Vento
❝Que o amor venha e deixe a dor virar vento de outono nesse coração que, mesmo não admitindo, tanto anseia pelo verão. Mas, que venha como surpresa. E, diferente de filmes de comédias românticas, nos surpreenda no final. Nos faça calar a boca, e por mais antagônico que seja, gritar quarteirões como o desamar é burrice.
Então ame, enquanto o amor ainda conversa com você. Ame enquanto a saudade ainda brinca de aparecer. Ame enquanto a solidão não se tornou constante. Ame enquanto… Só ame, esqueça o enquanto. Por enquanto.
Abri as janelas e deixei que o vento batesse no meu rosto, foi estranho sentir o que senti assim que acordei. O sol anunciou um caloroso bom dia pela primeira vez nestes últimos sete meses. Mas eu não estava pronta para a luz. Fechei as cortinas e deixei que a escuridão dominasse meu mundo outra vez. Que babaquice, mas inteligente, talvez.
Pensamento Pensativo
Olhando para o vento,
Minha voz não sai do meu cérebro,
Prefiro a voz, pois as letras choram,
Prefiro o dia, pois à noite me arrepia.
Olhando para o nada,
Meu cérebro não esquece minha voz,
Prefiro o cérebro, pois as letras brincam,
Prefiro a solidão, a multidão.
Olhando para dentro,
Vejo os meus pensamentos,
Prefiro ver, a maldizer,
Prefiro tu, a você.
O vento seco bem como entre fogo
a perdição em pleno ar da tarde
sendo, mesmo o fundo de uma tela
porta voz noite que nunca se calará.
Foste o vento dos meus dias
o que limpava o ceu cinzento
mas cansei de esperar por ti
já não vales o meu tempo
Chorei e choro por ti
cansei me de esperar
por quem não espera nada de mim
Hoje voltei a respirar.
Como vento à voar
Como ondas à Bravejar
Como briza suave chegará
Como sussurro da madrugada em minha porta tocará
Com encanto tal
Com encanto outrora do Mar Aral
Que me encantou e se apagou.
Contra o vento de um deserto infinito
Frases que não formam pensamento algum
Com a polpa macia de um pão
E o amor carregado de verão;
Vivo e tiro onda de momentos
Verão...
O vento passa
e traz a saudade do mar
que ficou distante,
bem longe dos meus olhos
que sorriam ao ver as ondas
seguindo livres
junto com o pássaros
que gostavam de pescar,
naquele oceano sem fim.
O cheiro da água salgada,
ficou impregnada
em cada poro do meu corpo
que sob o sol quente
das manhãs de verão,
se deixava bronzear.
Se por um acaso eu gritasse ao vento a grandeza que existe em seu olhar, eles se apaixonariam. E eu, definitivamente não toleraria que se apaixonassem pelo que me apaixonei de você, muito menos por você.
Recitais de significância polissêmica alicerçadas em ontologias de puro verdejar, esquadrejar, ventos de devir movendo cataventos de vir-a-ser.
Cada pingo na janela
Traduz no eco a voz bela
Do vento a tocar a flor
Cada gota feito lágrima
Cada gesto cada amor
Amanhece e já é dia
De sonhar em euforia
Toda sorte que chegar
Serenatas rotineiras
De pardais nas cantoneiras
Nos levantam trabalhar.
E assim se faz a vida
Como ondas a rondar
Nesse breve calafrio
Ou no lume versejar
Cada curva traz montanha
Onde a alma livre assanha
Querendo encontrar
Um azul que já nem sei
Quem é o céu ou é o mar.
Folhas que se vão...
Hoje o vento e o tempo pararam, e me olharam estranhamente de forma compreensível, como se quisessem me mostrar algo.
Estenderam suas mãos e me convidaram a ir com eles...
O Tempo me mostrou que era rápido e sábio, já o Vento me mostrou que tudo o que ele levava para si, não mais devolvia.
Em uma imensa arvore o Vento encostava e levava consigo as folhas que caiam no chão, elas sumiam deixando a mensagem que ali morria algo precioso...
Essa arvore se chamava Vida.
Então indaguei: - Como pode o Vento levar as folhas que ainda quero que permaneçam junto à nós?
O tempo então me respondeu que quando o vento levava suas mãos à arvore, ele buscava algo que já completara sua missão.
Algo que seria levado para renascer em outra arvore, e que em cada arvore que passasse voltaria em estado mais perfeito.
Olhando atentamente percebi seu nome em uma das folhas, e entendi que o Vento e o Tempo trabalhavam juntos com Deus, e que por esse motivo, nada é por acaso.
Para você que se foi, mas que sempre permanecerá em nossos corações!
Vai em Paz... Sentiremos saudades!
Quem sois vos?
entre os vagantes...
replico teu nome
sobre breu ardi-o
sois o vento
entre tantos sois vós perdido...
não tenho mais um coração...
não me diga nada,
se tu sois arrependimento...
vejo a ti sobre a escuridão,
mesmo se tivesse uma alma,
ainda seria atormentada,
pelos cleros nunca me calarei,
e assim neste caminho sem mesmo
nessa fronteira de despedida,
reato meus atos vertiginosos,
então tão deprimentes...
sobre o carma dessa cálida,
desaba após cantos perdidos,
Nessa escuridão vertente
no cálice que tanto bebi...
fato que se foram,
entre tanto me calei...
diante meu gritos na solidão,
me diga sois entre tantos mortos,
intermináveis com as sombras que sois,
tentei me agarrar na humanidade...
que foi que mereci apenas escolhi a
tristeza num fonema como estranho sonho...
em tantas contradições exponho minha carne...
no meio de canibais exploro meus medos,
nunca vou repetir tais sentenças.
