Vento
"O tempo passou, as palavras adormeceram, mas o vento, este ainda tem o mesmo perfume que nos faz dar uma volta ao passado".(Marilina Baccarat De Almeida Leão)
Havia um espelho pendurado na parede. Não emitia reflexos , não havia sons na casa , nem vento nem chuva nem sol nem nada. Sabia que era uma casa porque via a parede e o espelho pendurado. Olhei diversas vezes na esperança de avistar meu semblante e poder de fato me encontrar. Passo pouco tempo em mim, na trivialidade dos dias , habito em outros seres , em outras coisas ...
Não me recordo quando e nem quanto tempo faz a ultima vez que me senti . Todos os dias quando o relógio marca vinte horas , olho para o céu da casa sem teto e me ponho a contar os pontinhos de luz na escuridão. Os pontos brilhantes pareciam querer dizer algo , mas estupido que sou não aprendi a linguagem da simplicidade. Não sei decifrar!
Entenderam ? Eu não existo...
Ah! Vento meu não sejas como as ondas
Revoltada pela ressaca da vida!
Sejas a brisa que acalenta
As saudades alheias;
O vento corre como um cavalo
por todos os lados o mar rodeia-me
Deixando recados escritos na praia
filha da espuma do beijo do mar
intolerante, inquieto, inconstante
Chove lá fora e o meu coração
chora de amor e saudade que vem
de dentro, caiem lágrimas de alegria
afinal esperar por ti não foi em vão
O vento corre e galopa como um cavalo
rodeado de mar, onde as ondas escrevem
na areia poesias de amor.!
Cavalos selvagens , tempestade de neve
onde correm como o vento...
do seu desalento, pranto sentido choroso.
Lágrimas que derretem o gelo da alma..
como fogo ardente selvagem de uma paixão..
corpo nú belo charmoso quente .!!
O vento? Eu sou o vento. O mar e a lua. Eu sou o mar e a lua. Lágrimas, amor dor, vôos de pássaros?
Eu sou todos eles. Eu danço o que sou. O pecado, a fuga, a oração, a luz que nunca foi em terra ou no mar? Eu danço o que sou.
Quem fez o vento ministrado pelas labaredas do fogo, foram sem graças ministradores, enviados para servirem favores dos que hão de herdar a salvação. Mas fizemos um pouco menor, bem-dizer, sujeito a todas as coisas, pois nada deixou que não fôssemos sujeitos a tudo em todos.
Estômago roncando.
Parece alguma língua estrangeira.
Da cozinha vem um vento
com vapores de assado que envolve
e fustiga.
Na rede.
Entre o coqueiro e o pé de mangaba:
a cidade aos meus pés.
O vento sopra como um sussurro de amor.
Sonoro,
cálido.
Esse vento vespertino
parece um sopro do capeta.
Na lida rural de agora
eu me sinto como uma costela no bafo.
Resolvi abrir todas as janelas e portas,
Resolvi deixar que o Vento, o Sol, a Luz... a Claridade me enchergassem...
Sinto-me em um estado de paz, tranquilidade.
Mas,
Meu olhar distante só me aproxima do desejo da sua volta.
E aconteça o que for para acontecer,
viverei cada dia mais à tua espera.
Quando sentires o vento forte entrar em tua morada, o apare com tuas mãos é que mandei um beijo meu de carona com ele.
Em defesa dos espinhos
Sois a Rosa eu admito
Tens perfume a se propagar no vento
Tom marcante sempre intenso
A todos encanta traz contento
Sois macia, calma e fria.
Teu movimento delicado
Traços leves e continuados
A presenciar beijos e abraços
Sim! Reconheço tua realeza
Mas creio firmemente e com certeza
Tu sem mim, não tens defesa
Livro-te de toda malvadeza
Que venha a ferir tua beleza
Mas tu, ao permitir que eu em ti não mais esteja
Quando retirado, minhas marcas profundas
Por ti e em todo teu corpo, por longos tempos.
Faço com que permaneçam
Sou o espinho,
Que por lamentar com tais queixas
Só deseja que ao observar as marcas veja
O quão grande é o amor que há em mim
Que ainda, que separado de ti eu esteja.
Minha presença em ti
Marca profunda deixa...
RABISCANDO AO VENTO
Ah!
Como amei, amei perdidamente,
Amando em lágrimas, em todo azul do mar,
Das dores me fiz crédulo,
E dos sonhos, meus versos de aflição...
Como amei, amei loucamente,
Bebendo do chão o orvalho da manhã,
E da noite o sereno da solidão,
Como poeta salmeei, versos de ausência...
Como amei, amei usando disfarces,
Para o aquecimento do coração...
Dê tudo vivi,
Rabiscando ao vento,
O que pulsava neste coração.
Jmal
Final do inverno de 2013
O MOMENTO
Sidney Santos (Poeta Dos Sonhos)
Boa noite à luz do luar
À chegada branda do vento
A você com doce amar
Carinho a todo o momento
A seu sorriso brejeiro
Gostoso abraço apertado
Beijos que chegam primeiro
E depois... um gostoso pecado
Boa noite à vermelha rosa
Retrato da mais bela flor
Boa noite a você toda prosa
Após o instante do amor
Santos, 16 de setembro de 2013 -18:00h