Vento

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⁠Aurora

Quero me alimentar no amanhecer
E sentir a aurora em formas de
Vento, e ver o por-do-sol
Por entre os montes.
Quero criar imagens de poesias.
Quero escrever palavras escolhidas.
Sei que tudo pode ser passageiro
Em tudo aquilo, que nem sempre,
Pode se condensar pelo ar.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Passos

⁠Teus olhos estão ao vento,
Descendo cachoeiras,
Ao mar feito pingos
De chuva.
Tento avistar cada elemento;
Tento gozar cada momento;
Tento beijar cada movimento,
Lasso ao sol até cada crisântemo
Tenho de avistar tudo
Em um clarão
E ver tudo em neblina
Mentir para continuar;
Partir para atenuar;
Progredir para averiguar;
Cada passo inusitado
Vou gritar ao mundo.
Cada poesia feita em chamas
E vou murmurar cada
Perda e ternura.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

⁠Destino

Nem tudo tem que ser assim,
Do sol, ao vento derrubando
Acalantos.

Nunca menti pra você
Nunca lhe disse a verdade.

Cada parte, cada traçado, cada
Momento, cada lamento, cada
Tormento em ternuras.

Só quero está aos seus
Braços e sentir cada aroma
Em brisas balsâmicas
E gozar os seus cabelos
Na lira.

Quero cada passo um abraço.
Cada laço uma moldura.
Cada compasso os seus cabelos um conforto.
E fitar a cachoeira batendo
Nos seixos... Feito
O sol se pondo ao céu
Deixando pequenos olhares
Nas estrelas.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

⁠#MARIA-#SEM-#VERGONHA

Tal qual maria-sem-vergonha flor...
Mesmo sem entender muito bem por que...
Sem vergonha, é isso que sou...

Vício que nunca me curei...
Que se agarra ao meu coração...
Inunda meus pensamentos...
Brotando em qualquer chão...

Fico aqui esperando...
Uma volta que não existe...
Um acaso que virá...
Desejo que persiste...

Esperei e vejo minha vida passar...
Nem sempre me notam...
Mas estou eu cá...

Apenas uma desculpa...
Permito me arriscar...
Quietinho em meu canto...
Aguardando alguém me amar...

Insistente sei que sou...
Dádiva da esperança por Deus ofertada...
Não me vêem beija-flores...
Nem abelhas a me polenizar...

Talvez não seja tão ruim assim...
Não tanto me faz sofrer...
No abandono das noites frias...
Ou nos dias a transcorrer...

Me permito ser algo a mais...
Quando o vento me acaricia...
Por ser flor singela...
Em quantidade enfeito viela...

A ninguém devo nada...
Sou apenas uma Maria...
Maria-sem-vergonha...
Na beira da calçada...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠"Tornado chega
tornado passa
com tanta fúria
trazendo a desgraça .
O povo aclama
o povo chora
diante dos olhos
mais uma derrota .
volto no tempo, tempo querido
busco o conforto, que foi perdido
volto no tempo, tempo perdido
tornado é de vento, tornado é de vento ....
vento que vem
vento que passa
com sua leveza acalma a alma
O povo respira
O povo se acalma
Fúria e desgraça leveza e calma .
Volto no tempo
tempo é vento
furacão é tempo
que vem e que passa ..."

(Abril de 2014)

Inserida por ChaconViola

⁠O barquinho

Vem a maré ...
Dia após dia,

E o barquinho se deixando levar.

Ele não escolhe o caminho
Deixa a gosto do vento,

Que a este passa a guiar.

Certo dia um outro barquinho
Onde alguém remando forte,

Por aquele passou sem parar.

Foi então que este animou
Logo os remos em sua mão firmou,

E atrás do outro se pôs a remar!

Inserida por goulart_esdras

⁠O veleiro

Somos como um veleiro
Em um mar revolto a atravessar,
De início com casco forte
E velas firmes a içar.

Mas eis que o tempo da viagem
E as peripécias do vento,
Vão moldando o veleiro
Aos poucos e a todo momento.

E então chegamos em terra firme!

Com orgulho podemos mostrar
As marcas e avarias
Que a história de um veleiro,
Um dia jovem
Podem nos contar!

Inserida por goulart_esdras

⁠Muitos perdem de ser vitoriosos porque quando a dificuldade aparece o medo sobressai, e os seus sonhos voam com o vento.

Inserida por MarianaBenson

⁠Espetáculo da natureza

Com um olhar captei as cores
O vento, as árvores embalava
Por alguns instantes, no silêncio, ouvi uma sinfonia.
Era eu a plateia, a natureza apresentava.

Inserida por goulart_esdras

⁠Você percebe que Deus existe, quando sente a brisa do vento te envolvendo, com tamanha naturalidade e mansidão, e que ainda assim, não vê os braços, símbolo deste abraço de mistério e obra do Divino!

Inserida por goulart_esdras

⁠Início de uma noite de verão; um tom de amarelo adentra pela janela.
A chuva cai leve, sem pressa e os pássaros estão felizes.
A sensação quente traz um certo conforto e o breve vento refrescante traz um alívio.
Algumas nuvens cinzas navegam o céu assim como navios navegam pelo mar.
Outra nuvem solitária no horizonte, iluminada pelo pôr do sol, se assemelha a uma explosão devoradora de vidas.
Os esboços das casas assumem um tom rosado e as árvores são apenas sombras.
A escuridão quase completa se instala, a luz do poste queimou.
Fim de um dia qualquer em Tamandaré.

Inserida por GabrieleRocco


Vento a toa, quando o nada a a fazer despenteia.
rojanemary <3

Inserida por rojane_mary_caleffi

⁠Adoro qundo o vento me laça e rodopia.

Inserida por rojane_mary_caleffi

o rosto, o tempo há muito lhe levou, de nada serve pedir ao vento que não sopre, nem à geada que não queime...

Inserida por nataliarosafogo1943

Velha mania do vento, insiste em me ver voar.

Inserida por jessica_appelt

Palavras

Palavras ditas,
mal ditas, as palavras são flechas espalhando medo por onde passam.
Palavras ditas, bem ditas, as palavras são flores espalhadas ao vento perfumando a vida de quem tocar.
As palavras são curtas
ou longas linhas, escritas pra ficar
ou partir sem voltar.

Inserida por nildinha_freitas

Um coração despedaçado não é bom jogar ao vento, pombos adoram migalhas.

Inserida por Wellcustom

O tempo pede para o Senhor do tempo dar um tempo. O aviso vem pelo vento que faz história a cada momento, libertando memórias aprisionadas em seu próprio confinamento.

Inserida por PriscilaMurad

Então as palavras surgem
Como uma leve brisa que te tocou
Elas vem e vão
Como um sopro de um ventilador.
As vezes para destruír
Como um tornado ou furacão
Más precisamos delas
Como um sopro refrescante no verão

Inserida por naty_rodrigues

O vento na cidade.

Por um momento o silêncio tomou conta da cidade, não da cidade inteira, mas daquela rua, não um silêncio absoluto, mas uma pausa do caos.
O caos dos carros correndo, buzinando, os motores roncando, pessoas gritando, pessoas correndo e vendendo coisas. Havia apenas o som do vento e de um martelo em uma obra próxima.
Foi como se o vento estivesse trazendo a paz, a calmaria. Podia até jurar que ouvi pássaros! O som dos passos dados foram silênciados pelo som do coração e do sangue correndo nas veias.
Uma hora antes, ali mesmo havia passado carros de bombeiros com as sirenes ligadas. Horas depois uma manifestação de mulheres aconteceu.
No silêncio foi dito "obrigada por esse momento"... em pensamento.

Inserida por JulianaSalvador