Velocidade
A Vida Passa... A Alma Não
Na velocidade do vento a vida passa
A lentidão da infância o tempo abraça
Os ganhos e perdas ora caçador ora caça
A biografia e as lendas nossa carcaça
Fervilhando nas macambúzias alegrias
Entre as expectativas e melancolias
Nas promessas feitas pelos momentos
Tudo passa com os seus contratempos
Renascem as flores da confiança
Morrem primaveras de esperança
No vai e vem da eterna mudança
Firme é o Espírito, sua semelhança.
Na estória a doce loucura teórica
Confabulada em silenciosa retórica
De paixão, desilusão, recordação
Pois a vida passa... A alma não...
ASAS DOS PENSAMENTOS.
Queria ter a velocidade dos ventos,
Ou pelo menos voar nas asas dos pensamentos
Em busca dos campos floridos naqueles momentos
Do abstrato da alma.
Minha viagem por estradas longas e desconhecidas
Formavam uma serpentina em todos em idas e vindas
Como algo que me acalma.
Ser um ser etéreo, seria como alcançar lembranças
De coisas tão reais,quais felicidades de crianças
Na crendice do faz de contas.
Se eu fosse a voz falante de um telefone pelos fios,
Ou por linhas tortuosas, ou ondas que embalam navios
Estonteando corações e tantas.
Desejaria ouvir o eco do teu suave sussurro ou grito
Como o radar dos pássaros em grutas ou no infinito
Te ouviria na voz dos ventos.
Fazer ligações entre o âmagos dos nossos seres aqui
Onde caminhamos juntos, mas sós, esperando um porvir,
Pois não há finitudes em momentos.
Um vento, um sopro, a chuva e uma brisa cancioneira
Melodiando a cantiga despertando na alma aventureira
O amor da aurora, o novo dia.
A metamorfose da minha mente em lentes, crava no olhar
A imagem do sincretismo, qual estátua a se apaixonar
Ilusionada no ato de magia.
As verdades mudam, e as tuas o fazem numa velocidade que acredito que ninguém seja capaz de acompanhar.
Nesta viagem nestas andanças
Só tenho por companhia a velocidade
A paisagem passando rapidamente
E o tempo lentamente
Meu pensamento enganador
Enxerga você sorridente
Numa estrada Que parece não ter fim
Coração pequenininho
Enxerga a jóia mais rara
Que por aqui passou
Há que vontade de ter você
Mas o tempo passou
Você cumpriu seu amor em mim
Vai à busca de outro amor
Para cumprir sua vida aqui.
Passo o dia, com a velocidade e pressa de quem não tem um minuto a perder, e a noite, paro na frente da programação, como se tivesse toda a eternidade !
Desejas saber a "posição"? Ou a "velocidade"? Escolhe somente uma, pois a "base objetiva" que te precede e alimenta limita a tua epistemologia a 50% do que estás.
Ao acelerar a velocidade de seus passos, estará perdendo a oportunidade que a vida te oferece de apreciar a beleza que ela tem em mostrar de forma desacelerada
Acho que tudo que dá prazer parece passar mais depressa mas na verdade passa com mesma velocidade das coisas enfadonhas...Nós e que curtimos mais.
o meu amor por você não tem leis que faça o parar a sua velocidade pois meu coração dispara ao ver sua face.
como uma grande historia de romeu e julieta, que faz uma se apaixonar uma pela outra sem explicação o amor não precisa ser perfeito só precisa ser verdadeiro.
O amor supera a velocidade do som e da luz
Acomoda-se no espaço sideral
Enquanto espera chegar e reluz
Ardente como o sol natural.
Sonhos, riscos e carros
Olhos correm a velocidade
Banco de trás, passageiro passivo
Cidades cúmplices do desrumo
Morro atos, ladeiro consequências
Ficção da realidade de Morpheu
Vida do espelho de Narciso
Sinto des segurança
Solto, amarras do destino
Pedais pisam harmonias anárquicas
Impotência ao caos
Espectador do silêncio
O nada de sempre
A muda da estação
Lixão de belezas naturais
O big bang se reorganiza
A desordem faz sentido
Tudo tem pra quê
O porquê Deus não visualizou ainda
Os dias e as horas passam com incrível velocidade...
Os filhos que ontem eram tão frágeis e dependentes,
hoje seguem seus caminhos, fazem suas escolhas.
Os pais e avós apenas acompanham e
torcem para que tenham sido bem criados,
que se tornem homens e mulheres fortes,
com estrutura firme para enfrentar os começos
e recomeços que certamente farão.
Mas, certamente viverão coisas boas
e produzirão seus frutos e terão seus filhos
de quem, um dia, também acompanharão a evolução.
Energia é igual a massa vezes a velocidade da luz ao quadrado, E=mc². Consagrou-se Albert Einstein na história da humanidade por meio dessa simples mas retumbante descrição matemática do que há de intrínseco ao cosmo.
Partindo-se dessa equação que rege o campo da energia, englobando as leis do eletromagnetismo e da conservação da massa, respectivamente de autoria de Michael Faraday e Antoine Lavoisier, passo a discorrer sobre os desdobramentos de um artigo outrora publicado por mim e que abordava a geração individualizada de energia elétrica.
A energia solar é massa, como tal pode ser transformada em energia elétrica em igual quantidade de matéria, portanto, o Sol é uma reserva energética astronomicamente colossal, algo como uma bateria absurdamente carregada, mas que nos concede a cada dia apenas uma cota, aliás imensa, de energia, a qual já é transformada na natureza e se expressa nas formas de vegetais, que são biomassa, servem de alimento aos demais integrantes de uma cadeia alimentar e, por consequência, propiciam os ciclos das matérias. Em outras palavras, a luz solar, por induzir a fotossíntese, manifesta-se a nós metamorfoseada por clorofilas, propicia energia térmica, síntese da vitamina D por intermédio da nossa pele, enfim, a energia do astro rei é uma mantenedora da vida do planeta Terra.
Após a singela apresentação de algumas das facetas da aplicação prática da célebre equação de Einstein, trago-a ao contexto da matriz energética brasileira, que tem sua base assentada sobre a larga utilização da água para gerar energia elétrica, ou seja, a água convertida em força mecânica que aciona turbinas e, pelo trabalho exercido, a transforma em energia elétrica. As usinas termoelétricas transformam os altamente poluentes carvões em energia elétrica, já as usinas nucleares de Angra o fazem utilizando energia atômica...
Pondero, diante de calamitosa escassez de água para consumo da população brasileira, em especial daqueles cidadãos dependentes do sistema Cantareira de abastecimento, por que não se pensar em investir no futuro sustentável no sentido da migração da matriz energética por hidrelétricas para o uso de sistemas fotovoltaicos, tal como fez a Alemanha, ao desativar usinas nucleares concomitantemente aos pesados investimentos em instalação de geradores fotovoltaicos, tornando-se o maior produtor mundial de eletricidade por tal matriz? Como se sabe, a configuração geográfica alemã é restritiva no tocante à recepção de luz solar em seu território, todavia, a aproveita com tecnologia, empreendorismo, consciência cidadã, eficiência e visão política harmônica com os anseios da população para construir um futuro mais sustentável com ações concretas no presente.
Ora, o Brasil, com elevadíssima taxa de luminosidade projetada sobre seu espaço geográfico, sem termo de comparação com a Alemanha, pode e deve aproveitar esse recurso natural por demais preponderante para o futuro do fornecimento de energia elétrica, com repercussão na menor dependência do uso de água para tal finalidade, exaurindo menos os ecossistemas e revertendo a mesma água para consumo da população. Não posso deixar de abrir um parêntese para mencionar o portentoso e gigantesco manancial Aquífero Guarani, que carece de zelo e resguardo, em especial nos seus afloramentos, para que não sejam poluídos e inviabilizem a água alocada na área subterrânea, mas, sobretudo, o escopo está no seu uso racional, mais ainda em períodos de calamidade pública por desabastecimento em determinadas cidades. Essa reserva estratégica, concedida pela natureza, requer o imperativo moral da conservação e do efetivo uso equacionado. Em um projeto intitulado Refluxo Migratório, idealizado por mim em 2002, já mencionava o referido e precioso aquífero como reserva estratégica. O paradigma climático global está mudando dramaticamente, mas, por outro lado, enxergo futuristicamente que os empreendedores visionários se dedicarão a dois negócios que os tornará prósperos: produção de água e de energia elétrica. Sim, isso mesmo, produção de água em escala industrial, mas atuando na natureza também. Água potável valerá ouro!
Retomando a equação de Einstein, luz solar e água são preciosas mantenedoras da vida no nosso planeta, a água em seu ciclo tem vasta presença nos organismos e biomas, já a luz solar é tão importante quanto, visto que se transforma sob as leis de conservação de massa, estando presente em toda forma de vida, direta ou indiretamente.
Posto isso, em comparativo por escala de magnitude, considando-se a redução progressiva de cada recurso e as projeções em linguagem científica no paradigma atual, posso afirmar que as reservas de água doce potável estão sendo reduzidas ano após ano, já a energia abarcada pelo sol levará milhões de anos para sofrer uma significativa diminuição. Pois bem, se carvão mineral, petróleo, água doce potável e energia solar têm se exaurido em ritmos peculiares, está mais do que evidente que de todas a energia solar é a que se expressa mais longeva... além de suas reservas demandarem algarismos astronômicos para serem aferidas, tal a desproporcionalidade das magnitudes.
Outra questão é a gratuidade com que o sol resplandece no céu brasileiro, em sua majestosa potência e com generosa abundância. Ora, os recursos renováveis, via de regra, são o mote da sustentabilidade preconizada pelos ambientalistas e demais engajados nesse idealismo, então, constata-se que em um futuro de veículos não poluentes, vão se requerer eletricidade e infraestrutura para a implantação e difusão dos meios de transporte efetivamente ecológicos, inclusive defendo a ideia de os carros serem abastecidos nas casas, evitando-se as perdas nas extensas linhas de transmissão, pois leis da física asseguram que há dissipação elétrica proporcionalmente ao comprimento dessas linhas, portanto, tais residências contariam com equipamentos fotovoltaicos e soluções arquitetônicas para otimização da energia produzida localmente, além de dispositivos de captação da água da chuva para reuso, estruturas que aproveitem a luminosidade natural e materiais de construção recicláveis. Nas universidades há verdadeiros gênios, e outra quantidade de brilhantes mentes que se dispõem a contribuir com suas ideias e dedicações em favor do universo acadêmico, repercutindo na sociedade de formas poderosas se lhes forem aproveitadas amplamente as aptidões e produções acadêmicas. Os projetos e as soluções existem e existirão se as universidades de ponta forem cada vez mais requisitadas a apresentarem seus prestigiosos frutos à sociedade.
O "jeitinho" brasileiro pode ser substituído pelo "estudinho" brasileiro, na ideologia e na praxis cidadã, pois criatividade sem idoneidade é perniciosa... E o povo tem padecido, se autovitimado e ainda masoquistamente sido conduzido por estruturas de poder criativas nos projetos de lesa-pátria...
Augusto Matos