Vendaval
Ela é vendaval, mas o apelido é Brisa
Nunca se sabe se ela te atrára
Com sorrisos ou caretas
Permita-me te apresentar uma maluca
que sabe cantar a beça
Um dia rindo com ela esquecerá
o que foi a tal da tristeza.
O meu primeiro amor era minha certeza. Foi o vendaval mais forte e mais intenso em toda a minha vida. Dele só tenho as melhores memórias, risadas, sentimentos, expressões e atitudes genuínas. Mas como de praxe, eu tinha que estragar alguma coisa, tinha que pisar na bola. Se não fosse assim, não seria eu. A memória que me resta hoje é do nosso último inverno. Abraçados, sorridentes e eu com um pingo de esperança dele dizer que voltaria pra mim e não nos largaríamos mais. Tudo estaria bem. Esse inverno foi o melhor de todos mas não foi passageiro. A estação se foi para ele, mas em mim continua a chover. Era pra ser um texto falando do quanto eu amei o meu primeiro amor, mas acabou sendo um pedido de perdão que talvez ele nunca leia mas quero deixar registrado aqui: querido primeiro amor, espero que me perdoe. Ainda te amo e vivo o nosso inverno intensamente. Te guardo em cada memória boa do consciente. Você será sempre o primeiro.
VENDAVAL
De repente sou assolada por um vendaval de paixão.
Que joga os meus cabelos, despenteia, embaraça...
Um vendaval de um querer, um vendaval de precisar...
Um vendaval de sentir, um vendaval de prazer...
Eu quero, eu preciso amar-te...
É um quero, um preciso, de um amor amante...
Que tira o ar, que tira o apetite, que tira o fôlego.
Eu sei que esse querer, esse sentir,
Esse precisar não é meu, mas eu quero...
Quero como a Terra precisa do Sol,
Como as estrelas precisam da noite,
Como os seres vivos precisam do ar.
Eu quero!
Preciso...
TOCAIA (soneto)
Ao sopro do vendaval no cerrado
No céu azul da vastidão do sertão
Segue veloz os sonhos do coração
Entre os uivos do já e do passado
A quimera, se acautela na ilusão
Prudente, contra o sentir errado
Tenta equilibrar estar apaixonado
Pra não sufocar a sofrida emoção
Na procela no peito esganiçada
Brami uma dor abafante e escura
Que perambula pela madrugada
E, em aflitivos véus da sofrência
Dando-lhe, assim, ar de loucura
No amor valência é ter paciência
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/07/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro
VENDAVAL EM CANTILENA PROSA
Cai no cerrado, ó chuva, e nos beirados
Sussurrando sons que o apavorar fiança
Em pingos d’água numa enfada dança
Purgando áridas angustias e pecados
Temporal no sertão, e tão agitados
Escoam nas planícies numa pujança
Deitando melancolias numa trança
De saudades e suspiros desolados
Do teu copioso gotejar, o luzidio
Relampejar, eriçando em arrepio
Que agita a tempestade tão furiosa
Troa lá fora, em um agravo vitupério
Estrondeando e envolto em mistério
De um vendaval em cantilena prosa...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/11/2020, 20’51” – Triângulo Mineiro
O PODER DA SAUDADE - parte II
A saudade,
Feito um tufão,
Feito um vendaval...
Hoje rodopiou-me...
Desnorteou meu coração...
Tirou-me da realidade...
Lançou-me longe da felicidade:
Num espaço-tempo de ilusão...
O mar que ia em vendaval, vieste amante, como em um som de estribilho, tortura, se mostrou em outro momento o prazer de ser galante,.meticuloso e satisfeito, pois o mais importante de todos os momento é e sempre será a imponência do amar com amor, seguindo o remar em busca dos continentes, de mar e céu de todo paraísos.
As vezes me sinto vento ... ventania ... vendaval ... poesia ... As vezes me sinto livre ..me sinto serena..me sinto feliz ... me sinto plena... As vezes me sinto.... porque na maioria das vezes . . Eu nunca consegui sentir nada ...
Às vezes o amor é igual a um vendaval que despedaçar, quebra, desnorteia e deixa sem rumo o nosso ser. Às vezes é como uma lâmina espectral que atravessa o nosso peito. Sentimos a dor mas não sabemos de onde vem esse sentimento que aflige o coração dos apaixonados e que também é o que penetra os pensamentos da mente dos que estão enamorados.
É o olho que tudo vê, eu olho e só vejo views; no olho do vendaval, o povo a ver navios. Na era da fake news, Matrix destrói o Neo.
Bem-vindos ao Brasil!
VENDAVAL
No peito um vendaval
Pronto pra içar as velas
Melhor segurar a nau
Do que ao mar lançá-las.
Tempestade
Às vezes sou vento sereno à mercê do destino.
Outras vezes sou vendaval estrondoso
perdida em sentimentos ferinos, e desatino.
Insisto num convite induvidoso
Vem comigo se afogar nessa tempestade
que sou eu, e se quiser ser meu
então se entregue com total insanidade.
Umbelina Marçal Gadêlha
Parti-me em pedaços.
Rompi-me em sentimentos e suspiros
e um vendaval de sensações espalhou meus fragmentos.
Desfiz-me!
De onde vem a voz que fala no insight? Mensagem atemporal. Age, controla o vendaval. Abre fenda no tempo, mais discreto que o vento. Condução do pensamento. Escrevendo na rocha, no reflexo na água me reconhecendo. Minha vida no fio do aço da espada. Subir o próximo degrau da escada. Timbre que toca o tímpano, relâmpago que acalanta o âmago. Triturador de sonhos. Falsificação de tronos. Plastificação de faces. Miragens e oásis.
- Relacionados
- Correria