro de mim ,
até o dia que chegar o meu fim !
Persistência
" Lá vai ela,
com seu cardigan
cheio de rosas,
o vento à balançar
a perfeita trança.
Caminha pelas ruas,
confiante atravessa
o grande portão.
É seu primeiro dia.
O grande dia!
Tímida, senta - se sozinha.
A aula começa.
Pouco sabe,
tem sede de aprender.
A futura jornalista,
que ainda rabisca poesias.
Quer ainda,
um livro publicar.
Olha pela janela,
avista pássaros
à voar...
Liberdade!
Um dia ela também
há de voar.
Tantos sonhos
para realizar...
Sem pressa
e com vontade
de vencer,tudo
ela vai alcançar!"
Tenha uma brisa.
Um vento que bate no rosto, um devaneio flutuante, se perca em pensamentos, a qualquer hora em qualquer lugar.
Pai
É super-herói sem capa
É conversar na ponta da mesa
É vento na brasa
É o que corrige na hora que tem que corrigir
É que faz você todo dia virar criança.
Pai
é o vento que refresca
O fogo que aquece
A mão que levanta para amparar
Pai
é a voz que orienta
Corrige e acalenta
É o abraço mais sincero
Que transmite fortaleza
Beleza
Pureza
Pai
Educa com exemplo
Como flecha no caminho
Vai indicando a direção
Pai é proteção Quando erra se corrige
Porque a missão de pai exige
Transparência ternura e retidão
Outonal
Folhas secas
que caem ao chão.
Vento que passa
trazendo esperança
ao meu coração.
São tempos difíceis
em que não esmoreço.
Apenas agradeço.
Folhas secas
que caem ao chão.
Inspiram versos
de amor carregados
de emoção.
Sorria para quem
deseja ver - te feliz
e estende - lhe as mãos.
São tempos difíceis.
Renovação!
Por vezes as vozes sussurradas pelo vento me arremetem àquele lugar no passado, onde encontro seus olhos, tão repletos de um amor que nunca poderia ter sobrevivido, mas deixa as lembranças do seu abraço tão único, unicamente para torturar minha alma já cansada.
Não existe o futuro, e o agora é sem razão.
Se houvesse maneiras de viajar pelo tempo, eu ainda não encontraria esse lugar em especial, esse cheiro de saudade, esses mesmos olhos que sei nunca terem existido, mas que são toda a razão dos meus sussurros repetidos, nosso lugar inventado,
concluo que meu único amor foi somente fantasia, e o que ouço são ecos de meus sentimentos e a eles dou vozes,
talvez nada faça sentido, talvez eu tenha te criado, e por fim percebo que também nunca existi.
Ouço a melodia do vento
Vejo os lampejos no ar
Canto com os passarinhos
Espalho os véus ao luar
Com o vento vêm os amores
Em lampejos de luz cintilar
Nos ninhos, ausentes pudores
Uníssonos …
Em flor rutilar.
Outono
Nas manhãs frias,
ainda há raios de sol.
Ao longe ouço
o canto do rouxinol.
Vento passa,sinto
o perfume das
últimas flores.
Vento passa,
espalhando folhas,
sobre o jardim.
Só não espalhou
o amor, que
no coração
fez morada.
Como pássaros
no ninho, o
amor se aconchegou.
Já é outono,
tempo de se aquietar.
Tempo de semear,
se alegrar com
bons sentimentos.
Nem tudo é tormento.
Logo o vento irá passar,
junto ao teu amor florescerá.
Tempo de colher há de chegar,
sorrisos hão de se espalhar.
Vale a pena esperar,
para teus sonhos realizar.
O u t o n a l 🍃
Vento sopra manso,
folhas bailam no ar.
Gotas de chuva quando
caem ao chão,
parece música
que alegra o coração.
Encontra - se o
amor apenas no olhar,
encontra - se o
amor no abraço,
no beijo esperado.
A esperança
faz o sol brilhar,
há tanta beleza
para se admirar.
Ainda há flores
para os caminhos perfumar,
mesmo o cinza
querendo no céu despontar.
Vento sopra manso,
ainda há cores
pra se encantar.
Há amor pra se aconchegar.
Há sonhos pra florir,
no outono que chega
trazendo os
sorrisos que
na alma acolhi.
T e m p o
Sussurra - lhe o vento:
Não há mais dor, nem lamento.
Dentro de si o sol renasceu.
O amor transcendeu.
Além do infinito, há sorrisos.
Dentro de si há força.
Um desabrochar de esperança de que vale a pena viver.
Sussurra - lhe o vento:
Não há mais ódio, foi - se o tempo.
Mas há amor que transcende com o tempo.
Floresce amor que o vento espalha á todo tempo.
Esteja atento.
Sinta o vento sussurrar que amarcura toda a amargura que mora no seu pensamento.
Esteja atento.
Sinta - se amado.
Sinta o coração ser abraçado.
Ame.
E veja o milagre que faz o tempo.
Ah, o amor mora dentro.
Jamais se esvai com o tempo.
No embalo do vento
das folhas secas
caindo de mansinho
abrigo minha alma
neste aconchego
sinto sussurros
de águas mansas
que me sustentam
de fantasias
carregando sonhos
ilumino
meu lado sombrio
evito naufrágio
@zeni.poeta
Impermanência
O vento
esvoaça
minha mente.
Fragmenta
enigmas
voam
dissipam
tornando-os
desconexos
reverte
converte
restaura
apropria
por uma
brecha
de tempo
desprender
aceitar
novo momento
@zeni.poeta
O vento do mês de agosto
Leva as folhas pelo chão
Só não toca no teu rosto
Que está no meu coração.
O vento soprou
A árvore dançou
O tempo fechou
E o dia nublou.
Manhãs chuvosas
Tornaram-se comuns
Nos últimos dias.
Meus dedos deslizam
Para escrita,
Meu coração
Se encontra longe
Do corpo
Minha mente vagueia
E eu mal
Raciocino direito
Meus blocos de poesia
Estão findando
Minha paciência
Se esgotando
Por que é
Que tem certos dias
Que nos sentimos
Estranhos,
Sombrios,
Num vazio agudo?
Dias bagunçados
Deslocados
Assim como cada
Erro que me
Acometi
A escrever
"Caligraficamente"
Incorreto e borrado.
O vento me balançou
E o meu coração
Voltou...
Não tão inteiro,
Não tão imenso
Com cicatrizes
E incertezas
Destes dias...
O que eu quero
É a leveza
Sem lágrimas
E sem dor.
Vou me curar,
Sim, eu vou.
(Choveu no interior, 2018)