Vento

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Está tudo planejado:
se amanhã o dia for cinzento,
se houver chuva
se houver vento,
ou se eu estiver cansado
dessa antiga melancolia
cinza fria
sobre as coisas
conhecidas pela casa
a mesa posta
e gasta
está tudo planejado
apago as luzes, no escuro
e abro o gás
de-fi-ni-ti-va-men-te
ou então
visto minhas calças vermelhas
e procuro uma festa
onde possa dançar rock
até cair.

o vento canta uma canção, daquelas que uma banda nunca toca sem razão

Aceito ir pra um lugar que o único barulho seja do vento e do mar

Que o caminho seja brando a teus pés
O vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face
As chuvas caiam serenas em teus campos
E até que eu de novo te veja
que os Senhores te guardem
nas palmas de Suas mãos.

O vento pode sim ser uma sensação maravilhosa para quem sabe sentí-lo de verdade e entendê-lo...

No fim você vai ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar…

O amor, quando é amor...
A chuva não molha
O vento não leva
O tempo não apaga
A distância não o destrói e, sim, aumenta imensamente a vontade de mais e mais amar, pois quem ama sente saudade.

As fotografias que não foram feitas não podem ser rasgadas. Despedir-se é aceitar que o vento na janela lava o rosto, não o apaga.

Meu coração triste, meu coração ermo,
Tornado a substância dispersa e negada
Do vento sem forma, da noite sem termo,
Do abismo e do nada!

Feche os olhos, e apenas sinta! O vento batendo no rosto, o calor de um abraço, a vibe positiva no ar, a brisa do inverno, o poder de uma amizade verdadeira, a exaltação do amor, um simples toque da pessoa amada, o poder de um olhar, sinta a vida e viva da melhor maneira possível!

Poema de um amor eterno

Quando eu não existir,
Busque uma praia solitária
Estarei no vento que vem do mar

Quando eu não mais existir
Ouve nas solidões de tuas noites
Melodia triste e profunda
Estarei na música

Quando eu não mais existir
Procure na casa do crepúsculo
Nas tardes vestidas em véus
Serei a brisa que te beija a boca

Estarei no perfume das flores
Que tuas mãos tocarem
Nas estrelas que teus olhos buscam
Serei o frio do luar que te afaga

Quando eu não mais existir
Irá sentir-me nas noites de felicidade
Serei o sorriso a ternura o teu pranto.

Deixarei nas lágrimas de teus olhos,
Artificiais lembranças da noite
Em que me entreguei a seu coração
No gostoso fruto proibido
Estarei nos beijos que te derem

Quando eu já não existir
Existirá o meu amor ardente nas estrelas
Suspirando na serragem da madrugada

Quando eu não mais existir
Haverá um barco
Onde verás o semelhante sorriso
E a pequena boca dizer
Eu te amo
Quando eu já não existir
Procure-me dentro de si mesmo
Nas tuas lembranças
E então saberás que sempre fui
E sempre serei teu...

O vento vai dizer, lento, o que virá...

Rodrigo Amarante

Nota: Trecho da música "O Vento" de Los Hermanos.

moinho de versos
movido a vento
em noites de boemia
vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia

Paulo Leminski
Toda Poesia

O Amor


Delicado e suave como o vento,
Devastador como um furacão.
Resumido em um belo momento,
Povoado de grande emoção.

Pode durar um infinito segundo,
Ser breve por um ano inteiro.
Parecer o melhor do mundo
E entre todos ser o verdadeiro.

Pode vir carregado de dúvida,
Ser dúvida enquanto durar.
E que dure pela eternidade...

Que fale por toda uma vida,
Vida que se dá para amar.
Um amor que deixou saudade!

Palavras sem atitudes voam ao vento;
Sonhos sem atitudes não passam de desejos;
Querer mudar sem ter atitude são mudanças que não acontecem;
Amor sem atitude nunca passará de uma paixão;
Você, sem atitudes, sempre será ninguém.

Moça, não prenda essa alegria de poesia dos seus cachos,
solte essa vida ao vento,
não ligue para o que dizem.
Desligue esse medo do mundo
e entre em sintonia com os seus cabelos.
Não importa o que seja
ondulado, cacheado ou encrespado
não se sujeite ao medo de se mostrar,
sinta - se livre pra mudar.
Mas moça, nunca perca
essa sua natureza de amar!

Tal como poeira fina atirada contra o vento, o mal vai para cima do tolo que ofende um homem inofensivo, puro e inocente.

A palavra dita encanta, fascina
se desfaz no vento e perde a rima.
A palavra escrita se eterniza
resiste ao tempo e ganha mais vida.

No caos me sinto à vontade:
a tempestade é meu elemento
no pampa o vento violino minuano
na fria janela de um apartamento

Não sei se viro menina, se viro mãe, se viro todas. Se viro artista, se viro vento ou viajante. Viro santa ou viro doida. Quem sabe viro onça. Viro a mesa, viro o jogo, viro a página, viro a vida do avesso e viro outras. Sim, eu me viro.