Veneno
O ressentimento é como um veneno letal que a pessoa rancorosa ingere esperando a adversidade para alguém!
Elixir
Todas as noites
Depositas em meus lábios
Um doce veneno que aquece o corpo
Embriaga-me com pequenas doses diárias
Esse veneno invade, penetra fundo
Vai dilacerando qualquer resistência
Instiga os mais diabólicos pensamentos
Desperta a mais devassa paixão
Por ti sou consumida
Dia após dia avidamente
Explodem em mim entranhos delírios
Pensamentos entorpecentes
Extâses furiosos...
Confunde-me entre a realidade e sonhos...
Loucos insanos, febris...
Dos mais terríveis aos mais saborosos.
.
Seca.
Presa em teus galhos.
Sugada no mais doce veneno do seu encanto...
Como folha seca me sopras a qualquer direção,
...e eu vou.
E por tão pouco valor,
eis que de flor me fiz dor.
E nem mesmo a fúria do seu mal tempo...
Nem mesmo assim entendo,
porque não me desprendo desse grande amor....
Tua seiva me cegou.
Solidão A Dois
A solidão abraça como uma serpente.
O silêncio é o veneno presente
Na rotina que surgiu imprudente.
Dia e noite surge a indiferença amargando como sal cortante
Ao som de uma lagrima evidente...
A inundação é como uma torrente,
já não existe beijo ardente.
Solidão a dois apagou o amor fulgente.
O carinho se tornou inexistente
o toque se fez ausente.
A dor consome lentamente...
Frio do vazio abraça forte como uma corrente.
O veneno da saudade
Perdoei a ti sem que me pedisses
Porque não consigo guardá-la como um espinho em meu bolso
E se digo que suporto a dor que me causaste
É porque de ti, apenas a presença bastaria
Sento e rememoro os encontros às escondidas
Das manhãs às tardes, e, das noites às madrugadas
Como éramos imaturamente descuidados e felizes
No entanto, jamais fomos pegos em flagrante
Eis a invejável sorte dos ardorosos amantes
Minhas mãos sutilmente vacilantes em seu corpo
Suas pernas a cambalear a cada toque
Minha voz a embargar após atender aos seus pedidos mais carnais
Éramos um espasmo lunar
O que seria de mim sem aqueles saudosos dias
Em que o fulgor do amor, ainda jovial, falava mais alto?
O que seria do vento não fossem seus cabelos para bagunçar
E o seu perfume a espalhar e distribuir graça ao mundo?
Portanto digo, com carinho: perdôo-te sem que me peças
Porque de ti, quero apenas guardar a ternura e a beleza
Dos momentos brevemente eternos que dividimos um dia
Bernardo Almeida (Livro Crimes Noturnos)
Doces palavras em boca de fel
Viperino perfume na boca do céu
Veneno diluído em falsas bondades
Desejo reprimido em tortas verdades
Lancei ao vento a flecha flamejante
Mirei ao léu um tolo viajante
Mas, em brancos sentimentos devolveu:
Toma de volta o presente que me deu
Tão perfeito o estranho parecia
Pedra lapidada noite e dia
Modos arquitetados e respostas ensaiadas
Sorrisos fingidos e retóricas mascaradas
O perfeito errante de altos valores
Era meu revés, o maior dos meus temores
Conseguia revelar meus parcos talentos
Caçoava de meus tormentos
Resolvi eliminar o problema
Armei um pérfido esquema
De anular a vida que havia
No ser que a vida me repudia
Esperei na estrada o momento perfeito
Enclausurei-me e esperei o efeito
Porém, efeito não chegava
Por onde o viajante andava?
Passaram-se tempos aos montes
A vida me escorria como uma fonte
Mas, a inveja ali me segurava
Matá-lo era ao que me dedicava
Mas, o infeliz nem por ali passou
Quando olhava era dia
Em outra olhada o dia acabou
Da macieira eu comia
Pro corpo que ainda restou
O desejo de vingança me atormentava
Persistia enquanto o corpo não enterrava
Resolvi descer da árvore e vi tudo diferente
As casas, a vida, a cara daquela gente
Na certeza de não mais ver o viajante
Quase morro com uma visão errante
Ali na minha frente o infeliz jazia
O que aquele corpo de pedra ali fazia?
Perguntei a um moço ali perto
“Ele é a fonte do nosso deserto”
Na cidade tudo em torno dele girava
O motivo pelo qual na estrada não passava
Aquele covarde me deixou esperando
A hora do encontro eu sempre marcando
E enquanto na árvore eu esperava
Mais o infeliz prosperava
E quanto mais sucesso ele fazia
Mais minha vida se esvaía
Por que eliminá-lo tentei
E melhorar não procurei?
Nada agora faz sentido
O futuro está distorcido
A minha vingança me cegou
No poço que minha inveja me afundou
Eu sequei, a árvore secou
O homem não passou
E eu ali fiquei...
O tempo também passou
E eu não aproveitei
“Foi-se gastando a esperança,
Fui entendendo os enganos
Do mal ficaram meus danos
E do bem só a lembrança”
Nós Mulheres gostamos de martirizar um pouco os homens.So pra sentirem o gostinho do veneno deles.Mas as vezes erramos o alvo,e fazemos sofrer quem quer nos fazer Feliz!
Desculpa mas nós mulheres nao temos OLHO RAIO X! :(
DESSE VENENO
A fumaça do seu veneno me deixou com ilusoes
nao sabia se te amava por nós ou por voce
se esse maldito veneno esta em minhas veias, como posso dete lo
essa cruel incerteza esta acabando comigo
me deixando a beira da loucura
o que farei sem a douçura de te amar?
se é que te amo
seu veneno maligno percorre em meu sangue
seu suor grudado em minha pele
Ooh baby eu estou a beira da loucura
ooh baby amanha nós ainda seremos nós?
Quando em meus pensamentos chega a lembrança de nosso mundo
tenho a certeza de que voce nao esta aqui
queria que tudo fosse como foi no conto da branca de neve
mas voce esta fazendo o papel da bruxa meu amor
Se esta historia de fantasias acaba por aqui
por que fez eu te amar?
por que fez com que eu quisesse que fosses meu homem para sempre?
essa realidade de duvidas sobre o amor nao pode ser eterna
Ooh querido ainda sinto o ar que sentiamos
baby venha caminhar ao longo desta jornada ao meu lado novamente?
nao pare neste caminho pelo simples fato de temer
o que sentes por mim, eu sei que vale a pena
vale a pena baby
Eu estou a beira da loucura,
venha me tirar dessa ilusao amor?
faça com que esse veneno tenha algum sentido
A vingança é como um veneno que pode nos dominar e em pouco tempo nos transformar em uma pessoa ruim.
TINHA SIM
Tinha sim
um veneno
um pecado
uma vontade danada
de se entregar
arriscar!
Tinha
o desejo
do proibido
a libido
a contradição
a loucura
a contramão!
Mas havia
o medo
que
corrompia
o coração
que
insistia
em resistir
à tentação
e transformar
toda vontade de
dizer sim
em
não!
não!
não!