Vento
Nosso amor sempre foi e sempre será o mais lindo,
Contra o tempo e o vento,
estou indo , de guerras vindo
Não fique assim,
Deixe nosso amor fluindo,e a raiva sumindo.
O véu desimpedido voa velozmente sob a ação do vento desinibido; acordando o idílio que estava ainda adormecido!
Escorre o vento percorre o ar, vem o tempo e não quer parar. Nuvem seca de calor abundante traga chuva elegante.
Passam dias e minutos e você não escuto,saudade sem parar que não me deixa descansar. Seus sonhos pretendo velar sem sequer distanciar,com um tempinho posso cantar e aos seus braços descansar.Entrego a tí meu mundo com apenas um segundo, visto que o segundo é minha eternidade, o eixo da sua vida só me trás felicidade.Uma ou duas vezes não importa a quantidade o que vale mesmo é a minha intensidade.
By
Vinícius do Vale
ORDEM
Ordem cronológica
Desordem da vida
Lidar com o tempo
O vento e a lida
Ordem camuflada
Batalha política
Presunção leviana
Ordem paralítica
Ordem econômica
Desordem estabelecida
Subida que é descida
Descida que é subida
Efeito controverso:
Ordem e regresso!
Defeito em versos:
Desordem e progresso!
Poesia extraordinária
Abraço e heresia
Desordem organizada
Veneno que alicia
Às ordens do amor
Corpos se sorvem
Mordem e assopram
Seu desejo é uma desordem!
Morada Certa!
Se eu pertir um dia
Como o vento que não tem morada certa
Eu lhe faço apenas um pedido
Me guarde onde em você,um dia eu fiz morada
Pois o amor verdadeiro é como
Um alicerce bem firme e sustentável
O tempo no corroe e nem apaga da memoria
O coração é o baú da memorizando junto coma alma
E que guarda um amor eternamente na lembrança.
__Eliani Borges.
Não espere a tempestade chegar em sua vida para clamar ao Senhor... clame para que o vento do Espírito Santo de Deus afaste de sua vida toda e qualquer tempestade.
A CARAVANA
Eu sinto o vento a recobrir os passos
da caravana, rumo ao ocidente;
rompe, em seu curso, milenares laços...
Mata o passado... E o amor nele existente.
Desertos, vales... Todos os espaços
são inundados por cantar plangente...
Canto que embala a rosa em sonhos baços...
Outros jardins... Não mais chão imanente.
E há tanta dor nos braços da partida...
Tanta ventura feita vã, perdida...
Como olvidar sentir tamanho, assim?
Onde o refúgio do porto altaneiro,
das ternas mãos do amado jardineiro...
Senhor, responde: o que será de mim?
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
A ROSA SE DESNUDA
Não há no tempo a poção de magia,
que traga à rosa o seu primeiro encanto.
Foi-se-lhe a vida... Jaz em agonia,
por não mais ter a voz do próprio canto.
A primavera... Deus, que nostalgia...
Que padecer, que dor... É tanto o pranto...
Onde as sementes? Rosa tão vazia...
Rosa desnuda de cor e acalanto!
Misericórdia, céus, ouve-me a prece,
todo o esplendor da rosa, em mim, fenece...
E o desespero é qual o mar... Crescente.
É lua plena de paixão e sangue...
É rosa morta, de tristeza, exangue...
Buscando as sendas do Grande Oriente.
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
O EXÍLIO
Insensato destino, ao roubar-me a ventura
de ser rosa nos campos do meu florescer.
De furtar-me os mistérios da extrema doçura,
que um profano cultivo não sabe antever.
Exilada a um terreno deserto, de agrura...
O esplendor do meu ser faz, em mim, fenecer!
No mosaico de um chão, sem calor, sem ternura,
me retorno aprendiz... Não mais quero viver!
Jogo ao vento os retalhos banhados de orvalho,
guardo o verde florir e em negror me agasalho...
Dantes, se rosa fui... Hoje sou flor qualquer.
Pois quem foi meu poeta, ficou tão distante...
Pereceu na perfídia do agora inconstante...
E da rosa não resta o perfume, sequer!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
O DESABAFO
São todos órfãos, meus poemas, meus sonhares,
morreu de angústia o eterno vate que cantava.
E entre as colunas do meu templo de pesares,
uma saudade, imensa, ardente, faz-me escrava
de mil promessas, votos, juras seculares...
Tudo olvidado. E então, o amor que me alumbrava
tornou-se folha desvalida entregue aos ares
da tempestade hostil, feroz, que a dor agrava.
E as rimas puras, expressão de sentimento,
jazem perdidas num murmúrio de lamento...
Meros retalhos de palavras no papel.
Já não mais sei onde buscar minha poesia,
em meu jardim apenas pó, melancolia...
Onde reencontro, em mim, a rosa menestrel?
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
A REALIDADE
Já não há como rejeitar esta existência
de reflorir em meio às urzes dos canteiros.
De pouco serve suplicar benevolência,
a quem não ouve a paz cantante nos outeiros,
e desconhece, do luar, os tons primeiros,
que são, do sol, a mais sutil e pura essência.
E traz no olhar intentos vãos e sorrateiros...
E faz da vida desamor e inconsequência.
Onde o bailado do chamejo das fogueiras,
a voz do vento, a sussurrar nas tamareiras...
Neste jardim trabalha a mão da iniquidade.
Sementes negras, de amargura e de saudade,
florescem guerras, desencontros, desencanto...
Padece o sonho, ora regado por meu pranto!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
O DELÍRIO
Não sei quem sou... Sequer sei quem serei,
no vendaval, eu me perdi de mim.
Lembranças vagas, nada certo sei...
Inda sou rosa? Ou quiçá, alecrim?
Talvez areia, da senda onde andei...
Ou penas d’asa de anjo-querubim?
Cegou-me o olhar fogoso do astro rei,
pra que eu não veja mais o meu jardim?
Mas, se ao redor já não há mais canteiros,
só a tristeza vinda dos salgueiros...
Morreu o sonho, a vida se acabou?
Ou eu findei e vago no infinito...
Quem concedeu-me o fado contradito
de, por amor, já não saber quem sou?
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
MAKTUB
Quem destinou-me o denso manto do degredo,
na amara ceia, onde o destino foi selado?
Jerusalém... Sepulcro do real segredo...
Aldebaran... Berço distante... Meu passado...
Onde os arcanos que entretecem tal enredo
além memória... No ancestral, plano traçado?
Rosa exilada nas entrâncias do rochedo,
compassa o tempo, até o retorno consumado.
Se estava escrito, cumpra-se o marco imutável,
seja a aprendiz, por fim, a mestra venerável,
a transmutar estéril chão, em firmamento.
Se estava escrito... Olho ao redor... Um recomeço?
Aceito o fado. Se assim é... É o que mereço...
Há um amanhã... Que agora exista o esquecimento.
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
REFLEXÃO
Sumum é o vento andante do deserto,
surge do nada e em nada vai-se embora.
As dunas bailam, sem tempo, sem hora,
a senda faz-se um caminhar incerto.
Sumum... Mistério... Futuro encoberto,
a ventania tece o aqui ... E o agora.
Estrelas guiam... No chão de Pandora
não há vontade... Não há longe ou perto.
Destino, fado... Vendaval... Surpresa,
miragens, sonhos... Esperança acesa...
Só no infinito, rota alvissareira.
Pétalas secas, sem viço ou perfume...
Eu sou a rosa que perdeu seu lume,
no exílio imposto... Longe da roseira!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
A COMPREENSÃO
De medietate lunae, ao Ocidente...
Tanta distância, silêncio... Ironia...
Ser rosa é o canto de um amor silente,
a perfumar a noite densa e fria!
Ser rosa é a cruz da vida transcendente,
cedro vergado ante a sabedoria...
Está na rosa, o espinho da serpente,
e a suavidade da voz da harmonia.
É ousar supor no sol, seu cavaleiro,
mesmo trajado qual fora um pedreiro...
E florescer bondade e perfeição.
Na rosa, a gota de um olhar fraterno
em permanente súplica ao Eterno,
para que o amor transponha a solidão!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
O RETORNO
Embora secas, nas mãos de um grande arquiteto,
pétalas tristes são tecidas qual estrada,
em senda ascensa, a desvendar o que é secreto,
para que a rosa atinja o cume da florada.
Fecha-se o ciclo, por direito, por decreto,
a flor maior ressurge, pura, restaurada;
ao sol dormente, término do seu trajeto,
a entrega é feita. E tudo o mais é resto, é nada!
Além dos véus da inconsciência, o anjo do arcano,
abre o portal do grande mestre soberano...
Em cujo altar a rosa faz-se eternidade.
E em novo rito, ante o olhar dos imortais,
sagra-se a rosa guardiã das catedrais,
dos templos sacros, de justiça e liberdade.
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
AD INFINITUM
Ad infinitum, pela eternidade,
Eu Sou a rosa da divina essência.
Eu Sou teu canto de feroz saudade,
na vida além do véu desta existência.
Eu Sou a rosa da tua santidade,
se peregrinas rumo à transcendência;
mas sou espinho, se em ti há veleidade...
E apago o sol da profana imanência.
Eu Sou a rosa de Sarom, de Altai,
Eu Sou o Eu Sou, em ti, e Eu Sou no Pai...
Eu Sou a rosa do Oriente Eterno.
Eu Sou a rosa da mão de Adonai,
Eu Sou a terra... Maria ou Sarai...
Eu Sou o Verbo, por amor, liberto!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
É noite o vento frio bate em meu rosto.
Pela janela vejo o céu com nuvens cinzentas.
Não se parecem comigo.
Fecho os olhos e vejo estrelas a brilhar no céu.
O céu da minha imaginação.
Meus olhos fechados fitam às estrelas a bilhar.
Um convite aos enamorados.
E penso, e penso e penso.
Oh! brisa suave da noite.
Noite dos que amam, dos que sorriem, dos que alegram- se.
Noite de esperanças aos corações solitários.
Ah! como esperam um novo amanhecer.
Então sinto um leve toque do Divino no meu coração.
Levanta-te e andas,suave voz suave a mumrmurar.
Vai e segues a estrada da vida.
Ainda que tudo de pareça apenas um sonho,um sonho lindo que sempre irá existir.
Que venha:
O vento que trás a chuva,
O sol que nos ilumina,
O ar para respirarmos,
O tempo para aprender,
A vida para crescer,
E o amor que há de florescer.
O vento soprará as folhas secas que caíram em sua vida,
Mas as gotas cairão, e farão na primavera florir novamente, alegria em seu coração.
Perdi-me em tempestades......temporais....
De vento....chuva.....e neve fria.....
Murmurantes vozes....ouvidas...
No refúgio das minhas noites negras....
Carregadas de esperança....
Onde carrego as dores....de quem quer nascer......
Afago as ondas.... do mar aberto......
Escondido nas profundezas....
Do meu corpo...... da minha carne....
Onde tatuas-te na minha pele....o teu nome...
Encontro-me nas noites frias de cansaço...
Deixo- me seduzir pelos.... meus silêncios anônimos...
Percorro todos os gestos mudos....
E infindáveis abismos laterais....do teu corpo....
Perdi-me em temporais....
De vento....chuva.....fria.....
Onde tatuas-te na minha pele....o teu nome.....de desejo ardente...!!!
Você e minha inspiração. Você e o calor que aquece meu rosto e me faz sorrir. Você e o vento que me refresca e me faz sorrir. Você e a paixão da minha vida que me faz sorrir. Você e o amor da minha vida que me faz sorrir. E com esse sorriso eu cultivo novos sorrisos.
Terra de medo
e de dor
e de sonho também…
Lá fora o vento que zumbe
e uiva
e fustiga ameaçador e célere passa…
o vento a quem tudo pergunto
e nada me diz
O vento que volve e revolve
e varre
as folhas secas das mangueiras
plantadas no terreiro
que serve ao quartel de parada
O vento que zumbe e uiva
tresloucado
no negrume da noite que dói e mata
O vento que fustiga e passa
as frágeis paredes da vida
dentro do arame farpado
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Não há mais palavras,
Acabou.
O vento não uiva,
O galo não canta,
A gaita, frustrada no canto.
Acabou.
As folhas se rasgam,
E tem seu som silenciado.
Corações partem,
Trens partem.
O músico, frustrado no canto,
Tem seu som silenciado.
Silenciado pelo barulho
De sua mente, de sua alma.
Seu coração já não bate,
Silenciado pelo barulho.
Do galo, ao vento, rasgando a folha.
Da última música, que o músico frustrado,
Escreveu naquele canto.
O trem partiu, a gaita ficou, naquele canto.
" O vento que vem tecendo o tempo de quem anda só, o mesmo vento que traz a paz do outono, o sossego em silêncio. Esse vento que assobia nos meus sonhos o caminho dessa longa espera, da vida breve primavera."
Sou onda que bate no costão...
sou vento que vem e vai...
sou batida de coração...
sou da tristeza os ais...
Sou nuvem passageira
leve, ligeira...
sou o alhar do aflito...
sou o que nunca foi dito.
Sou nada
se olhar o tamanho da estrada...
mas continuo porque me iludo
pensando que neste mundo sou tudo.