Veneno
"Quando deixares o veneno invadir o seu cérebro, livra-te e purifica o teu coração, um coração envenenado é uma alma vazia"
calo me na loucura da tua nudez
quero café expresso,
que tenho um copo do teu veneno,
me abrace deixe que morte seja uma de nos,
enquanto todos esperam que estejamos casados,
lembra se quando era mais fácil,
ninguém ligava,
apenas reclamamos,
e o produto foi apenas o declínio,
a noite caí ate ninguém notou.
Existem quatro coisas, que ferem o homem, a Pólvora, a lâmina, o veneno e principalmente, a ingratidão.
O veneno,
amor perfeito,
sentimento e delírio,
ilusão em maquina,
olho para espelho...
o vejo está destorcido...
uma dose pequena alivia a dor,
aumenta o desespero e angustia...
torna se o destino desejado,
entretanto o vicio e obsessão
são companhia ideal
para as noites que se dissipam
no ar de desilusões que cobre o coração...
ao mesmo tempo se dá o alivio que tudo é um momento.
sou homem feito
de barba grossa no rosto
muitos pêlos no peito
sou veneno que cura
sou a expressão da vontade
e peculiar, ao meu jeito
sou sujeito modesto
ora simples, ora complexo
nem tudo, nem nada
nem metade também
sou o começo ao avesso
e o avesso do fim
o apreço e o desprezo
tudo dentro de mim
constante, inconstante
decidido, hesitante
sou razão, emoção
sou cristão, sou pagão
eu não fui e nem serei
trabalhei, não herdei
não sou dia, nem noite
não sou tu, mas tu és
e pra quem merecer
sou amor, sou amor.
Wendel Gomes Ferri
Há quem passe a vida destilando veneno contra tudo e todos, inevitavelmente fará sucumbir algumas “presas". Até chegar o fatídico dia, em que a lei do retorno cumpra o seu papel, fazendo sua maior “vitima”...
O amor parece um veneno
Ele ataca lentamente
E de pois ele coroe
E pega tudo de bom dentro de você, e transforma em nada!
<Coca-Cola com veneno de rato e limão capeta>
Morri aos quinze anos de idade.
Não me lembro muito bem do motivo da minha morte na ocasião.
Na noite daquele fatídico domingo,
abraçado com a enorme dor que me consumia,
saltei umas dez vezes do cume mais escuro da minha existência.
Enquanto eu caía,
pude sentir as dores nas vozes gritadas
e o sofrimento nas distorções das guitarras insensíveis e frias
que ressoavam tristes enquanto vibravam e reverberavam
através dos meus fones de ouvido.
Os mesmos fones que me protegeram em vida
e que se espatifaram mudos na solidão do meu travesseiro,
na agonia da minha jornada de pesadelos madrugada adentro,
até o desembocar na segurança da manhã seguinte,
quando o sol veio me consolar.
De todas as dores sentidas à época, a de segunda-feira,
dia seguinte ao incidente, foi a mais dolorida.
Mais até do que a dor da véspera, em tom de despedida.
Pareceu-me a morte, pareceu-me que não pararia, pareceu, parecia...
Nada comparado às feridas de agora, é claro, nem à escuridão de ontem.
E pra minha infelicidade, duas décadas depois, o meu corpo ainda está em queda livre.
E a escuridão que me habitava as noites, jamais se fez luz, um diazinho sequer.
Pior... Agora dá expediente também durante o dia.
Hoje, faz vinte e um anos que morri pela primeira vez,
e desde a minha última partida, essa é a primeira vez que comemoro em vida.
O meu nome era um veneno pra ele
A raiva parece que tinha vindo de toda criação, eu não era generosa e isso causava impactos em nós eu me sentia a sobra dos restos. Ao longo dessa fase tumultuada, dormia mal, muito mal,
Resisti a tentação e não corri para os seus braços, eu tive bom senso, nos tornemos amigos, houve um forte impacto sobre os sentimentos, apesar de tentar provar que não tive culpa, a pessoa só acredita no que quer.
Tenho um excelente olho para a nobreza de espírito do homem, mas não era o caso, na minha memória tem cenas tão dolorosas que pretendo esquecer, desejei a morte, a minha morte como arma poderosa para fugir das humilhações.
Mantinha o sorriso esperançoso e falso, sei lá, meu coração achava que isso ia mudar, minha cabeça tinha certeza que não, estava procurando um relacionamento parecido com alguns que eu acompanhava de perto e que pareciam bem felizes.
A Intuição diagnosticadora das coisas ruins sempre funcionou, raramente deixo de perceber o que diz respeito aos relacionamentos humanos, inclusive aos meus, o problema é achar que o outro vai se transformar.
Por mais ridículo que pareça, tem que existir uma inteligência separada e inconsciente, ter certeza que as coisas vão melhorar não é a certeza da vida, vivia agitada e não havia muito o que fazer.
Novas fronteiras foi questão de tempo, comecei a reprovar suas sutis palavras, comecei o odiar sua mudança de humor, nada era sereno em sua companhia, teria que extrair da mente que nada daquilo funcionava.
Fico espantada pela riqueza de detalhes, escrevendo e pensando na vida, raramente me envolvo em conversas prolongadas, acho um saco as besteiras de WhatsApp, seis vezes saí da toca e seis vezes fui traída, a liberdade que eu dou não é bem administrada pelo outro.
Tenho uma tríade de perguntas honestas de como encarar a morte, as escolhas que florescem no clarão da verdade de que foi a melhor coisa a fazer, as coisas a dizer que guardei para a morte.
Sete facas
Sete facas e um veneno,
Sete remédios e um punhal,
Sete palavras e um verbo sereno,
Sete anões e um gigante do mal.
O caminho é tortuoso,
A montanha muito grande,
Um mar gigante e tenebroso,
Faz esse medo ser tão gigante.
Vivo um dia de cada vez,
Acreditando e sempre tendo esperança,
Coração orgulhoso e cheio de altivez,
Porque maltratas uma criança?
Sete montanhas e um obstáculo,
Sou descobridor dos sete mares,
O pôr do sol e seu espetáculo,
Os passarinhos e seus cantares.
A guerra e o seu senhor,
A paz e a utopia,
O sofrimento e um jardim de flor,
Grandes mistérios e uma linda magia.
O universo conspira a favor,
Para àqueles que são puros,
A estrada poderá conter dor,
Mas é preciso transpor o muro.
Romper o grande mar,
Escalar a grande montanha,
Caminhar,lutar e não desanimar,
Realizar essa grande façanha.
O mundo e sua gente,
A poluição no coração,
A maldade lapidada na mente,
A mentira de uma ilusão.
Sete montes a subir,
Sete cavernas a explorar,
Um único amor à sentir,
Amor, que me faz sonhar.
Lourival Alves
Coração bobo
Essa tristeza no coração,
Que perturba como um eterno veneno,
Um turbilhão, fez aquela recordação,
Do tipo que nos deixa com o coração pequeno.
Coração bobo por confiar,
Cegamente na grandeza do amor,
Com cautela sem querer se machucar,
Nem tampouco causar uma grande dor.
A vida é um mistério,
De coisas lindas e fortes,
Prefiro a solidão de um monastério,
Do que do amor, sofrer uma morte.
O amor nos faz livres e leves,
Flutuar como brumas nas alturas,
É força que nos rejuvenesce,
Faz um coração ficar doce de tanta ternura.
O amor é fogo que arde,
É um caminho a construir,
Uma sensação doce e suave,
Um fogo que nos queima sem consumir.
O amor é como uma casa,
Que está sendo construída,
A paixão é como a massa,
Que preenche a coluna erguida.
Um tijolo de compreensão,
Um alicerce de pura lealdade,
Porta aberta ao fogo da paixão,
Piso revestido para toda a eternidade.
Janelas abertas e atentas ao tempo,
Luzes brancas iluminando o interior,
Preservando a pureza do sentimento,
Blindando sempre esse puro amor.
Um jardim com toda a sua beleza,
Perfumando todo o ambiente,
Onde o amor é peça chave, a realeza,
E a fidelidade, um princípio da mente.
Lourival Alves