Vento
Em meu pensamento voam sentimentos, vão-se momentos e padecem jogados ao vento aquilo que um dia foi jura de amor.
Você questiona a minha singular falta de ambição. Mas saiba que, nesse momento em que o vento frio invade meu quarto, eu ambiciono - intensamente e descaradamente - o calor do seu abraço depois dos gemidos de êxtase em seus braços...
E o vento sopra sem rumo e nasce do nada, a vida é simples e leve apra se compreender que é preciso caminhar em busca de dias melhores!
"O comecinho da noite ja parece com você, o vento gelado parece com a gente, o cheiro meu perfume tem a sua cara."
Lua Minha
A voz do vento
me trouxe um recado
triste fiquei
por ti procurei
Ah! Meu coração
pobrezinho disparado
sentiu uma dor
um vazio, um calor
A voz do vento soprou disparada
dizendo que o meu amor
lindo amor das noites enluaradas
foi-se embora qual a madrugada
Pedi a brisa amiga que soprasse
forte contra as nuvens
libertando a lua cheia
dos amantes companheira
Oh! Lua majestosa
Ouse, brilhe como nunca
É o meu amor esmaecido
que te pede misericórdia.
O mar me falou de suas grandezas .
Do vento que o agita
Das folhas que nele cai
Da terra que ele habita
E dos tesouros perdidos que nele se encontra
E eu falei de você e ele se sentiu super pequeno.
Tolo apego emocional... que me induz a te querer e me desvia de você, como o vento dissipando nuvens.
Antes que amanheça.
Sentir o sopro frio que o vento trás
Lembrar que hoje não te tenho mais
Mas como apagar o que passou? se em meu coração ainda existe a dor.
Que não sara e aumenta cada vez que penso em ti,
Ter você aqui dentro e tão longe de mim.
Se me olho no espelho enxergo você,
Como não lembrar de alguém que forma comigo um mesmo ser?
Você conquistou um espaço e hoje ele está interditado,
Tem uma placa sinalizando isto, de longe podem avistar.
Mas penso, até quando ainda vou te amar? Vale a pena sonhar com o que já passou?
Será que em você algum sentimento restou?
Devo entender que ciclos terminam, fins e inícios surgem para que novos momentos eu possa viver.
O mundo não para, minha vida não para, mesmo sem ter você. Algo novo me espera, não tenho pressa pra que isso aconteça. Enquanto isso, deitarei e quem sabe sonharei com você antes que amanheça.
Poesia ao Vento
Hoje, escrevo para o vento...
Semeador da vida na Terra.
Vento que refresca com a brisa nossos corpos...
Que espalha as sementes nos campos...
Que furioso nos destrói...
Hoje, escrevo para o vento sagrado...
Para a brisa do mar...
Para o sopro que vem das montanhas...
Hoje, escrevo para ti...
Vento sagrado... Brisa sagrada... Vento furioso...
Vento que leva meus versos sem rumo...
Vento que traz a chuva... Que purificam as almas...
Vento que bagunça as páginas da vida...
Vento que traz e afasta pessoas...
Vento que encanta...
E também desencanta...
Bom tempo
Ora, ora, ora, ora
Enquanto o vento leva embora
todas as mágoas e as angústias
O sol se abre para o amor
traz a alegria e o esplendor
de que necessitam nossos corações.
A brisa que bate na janela (de madeira)
logo cedo, ao amanhecer
Me traz um cheiro de canela
e me faz lembrar de você.
Vento gelado, madrugada silenciosa, pensamento longe, desejo ardendo, saudade batendo, tristeza soando; quem nunca ?
"O vento é agradável e quente nessa noite de Abril. Há poucas pessoas em volta e minha cabeça está inclinada entre seu ombro e pescoço, de uma maneira que consigo sentir sem esforço o cheiro do seu perfume, que era, de longe, o meu favorito. Com uma das mãos ele acaricia meu cabelo, alterando entre um cafuné e um carinho delicado no meu ombro. Sinto meu corpo tremer e deixo que aquele arrepio percorra meu corpo inteiro. Continuamos assim durante alguns minutos em silêncio. Olho para ele e sorrio. Ele me beija a testa, solto um gemido baixo.
- Isso nunca vai dar certo… – sussurro ainda com seus lábios colados em minha testa.
- Deixa de ser teimosa! – diz ele soltando uma risada. Brinca com meu nariz e depois o solta.
Rio. Ele me diverte e o pior é que não tem noção de como me faz bem. Ajeito meu corpo em seu colo e ele em um movimento calmo me envolve completamente em seus braços e me puxa para perto. Consigo sentir seu hálito fresco da tamanha a proximidade de nossos rostos, ele sorri torto e não consigo deixar de retribuir o sorriso. A luz da lua parece acariciar o seu rosto, seus olhos negros, intensos, vivos e alegres ganham um brilho arrebatador.
Eu não era teimosa, e tinha a total certeza de que não daria certo no momento em que lhe dei o meu primeiro “sim”, e o “sim” daquela tarde no carro, naquele final de semana nas férias, no corredor durante o intervalo da aula (…) e hoje, quando recebi sua mensagem. Então, porque eu disse sim todas às vezes? E pior, porque hoje? Depois de tanto tempo? Talvez seja por causa do cabelo desgrenhado ou daquele olhar negro. Talvez seja o sorriso torto ou a maneira como gesticula, como olha, como ri, como ousa me desvendar. Ou agora, com sua respiração quente ao pé do meu ouvido…
- Senti sua falta! – disse ele, obviamente mentindo.
Mentira! Ele beija meu pescoço. Não aguento mais! E morde de leve. Como eu odeio você!
- Eu também senti a sua falta! – disse quase como um sussurro, quase como uma prece: “fica!”. E sem dúvidas, era verdade, não havia nada que eu sentisse mais falta.
E em um momento meu rosto estava entre suas mãos e noutro seus lábios estavam suavemente encostados nos meus. Ele me pressiona contra si, com desejo, saudade, paixão. Então me deixo atrair, assim, como sempre. Perco-me nos seus olhos negros; agradavelmente arrebatada pelo calor de nossos corpos. Nosso beijo. Vício, anseio, querer.
“Querida? Querida! Acorda!” disse ao fundo uma voz conhecida. “Está na hora de acordar!” Senti que me sacudiam o ombro. Arregalei os olhos sem entender nada. Mãe? Olhei no relógio e já passava das seis e meia. Mas… “Está tudo bem?” Sim e não. Procuro meu celular e o encontro na cabeceira: Você não tem nenhuma mensagem. Mas…
Na janela entreaberta, o sol invadia o meu quarto. Mas nem mesmo o clarão era capaz de tirar aqueles olhos negros sobre a luz da lua do meu pensamento."
O tempo passa como poeira que baila com o vento ficando as lembranças perdidas no meu espaço, cria-se um compasso entre a realidade de agora e o sonho de outrora. Meses e meses eu caminho só. No meu íntimo continuo a lembrar da nossa primeira vez. Fomos adolescentes, fomos crianças, loucos jovens maduros, fomos até inconsequentes, mas nada apaga um amor como esse que se foi e somente lembranças ficaram. Meus olhos continuam como rio que desce, continua como lâmina que fere. Na minha face meus olhos inflamados, no coração o aperto da perda brusca e na minha alma a memória conserva aquele amor interrompido e de um adeus contido ainda em lágrimas.
"Eu vejo vida no raiar do dia...
No cantar dos pássaros,
No doce movimento que o vento
Faz ao encontrar a minha cortina.
Eu vejo esperança nas nuances
Que o olhar daquela criança feliz
Me apresenta, sem querer...
Tocar o céu, não sei se será possível,
Mas algo carrego comigo, e é certo:
Posso pintar, todos os dias, o meu céu
De um azul tão singular que nem eu,
Por mais que seja o pintor, sei a fonte.
Só sei que é lindo e faz um bem danado...".
O que ele queria, não podia ter
O que tinha, já não importava mais
O sol, o vento, os dias
Ele tinha pouco tempo, e não sabia
Era uma terça feira de sol, flores e sorrisos naquele belo jardim
Enquanto ele escrevia, a vida passava, tão simples assim
Mas ele jamais imaginava, que aquele era, dois dias antes do fim
Ela olhava o céu que trazia no vento lembranças e transformava nuvem em riso. Ela olhava o mar que trazia no horizonte sonho e canção. Ela olhava a janela que abria o paraíso. Ela olhava o mistério que trazia o dono do seu coração.
"Por momentos, queria ser poeta. As palavras fogem no vento e restam as minhas mãos cheias de ti e os meus lábios cheios de promessas mudas."