Vento
Boa tardinha, beirando crepúsculo em solo de brisa, silêncio nas campinas, na invernada e nos caminhos todos. Tenho pena dos que não conseguem ver a poesia do momento, passam sempre rapidamente sem perceberem a vida. Vão atrás de "curtirem", porque dizem - o tempo passa e na verdade são eles que passam e não se detém a um olhar mais profundo sobre o que há ao redor ou mais além.
Sigo na minha toada, leve e com atenção aos detalhes do dia que se despede, agora, com vento bem friozinho. Finalmente - será o inverno? Apenas a chuva não vem, onde andará ? Sou como planta e quero sob gotas dela espairecer. Não me preocupo mais com os corações sem sentimentos maiores e indiferentes a tudo.
Trecho de capítulo de livro a ser lançado
QUANDO EU PARTIR
Vou-me embora cantando
Cabelo comprido ao vento.
Não nasci para o lamento
E nem pra viver chorando.
O Céu é festa florida
Da alegria Deus tirou vida,
Alegria eu vou levando!
Do alto um vento quente
Bate no rosto da gente
Um ar meio eloquente
É Deus inconsequente
Tomando tudo à frente
O vento e o tempo
O vento sopra e o tempo voa...
Empurra os dias e leva o passado...
Leva as dores, leva os amores.
O tempo passa e a vida muda
A gente cresce, amadurece...
O vento sopra e empurra o
tempo...
Leva o velho e traz o novo.
O tempo passa, o vento sopra...
Só não leva a saudade
de quem vive dentro da gente.
Pelo jardim dos meus pensamentos, ramos e folhas se espalham ao chão ... No caule desabrocha uma rosa, toda formosa ... Onde dança sutilmente siluetas ao vento, embalando uma valsa, nas batidas do seu coração.
O vento
Navegando no infinito
Disperso entre 7 mares
Guio meu singelo barco a vela
Rumo a um destino desconhecido
Qualquer que seja, só o vento importa,
E junto, o peso em que si carrega
Ouvinte de tantas histórias
Guardião de tantas memórias
Declarações de amor
Gritos de dor
Se acumulando em mesmo canto
Mesmo conto
Mesmo ar, mar
E nesse instante
Sua força é tanta
Sua intensidade espanta
E em sua constante frieza pergunto:
É possível existir tamanho sofrimento
Pra ter atormentado tanto meu querido vento?
Talvez a vida tenha sido planejada pra parecer que nada dê certo mesmo!
Afinal de contas chovendo ou fazendo Sol,de qualquer forma o "vento sopra".
#VENTO
Fiz soprar um vento...
E atravessei o jardim colhendo pétala por pétala...
Tenho tido a alegria como dom...
Do mal eu rio...
E em cada canto procuro ver o que há de bom...
Há sempre um momento...
Em cada suspiro que exalo...
No que mais desejo me vejo...
É um segundo a mais...
A bater no peito...
Meio assim, sem jeito...
Sempre grato...
Pela porção da eternidade...
Menino homem feito...
Sigo aprendendo...
Eu me encanto, e não me canso de encantar…
Vejo o tempo em estações sucumbi...
E antes que escureça...
Para reger minhas memórias...
Seguirei o vento...
Enquanto puder...
Sandro Paschoal Nogueira
#OS #TRÊS #AMORES
É semeado no vento...
É dado de graça...
Deixa confundido...
E não pode ser esquecido...
Tudo fica mais lindo...
A tudo dá sentido...
No viver e no esperar...
Sem querer condições...
Apenas viver, ousar...
Nada exige, nem pede...
Se em toda parte o tempo desmorona...
Mas cresce a esperança...
Mas a alma...
Torna-se risonha...
Mais o espírito brilha...
Fica mais leve o coração...
O tempo então não passa...
Não existe solidão...
Fonte de juventude...
Beleza ímpar...
Os dias são mais viçosos...
Tudo é auspicioso...
Se procurar bem, você acaba encontrando...
Em um sorriso...
Ou num olhar...
Mas não procure ansioso...
Pois então não achará...
Esconde-se no limite...
Da entrega sem querer...
Quando menos você espera...
É que irá ter...
É muito falado...
Poesias, versos, canções...
Tamanho confundido...
Causando decepções...
Dizem que quando o encontramos...
Pela primeira vez...
Tão forte nunca será esquecido...
Verdade seja dita...
Nos deixa entorpecido...
Já na segunda vez...
As vezes é complicado...
Misturamos muitas coisas...
Temos que ter cuidado...
O último, ninguém contesta...
Faz em nossa vida uma festa...
É maduro e sábio...
Tão forte e tão intenso...
Quando acaba...
Deixa tamanha saudade...
Nos segue por toda vida...
Preciosa felicidade...
Sandro Paschoal Nogueira
As vezes a mente mais parece um cemitério, cheia de sonhos e pensamentos mortos e com um vento gélido, que vare pra longe as cinzas das luzes que já se apagaram.
E perdeu-se entre areias
Sob o sol e as estrelas
E convidou-lhe o som do vento
Não importando o ferimento
A seguir de tal maneira.
#GRADES
O vento da vida pôs-me aqui...
Alma, criada para amar errante...
Pássaro do aqui e agora...
Amanhã, outro horizonte...
Ah, que o tempo venha sem horas...
Sou como você me vê...
Nada há que me impeça...
Apenas sonhar...
Muito querer...
Meu destino me leva a conhecer o mundo...
Nem sempre com ele estou afinado...
Um eterno procurar...
Senda no viver...
Melhorar...
Procuro o amor em mim...
Sendo eu obra e autor...
Coloco nisso algum sentido...
Como erguer algo sem apoio...
Às vezes me afasto de tudo isso...
Mas não me entrego ao abandono...
Então de que lado é o céu...
Escolho o meu...
Minha história?
Eu que a conto...
Há dias que não tem chegado ainda...
E nas asas da esperança...
Volto a sonhar...
Me procuro nas veredas...
Porque não seja agora a minha hora...
Meu limite...
Essa estrada...
Sabe-se aonde vai dar...
A luz que agora vejo...
Ilumina os olhos meus...
Tal qual já fui espelho quebrado...
Hoje cura meu peito ferido e aberto...
Rompi as grades de ferro...
Cá mais não me encontro...
Sem estar comigo...
Ponho-me liberto...
Desse confinamento...
Chamado mundo.
Sandro Paschoal Nogueira
novembro
já é novembro, dos ventos
o tempo fugaz caminhando
as quimeras em movimentos
rodopiando, e que seja brando
inflados de sentimentos...
as coisas já esquecidas
no bolso da promessa
que não sejam retorcidas
e tão pouco tenha pressa
que cure, todas as feridas...
há tempo após a existência
tenha fé, no nosso Criador
mais louvor... mais reverência
e assim, mais sal, menos dor
afinal, o penúltimo mês do ano
que o recebamos com amor
e que não sejamos, profano...
no coração todo o valor
lembranças, sem dano
mês de finados, luz, fervor...
bem-vindo!
- mês 11 do calendário gregoriano
chegou novembro, que seja lindo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/11/2019, 05'35"- Cerrado goiano
A Chegada
Um sopro suave, as flores dançando,
Arrepios pelo corpo, a sensibilidade tocando,
O Sol se abrindo em uma certa manhã, as cores ganhando vida,
O nascimento, uma razão, a plenitude,
Um brinde ao vento que me trouxe o amor.
Todo elemento que abre ou rompe o vento e empurrado pelo mesmo vento...pois não há deslocamento no vácuo.
A prosa se alinha com a alma,
no resquício do esquecimento.
lhe apresento novas contradições,
meras adições na solitude, deverás verdade do...
descarrego da vontade, nas alças do sentido
torna se o apogeu de tantas vezes que amou,
abrangendo o luar que se despede da vida.
oriundo de outras dimensões se dá no horizonte...
para tais qualquer amanhecer difunde se outra auroras...
no demais o ocaso translucido por querer viver.
se despede da vida transcendendo o destino...
de repente se vê o amor namorar a paixão...
dando voltas no estrelado mundo de sonhos.