Vento
Bom mesmo dever ser o sol que te aquece frequentemente. Tão satisfatório dever ser o vento que te toca a todo o momento. Quão bom deve ser a terra revestida de grama que tu deitas à sombra quando o sol te esquenta com mais intensidade, terra que te conforta e aconchega toda a extensão do seu corpo. Exageradamente completa, abundantemente alegre e totalmente realizada é a chuva que quando aparece, depois de muito tempo de predomínio do calor do sol, te banha, percorre cada milímetro do seu corpo. A chuva que ao encontrar com a terra te traz um aroma exorbitante. A chuva que apenas com seu toque e existência é capaz de te fazer extremamente feliz.
enquanto no tempo,
o vento leva devagar,
o tempo e o vento,
anda sem parar.
Na vida corrida,
o tempo e o vento,
tudo é descobrimento,
vamos dar um tempo.
O vento que refresca,
por disputar o tempo,
a vida é um tempo,
o vento é um tempo.
Ouça o soneto , se olhe no espelho , sinta o vento do ventilador ,faça e desfaça não tenha medo nos somos glóbulos de amor.
A metamorfose e a hipótese se juntam em um só.
Descaradamente todo mundo mente para se satisfazer do El Amor , naturalmente buscam em gente o melhor sorriso reluzente .
Escute as paredes elas proclamam coisas que os humanos deixam de exaltar.
Paixão incógnita descrevo a proza do mar e deixo me levar .
Saia de casa perca a hora , não tenha pressa de voltar ,nada se apaga tudo se passa e só se esquece se marcado não ficar.
Eu só lamento e choro por dentro por deixar as coisas pra mais tardar
Vem no vento teus cabelos
Chega em mim teu cheiro
Teu corpo quente
De mansinho
Sem pressa
Pega de jeito meus olhos
Agarra
Mente !
FOLHA SECA
Folha Seca desprendida do galho,
Caída no chão, tocada pelo vento,
Molhada pelo orvalho;
Ao relento.
Pisada, desprezível...
Foco de nenhum olhar.
Sem a seiva,
Sem a vida,
Sem direção...
É sem graça o seu mover.
Pobre folha!...
Sem forças de locomoção,
Sem atração,
Sem qualidade nutritiva...
Segue, enriquecida com os minerais que possui; Essenciais à vida de seres, macros e micros.
Pela terra, viaja no seu curso natural, acompanhada de outros materiais, no ciclo dos nutrientes...
E em cada estágio da sua trajetória metamorfósica,carrega consigo, particularidades única; de importância múltiplas.
Sim!...
E, quanto aos sentimentos e a beleza; pode haver, em uma folha seca e morta?
Pode!...
Depende da sensibilidade de quem a ver.
Vi recentemente numa folha seca, caída, o encanto de uma formatação que me lembrou a exuberância de carnudos lábios de uma aparência sedutora.
Tremia emocionada sobre o piso do asfalto...
Ofegante e com arritimia cardíaca, suava frio;
Respirava a delícia de um perfume, exalado de algum ser alado...
Até sentir na sua textura o toque das patas acetinadas; o afago, e o beijo caliente de uma linda e solitária borboleta.
09.10.2014
O VELHO E O TEMPO
O vento do tempo soprou à distância,
todos os sonhos de minha infância
e os ideais de minha mocidade,
trazendo o vendaval da realidade.
Minhas pernas estão lentas, ao andar,
e já não conseguem acompanhar
a rapidez que o tempo passa,
feito um caçador que me fez caça.
Assim têm sido cada um dos meus dias:
adormeço quando a escuridão se inicia
e acordo tendo o sol por companhia.
Porém, sei que, tão logo vai acontecer,
eu adormecerei com a lua, ao anoitecer,
e o sol acordará sozinho, quando amanhecer.
(Livro “Arcos e Frestas”, página 14)
PEROLA
Bate pra cima a peteca
fazendo lacuna no vento
no vácuo da sua caneca
nas asas dos sentimentos.
Antonio Montes
"" Traga algo que o vento não espalhe
peça que cante uma histo de amor
que perfume a casa ao sibilar cheiro raro em nós
cultive,
que fique para sempre
Ando encontrando pedaços de você espalhados pela casa, mas sei que o vento levará tudo embora, talvez o cheiro nem exista mais, em minhas lembranças os fragmentos estão se esvaindo feito agua no deserto.
Continua nublado por aqui...
Em que altura da vida nos perdemos de nós?
Quem roubou nosso sol?
Só te peço meu amor, mantenha-me dentro do coração, permita que eu renasça todo dia dentro de você, feito o sol dos teus amanheceres, vertendo luz nos cômodos da tua alma!
Lá fora o vento forte dobrando árvores, o sol se escondendo e nuvens pesadas se formando rapidamente, mar revolto, coração angustiado... Abro a porta e olho o tempo, um relâmpago corta o céu nesse instante, recuo e fecho a porta antes que um estrondoso trovão anuncie o temporal que estava por vir... E ele veio... Chove lá fora... chove dentro de mim também.
Hoje Deus soprou o vento da paz em minha direção...
Minha alma hoje flutua leve e serena.
Meus olhos hoje, veem beleza nas coisas mais simples!
Tu foste como o vento, que veio, aliviou meu calor e logo após pediu passagem. Precisei de outros ventos, consegui algumas brisas leves, mas elas não eram suficientes para quase me tirar do lugar. Elas vinham com certa frequência, mas a intensidade era mínima. Pra ser sincera, você foi o furacão que por onde passava deixava destroços.
"Um certo dia, um certo mar me embriagou com seu som, outro dia o vento sussurrou ao meu ouvido, ao enxergar o céu azul percebi que estava em paz. Os sinais são simples, as sensações; infinitas; oportunidades; pode ser a única. Aproveite o seu dia, aproveite sua vida!"
CANTO (soneto)
Na janela pro cerrado, solitário
O apressurado vento na fresta
Amigo de exílio, o meu cenário
Sibila, e teu sibilo me molesta
E, lá no ipê, alto, canta o canário
Ouvindo o canto de sua seresta
A saudade crê, no extraordinário
A alegria, no som, a alma atesta
Mas, poucos ouvem o meu dia
Calado e frio, numa poesia fria
Ajuntando o meu aflitivo pranto
E neste choro, um choro estridente
Que me faz chorar tão incontinente
Muitos pensaram que é meu canto
Luciano Spagnol
2016, novembro
Cerrado goiano