Vento

Cerca de 12174 frases e pensamentos: Vento

VENDAVAL NO CERRADO (soneto)

Áspero, entre os uivos, em lufadas nos buritis
De um constante sussurrar de uma ladainha
Prelado em prece, bailam nos galhos os saguis
Na imensidão, quando a tempestade avizinha

Rezas sobre a melancolia, agitam os pequis
Sobre o cerrado, badala o sino da igrejinha
E, em refrega, no céu, desenha o arco-íris
Grassando poeira tal qual a erva daninha

Bufa, num redemoinho em tal longura
Que abres no horizonte em chiar bravio
Gemendo o sertão num suspiro funeral

E invade, como guerreiro, toda a secura
Do chão, num comando do seu assobio
Avança atroz no planalto... o vendaval

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/01/2020, Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

POETANDO O VENTO (soneto)

Melancólico, gemem os ventos, em secas lufadas
No cerrado do Goiás. É um sussurrar de ladainha
Em tal prece, murmurando em suas madrugadas
Do planalto, quando a noite, da alvorada avizinha

Sussurros, sobre os galhos e as folhas ressecadas
Sobre os buritis, as embaúbas, e a aroeira rainha
Que, em torpes redemoinhos, vão pelas estradas
Em uma romaria, lambendo a sequidão daninha

Bafejam, num holocausto de cataclísmica rudeza
Varrendo os telhados, o chão, por onde caminha
Em um cântico de misto de tristura e de euforia

E invade, o poema, empoeirado, com sua reza
Tal um servo, em súplica, pelo trovar se aninha
O vento, poetando e quebrando a monotonia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/01/2020, 05’35” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VOZ DO VENTO

Uma agonia! a voz do vento que murmura
No cerrado, sussurrando aquela saudade
De outrora, em uma sensação pela metade
Sobra de um sonho, esquecido numa jura
E o vento no terreiro vai pela noite escura
Gemendo entre os galhos tortos em riste
A melancolia n’alma e no coração insiste
Expondo ao verso um versar com tristura

Vai e vem, bafeja, suspira, queixa, farfalha
Um vendaval choroso, cortante tal navalha
Revivendo aquele amor perdido. Um talvez
Ah vento! Quanto falta, ah! quanta solidão
Que sinto no peito, que se vai na vastidão
Ermo, dos mimos ameigados a minha tez...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19 março, 2022, 14’21” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CÉU, VENTO E CHUVA

Céu, vento e chuva, horizonte submerso
Em nuvens, e o cerrado todo verdejante
Enxurrada, e aquele pingar borbulhante
Na estrada, atiçando sentimento diverso
Alma retirada, um devaneio tão disperso
Chão molhado, cheiro de erva rastejante
Na poça d’água um espelhar coruscante
Sensação, precipitação, ó aquoso verso

Chove no cerrado, no cerrado a chover
Cada fauna no seu canto a se esconder
Canta a seriema num cântico sem fim...
Suplicante. Céu, vento e chuva, lá fora
Cai, em uma cadente poética trovadora
Tornando o sertão num sedoso jardim.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/11/2024, 10’48” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Se as palavras o vento leva, por que as que eu ouvi de promessas ele não levou?

Inserida por MirnaRosa

Eu senti como o vento balançando a árvore,
mas mais forte... o vento deslocado em
redemoinho gigante, assim...
Me achei tão pequeninha e balancei, e tremi...
depois passou, acordei.

Inserida por MirnaRosa

⁠É como se a velocidade do vento nos trouxesse a energia para situações que exijam a rapidez que buscamos em nosso instinto.

Inserida por MirnaRosa

⁠Não vamos plantar vento porque, queremos colher apenas a brisa da manhã.

Inserida por MirnaRosa

⁠Sempre gostei de vento, sempre gostei de tempestade. Aprendi com as intempéries a conviver com meus altos e baixos e a buscar harmonia.

Inserida por MirnaRosa

⁠Estou pescando amores. Joguei meu coração ao vento. Agora é esperar um pouquinho. Pode até chover carinhos!

Inserida por MirnaRosa

⁠O vento sopra o ar da manhã. A brisa leva o pó de meus pensamentos, logo ao acordar. Desperto para a vida que vive em minha história.

Inserida por MirnaRosa

⁠Se você for cair por qualquer tempestade, que a chuva desça com serenidade, e avise o vento para não soprar com vontade.

Inserida por MirnaRosa

balé

o vento no cerrado gosta de bailar...
vai bailando entre os galhos tortos,
e desafinado é o seu trotar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

vento

o vento no cerrado, chia
acaricia grosseiramente
pelos pequizeiros rodopia
e assobia ansiosamente
nos buritis, e em romaria
de repente, se faz ausente...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

"A bússola da ignorância é o vento."

Inserida por LiuBittencourt

⁠"A sorte é o vento que impulsiona o navio da vida; nossos esforços, meros remos em um vasto oceano."

Inserida por LiuBittencourt

⁠Há momentos em que imploro por aquele vento — aquele que carrega tudo o que não agrega, tudo o que machuca, tudo o que fere e sangra.

Inserida por yonnemoreno

⁠Saber para onde vai é ter o vento a seu favor. É olhar para o oceano e, mesmo com tanta incerteza, baixar as velas para que o vento nos faça velejar para onde ele quer nos levar. É entender que não podemos mudar o caminho que o vento percorre, mas sabemos que ele é nosso aliado. Porque ninguém melhor do que nós para controlar o rumo da nossa felicidade.

Inserida por fcfolhaseca

⁠Peixes


Sou como o vento, do campo,
Que vai aos montes cantar.
Canto uma canção, do amar!
Diante das aves aí canto!

Vou, também, dançar,
Na praia, do mar selvagem.
Canto e danço sem, parar,
Nesta longa e linda viagem.

Ó mar de sal salgado!
Tu desde, tempos, navegado.
Deixa os peixes dormir,

E a bela música, ouvir.
Até que voltem a nadar,
Nas águas de manso, mar!

Inserida por Helder-DUARTE

⁠Clama


E ele me disse: Tu oh filho do vento,
Continua a clamar alto em bom som!
Clama e grita o teu eterno dom!...
Tu és de Deus pregador no tempo!

Diz ainda esta verdade!
Venham os tristes a mim,
Para em mim terem liberdade
Venham todos os cansados, sim!

Eu que poderoso sou em salvar...
A todos chamo, venham já...
Enquanto há este chamar!

Assim diz Jesus Cristo!
O Senhor! Que chamando ESTÁ,
OUVI, POIS AINDA ISTO!

Inserida por Helder-DUARTE