Vento
E o vento levou o que precisava ser levado,
que a terra contenha as chamas
e finalmente o ciclo possa ser encerrado.
Mais um cadáver no jardim,
mais sofrimento, mais aprendizado;
me pergunto se finalmente a maldição me devorou,
se também serei condenado a viver a vida amargurado,
e que eu não pertença mais a mim
e que meu lugar seja ao lado
de todos esses corpos aqui enterrados.
Que minha alma ascenda e alcance paz,
o necessário foi feito e o passado não se desfaz.
Que a terra permita que eu descanse meus pés
e me dê forças para germinar e crescer uma vez mais.
Permita-se correr a favor do vento. A natureza é doce e ao mesmo tempo amarga. Desequilíbrio pode desequilibrar.
O SILÊNCO E A MEDITAÇÂO
"o silêncio existe no barulho da chuva, no soprar do vento, na onda do mar. Este silêncio é profundo, eterno e ilimitado. Toda a natureza é prenchida por ele."
Siddhartha
Uma porta
Uma janela
Uma fresta
Um buraco
Uma nesga
Onde entre luz
Onde sopre vento
Onde ouça o mar
Onde haja vida
Que se apresente
E seja presente.
Não ausente
Dissidente
Expoente
vida simples
Sem pretensão
Nem retenção
Simples vida
Vida boa
vida de passarinho
que canta sem ter porque.
Que vive sem saber pra que.
Cumpre o que tem que fazer.
Simples assim, lindo assim.
Vida de passarinho.
Onde suas paredes são as árvores
E seu teto é o azul do céu.
CHEIRO DE HOMEM AO VINHO
Hoje senti teu cheiro de homem no vento
Pensava em você a um tempo me tendo por inteira .
Eu te procurei e só me perdi loucamente no teu templo.
Vivo perdida a te desejar de qualquer jeito.
Hoje o teu cheiro tinha sabor de vinho.
E me alinho aos deuses do que der e vier.
Eu usava um decote ousado, imaginando provocar teu cajado.
Sou mulher de pinta atrevida.
Hoje vou invadir teu mundo cavernoso
E guiar os desatinos de meus caminhos absintos.
Quero que prove meu sabor jambú Madagáscar.
E sinta a deliciosa ação anestésica na tua mucosa bucal a te abençoar por beijar os grandes lábios meus.
Divide comigo a minha loucura
De te amar assim sem me atinar
A insanidade é uma menina
Sozinha, querendo brincar com você.
__________ Norma Baker
Quero um amor
Quero um amor
Não como vento forte
Que passa depressa
E me deixa sem norte
Quero um amor
Bem de mansinho
Como passarinho
Que faça morada
Construa seu ninho
Quero um amor
Feito calmaria
A quem possa amar
Dia e noite
Noite e dia!
ISD/Março/2016
"Paixão e amor tem muito a ver com a natureza: é como sentir o toque do vento. É quando no casal cada um sente o toque de carinho, trazendo confiança e esperança, novos sonhos. Um mar de possibilidades que uma vida a dois oferece para as grandes realizações!"
Uma noite de lua cheia, sinto o vento.
Ouvi uma batida na porta.
É o tempo.
Abri a porta e de repente um beijo suave no rosto, recordo um amor que perdi, e o tempo ri.
Eu chorei.
Os amores terminam em alguns becos sozinhos e ressurgem em algum sonho.
É a vida.
Eu ainda criança. Apresentei para todos na sala, era meu pai.
Que alegria de fazer a apresentação.
Acordei.
Olhei no espelho e não me vi.
O tempo passa, sem eu ver.
Também passa para você.
E você ainda, não vê!
Sou o que sou; vivo
Ser de vento e tempestade
Raios que perfuram consciências
E as iluminam cada vez mais
FLORES DE VENTO
DAS CORES, MOMENTOS
DAS FILHAS DO TEMPO
DE DENTRO DE SI
DE TUDO QUE VALHA
DA PRESSA QUE TRAGA
DE TANTOS, DE NADAS
DAS BRUMAS, DAS VAGAS
LEVEM O QUE RESTA
OS INSTANTES, AS FESTAS
O QUE NUNCA COMPLETA
ONDE O AMAGO APELA
QUE QUER OUTRA VIDA, NÃO ESTA!
Palavras...ao vento!
As palavras voam ao vento...
E vão se tornando versos... Cores...
Loucos amores... Encontros e desencontros...
Minutando partituras... Em desenhos de sorrir...
sem nunca pensar em partir...
No silêncio possível do reencontro dos sonhos
Ao cerrar os olhos!
AMOR DE PASSAGEM
Tem amores que existiram na vida da gente... Apenas de passagem. São como o vento fresco que passa e refresca o corpo num dia de verão e se esvai...
Eu cantei ao vento,
Das coisas que iam ao coração,
Acho que ele estava me entendendo,
Porque logo veio a chuva, como que ilustração.
Sou do tempo
sou da rua
sou do vento
sou da semente
sou da lua
sou do ventre
sou da flor
sou da guerra
sou do amor...
mel ((*_*))
E assim vai o vento arrastando tudo que vê a frente: derrubando sonhos construídos em ruínas de castelos !
Senti o vento,
passei...
vi flores
roubei,
dancei.
corri no mato
fui a lua,
Cantei.
Achei teus olhos
senti tua boca,
amei.
Fugi,
te encontrei !