Vento
Liberdade de uma folha
girando solta no ar,
nas circunstâncias do vento,
o vento que é sem caminho
embora seja caminho
onde vaga o seu voar.
Se o vento é que nos dirige
por que, folha, nós queremos
dirigir nosso voar?!
O vento sopra impetuoso,
vergando a copa das árvores.
As folhas caem no chão:
folhas secas, folhas verdes.
Por que não somente as secas?
vento sacode lento a rede vazia.
vitrais refletem sol
no corpo da menina
debruçada na varanda
varanda do céu
menina do mundo
a pressa não passa
quando cabelo balança
sem querer o céu.
nem nada
vento sacode a saia
embaraça os cabelos
leva embora o inverno
e o girassol.
Pra sempre vai ventar
e tudo voar.
e voar.
e voltar.
talvez ela espere.
a marujada passar
com cantigas de ninar
com a flor seca entre os dedos.
espere.
.
Receita
A vida passa sem perguntar;
O vento passa sem perguntar;
As aguas passam sem perguntar;
Mas o Amor esse sim pergunta se pode passar no entanto muitos negam sua passagem sem sequer perguntar;
Como se fosse muito dificil pelo menos perguntar:
Por que me amas?
Ou se mesmo sem perguntar deixar que ele passe, que talvez leve a vida a passar ou mesmo naum passe.
Seja amor eterno que dure até mesmo em outra vida...
Porque entaum não perguntar a vida porque ela passar sem ao menos um amor deixar?
Nosso amor é u tesouro não é folha ao vento
Não há força tornado que possa o derrubar
E quando ele faz-se existir além do sentimento
Nada nesse universo consegue o modificar
Nosso amor tem chama ardendo em felicidade
Incendeia feito fogo a lenha do nosso querer
E quando queima a dor lavrando a saudade
Mesmo o Ice-Berg se derrete no seu prazer
Nosso amor é diamante de luzir ofuscante
Não existe brilho mais vivo ou a ele igual
É um sol luzente é o amarelo mais brilhante
Incide em toda a parte do globo continental
Nosso amor tem força de um vendaval
Derruba a solidão e arrasta a pra bem distante
E quando a saudade se pimenta pondo mais sal
Nada na vida move-o no sabor adoçante
Nosso amor é ouro puro não é bijuteria
Uma joia rára que ninguém mais pode o possuir
É feito de estrela celeste, de cor e de alegria
Não é qualquer amor esse amor nosso no fluír
Neste dia frio
como um dia de fio de seda
o vento toca cedo em seu rosto
que esta exposto
aos meus...
Para lhe ter roubaria
somente por um dia
passaria mares
pegaria aves
um dia de frio
que depois poderia ficar sombrio...
Pois por seu amor
faria e juntaria
fogo com agua...
Gaivota
Gaivota, trazida pelo vento,
Corta o ar envolta em brumas.
De tão leve aninha as plumas
E faz o mar unir-se ao firmamento.
Lança-se em vão no infinito,
Envolve-nos em sua dança.
Exibe-se com graça e avança
Ruflando as asas de um modo tão bonito
E da janela observo tudo a volta
Mas o que mais me encanta é a gaivota
No seu vôo alto e fiel.
Pássaro de brancura alva
Feito um brilho de estrela d’alva
A desenhar pela manhã a flor do céu.
Devaneios ao vento...
em ponteiro de setas que
me impedem de seguir,
então fico aqui...
Quando etésios me
anunciam o calor do verão
em alísios me alisando
as velas da imaginação
fugindo dos amores
em tormentas que
tornan-se nuvens negras
ciclone das paixões violentas
que nos rodopiam até cessar...
quando parece que nem existiu
se não pelo estrago e
virão brisas das ilusões.
Sigo de vento em popa
com minhas fantasias de
furacão deste meu amor
impetuoso por ti
que me vê como um
fenômeno típico do tempo.
O que faço...
para soprar pra ti
esta minha manifestação abstrata
e perceberes que estou aqui...
um dia voce me disse que o amor e igual o vento, que nao possamos pegalo apenas sentilo,mais o meu amor mais se parece com um furacao que ao enves de me tocar como uma brisa invade e destroi meu mundo que levei uma vida para costruir
Fragatas ao vento...
e eu deitada aqui
na areia a olhar o céu...
nuvens cinzas
encobrindo o azul
Fragatas planando
voltando do mar,
escapando do prenúncio
de chuva,
sem bater de asas
planando...
as vezes em rodopiados
caracóis...
se certificando das correntezas,
constatando seu conhecimento
do ar, em mergulhos...
algumas a furtar peixes,
nas demarcações da rede de pesca
e outras a fisgar em ocasionais
mergulhos no mar...
Cada qual com sua característica,
de instinto... ou inteligência...
Embora as da rede pareçam espertas...
As selvagens em decorrência
natural dos instintos,
maiores e mais belas...
num rodopio sou ombro
vento escuro da noite
o anjo que chora
lágrima morta
sorriu na boca
de um fado que corta
Jamais perca seu equilibrio por mais forte que seja o vento da tempestade busque no seu interior o abrigo, pois de que valem os DREADS e essas TRÊS CORES se as palavras que saem das nossas bocas são proferidas impiamente envão?
Então o que lhe faz um rasta é a ALMA e o CORAÇÃO!