Vento
Peço a paz e o silêncio
A paz dos frutos
e a música
de suas sementes
abertas ao vento.
Peço a paz
e meus pulsos
traçam na chuva
um rosto e um pão.
Peço a paz
silenciosamente
a paz, a madrugada
em cada ovo aberto
aos passos leves da morte.
A paz peço, a paz apenas
o repouso da luta no barro das mãos
uma língua sensível ao sabor do vinho
a paz clara, a paz quotidiana
dos actos que nos cobrem
de lama e sol.
Peço a paz e o silêncio.
Ela: Acabei de abrir a janela da minha saudade, não consigo controlar o vento da sua falta... está doendo...
Ele: As portas do meu pensamento estão abertas, sentindo a falta das suas palavras... e muita.
Rebeca e Jota Cê
-
Seguir o sol
Sem saber aonde vai dar
Guiado pelo o luar
Um vento vem me incomodar
Navego em pensamentos distantes
Com um sorriso no rosto
Um instante vem me lembrar que devo voltar.
"Corro de conivência ao vento. Contra ou a favor(...)
Não o vejo, mas posso sentir...
É como andar descalço e sentir a terra
É como molhar-se na chuva e sentir o frio.
Vento esse destemido, forte e acolhedor.
Dentro há confortações e emoções de todo amor.
Algo inexplicável de um prazer inevitável e insuperável"
Na água dos olhos
a contemplação
No vento alado
o perfume das rosas
No trigo dourado
a promessa do pão.
Tem horas que precisamos simplesmente deixar acontecer, apenas observar, fluir com o vento, para onde ele for. Perceber... é só perceber e receber. Sentir na pele a vibração do amor puro. É perfeito, é seguro, é para sempre. Então, deixa...
Qualquer lugar é mágico…
Basta sentir…
E voar nas asas do vento…
E por um momento se deixar levar…
Sonhar é de graça…
Sonhe!!!
E saber que sempre vai poder sentir o cheiro da pessoa quando seu vento passar, é olhar para céu e procurar uma estrela que pareça com vocês...
O amor é como o vento, da mesma maneira que refrigera, em grande intensidade destrói. A razão do amor assim como qualquer coisa é o equilibrio.
Crash: O que é?
Buck: É o vento falando.
Eddie: E o que ele está dizendo?
Buck: Não sei. Não falo ventanês.
Segunda feira.
15 de setembro de 2009.
Uma manhã fria, nevava. O vento batia contra as janelas das muitas casas daquela rua vazia. As aulas começavam e um ou outro corria pelas ruas, para alcançar o ônibus. E ali estava ela, não necessáriamente a espera do escolar. Estava apenas saindo de casa, com as chaves em mãos. Iria de carro. Usava vestes apropriadas para o dia. Uma calça de couro preta e botas. Usava também uma camiseta deuma banda de rock dos anos 80 e um sobretudo preto por cima. Os seus cabelos escuros estavam soltos e os olhos num verde esmeralda destacavam-se devido ao lápis escuro.
- Volta pra casa depois?- O homem perguntou, parado na porta, com um sorriso no rosto. Uma garrafa de cerveja em mãos. A menina revirou os olhos ao vê-lo levá-la aos lábios. Como fora parar ali?
- Sim, vou voltar para a minha casa.- Enfatizou, abrindo um sorriso lateral, que logo sumiu de sua face. Derick não era uma garoto feio, mas também não era uma beleza rara. Tinha cabelos escuros e a pele clara, os seus olhos eram num cinza claro e o seu corpo era ideal, talvez fora muito bonito no colegial, mas não agora. Agora era só um bêbado viciado, que vendia drogas para sobreviver.- Até mais, Derick.- Acrescentou e seguiu até o velho impala, estacionado em frente à velha casa.
- Espera, você me liga, Myv?- Derick perguntou, jogando a garrafa agora vazia na lata de lixo enferrujada.
- Derick, você está parecendo uma garota.- Myv riu e abriu a porta do carro.- Não, eu não vou ligar. Apareço quando sentir necessidade.- Piscou marota e entrou no automóvel, fechou a porta e deu a partida, acelerando com tudo rumo ao colégio em que estudava.
Tu disses ao vento que me excluiu de teus pensamentos
Ele veio até mim e disse: é mentira
De um amor despedaçado permanecem as feridas
Mas as lembranças que cercam se tornam como pedras
Que desabam nas tentativas esquecidas
E esmagam as frases não ditas
Introdução do talvez ou nunca
Na brisa que sinto há palavras escondidas
Em destinos confusos sem planos
Nos corações mortais machucados
Cicatrizes abertas e o frio que gela
É teu nome que ouço de dentro da cela
Reproduzido em milhões nas paredes riscadas
Marcas do delírio e é escuro, sem janela
O que poderia ter sido se não fosse a pressa
Das vezes que rimei da angústia que deixou
Frieza de emoções é o que restou
Não puder amar foi a pior sequela
Pra todo sentimento agora há cautela
Peguei meu amor e pendurei no varal depois de limpo. O vento secou sem o calor do seu sol. Mesmo assim eu o guardei. Ainda desbotado era peça única, ficou marcado. Marcado por um ferro que com brasa quente, derretia a seda amarrotada de ansiedade e aguava minha parte bonita, bem passada, aquela... do passado. Sobre o afetuoso elo calado que se içava aqui por dentro, saltei em um beco de flores. Chamei o tempo de solução. Cantei proezas e sorria amores.
Aquele mesmo tempo já sabia sua vez...
E com conhecimento me disse: vida é emoção! É agora, é movimento, é feito. Depositei saudade nas vontades do meu corpo e carreguei com muita fortaleza. Talvez por este excesso, senti seu peso e pousei na agonia cansada. Bom ou ruim fui motivo de sensação para abrigar nossos desejos em meu amor:
Coberto sem teto; Regado com terra; Plantado em pedra.
Um brinde ao nosso mundo consumado. O vento daqui é muito forte ...
Agora eu não concluo, mas por você guardo este amor, ele também sentiu frio. pendurado alí, no varal, tão só. E agora dorme limpo, em paz, tranquilo, macio... Outro dia me des-pregador. Se ao acaso eu me soltar é porque continuei aí do lado, no nosso ocaso escuro, em cenário para enamorados.
(tin tin)
Um dia me perguntaram o que eu mais desejava da vida?respondi:desejo sentir o vento no meu rosto num fim de tarde...ouvir os passáros...pisar na grama...tomar banho de cachoeira...aí percebi que queria muitas coisas; mas o que eu mais queria era seguir o som da minha alma...