Velho
Natureza de Amar
Um novo amor vem a contribuir com o esquecimento do velho?
Ou será que este já começa no erro?
O amor poderia mesmo ser substituído?
Ou vivemos iludidos?
Dançar, cantar, estudar, trabalhar... E amar?
Onde fica o amor ao próximo?
Será que se esconde da ganância e inveja das pessoas?
Ou o amor próprio consegue suprir a necessidade de amar?
Eu, eu, eu e depois mais de mim, pra mim, só a mim!
Viver nessa hipocrisia é muito fúnebre!
Não é vida, é isolar-se de todos que fazem parte do seu contexto social!
O ser humano extingue sua natureza de amar!
Meu computador ta tão velho que não da pra tecla mais só da pra fazer a percussão da swingueira da Bronkka No Teclado !
Aquele móvel velho, empoeirado, que apesar de tudo tinha um coração que batia, manteve-se ali deitado, perguntando para sua alma:
-Sossegue! Por que não morres logo? Por que me castiga me fazendo criar forças pra cair outra vez? Vá embora...
E assim manteve-se: tremia, doía, aguava, gemia...
Em meio a minhocas roxas e desenhos desbotados um coração novo em um móvel velho...
Ninguém se torna velho por haver transposto um certo número de anos. Tornamo-nos velhos pela deserção aos nossos ideais.
Acredito que em breve o velho dialeto das cavernas voltará com toda força. E assim, se tornará o idioma oficial do meu país.
DESERTO
Hoje me olhei no espelho da imaginação
vi que estou ficando velho e que a idade me chegou
e é assim que bem disfarço esse sorriso incolor, tentando
a mim mesmo enganar, pensando que vou bem longe,
mas, pra onde?
agora está sobre mim este futuro atual que
antes me era um sonho de chegar sem ver o mal
até que não tá ruim, mas, não é meu natural
devo sonhar novamente, um sonho bem mais real
pois este é o futuro trágico, já não vejo meu amor
o que um dia quis guardar, pra que hoje ver o valor
foi-se embora e já não vejo, onde será que escondeu?
com isso também perdi o grande amor que alguém me deu
onde havia frio e neve, onde a geleira assolava, pra me aquecer
em teus braços, presente o amor estava
e no verão quantas vezes a mim ele refrescava, e quando um dia em minha sede
este assim me saciava.
ainda posso lembrar-me o dia que ele chegou
olhou pra dentro de mim e um lugarzinho procurou
e manso, sereno e solto, sem incomodo se alojou
o amor não é sozinho, é carente e mui manhoso
trouxe ao meu ser um sorriso tão contente e amistoso
escolhendo amor, você, pra esse triangulo amoroso
na aurora num sorriso, logo percebi brilhar, nos doces e meigos
olhos me chamando à despertar, fui além do horizonte
antes de clarear os montes, uma flor
à ti buscar
alguém me julgava um tolo, ao ver-me sair tão cedo, por uma tão, simples rosa, e se eu não tinha medo, de cruzar todos os montes
e desafiar os rochedos, a verdade é, que a flor
e um sentimento de amor, estes dois tem um segredo
do alto daqueles montes, então foi que eu pude ver, que o amor está acima
do que um homem possa ser
embora seja o tal grande, ou por mais que este ser ande
o amor o vai surpreender
já me comparando aos montes, vi o tamanho que sou, que sou nada
e sou tão útil, mas, seria pobre e fútil ao me faltar o amor
depois de apanhar a flor, a mais bela que eu achei, nos agrestes meu retorno e
voltando imaginei, como é linda o meu amor que nesta vida encontrei
com ela terei sucesso, não pensarei no regresso, com ela eu viverei
mas vejam foi tudo em vão, pois algo que tão ruim, sobreveio de repente
incoerente estou assim, desde que um novo amor, na vida dela chegou
e o encanto teve um fim
as rosas sem compaixão, foram ali abandonadas, hoje secas e sem vida
são murchas e amarrotadas, como a folha do poema, deste que criei o tema
dado pela minha amada
por isso amigo hoje eu vivo, neste jardim à céu-aberto
onde viver é errado e morrer eu acho certo
pra não buscar outro amor, e afogar minha dor
neste areal do deserto.
O bom de ser um pouco mais velho é que todos conhecem as regras, mais você sabe das exceções! você imagina como é na prática, eu demonstro como pode funcionar!
LUSTRE VELHO
Amaria ter tido o
Sentido voltado e levado
Aos teus pés por onde quer
Que tivesses ido.
Como o teu amado
Ao teu lado e dos sonhos
Teu único, o seu principal
Ser de cada brilhante
A ardente luzinha, inflamante
Do seu castiçal.
Ser do lindo o infindo
Preciso nas noites, no iluminar
Mas, se fui este lustre
Nada fui mais que um da velha Valáquia
Esquecido e apagado no meio central
Abrigando este lume
Incolor, sem perfume
Invisível e irreal
E, por fim sendo aberta
Esta porta e a reunião
Na penumbra acabar
Voltarei ou irei, sem ter nada
Profundo pra então recordar.
Meus desejos ultrapassados, meu coração é mesmo um velho cantando sentimentos perdidos, tentado se encontrar em um e outro gole de paixão enquanto fala de Amor...
Será que alguém ainda compreende o meu idioma?
Macharada porque vocês não renovam as desculpas de vocês, porque eu já to cheia desse velho papo de vocês.
Que o velho seja esquecido e se transforme em tudo novo de novo!
Ótima PRIMAVERA para nós minhas borboletas!
Pouco me importa se o velho é fraco e o jovem é forte
Se faz frio no Sul e calor no Norte
Se o passado é triste, se o futuro é sorte
Eu quero é Amar a Vida, sem pensar em morte.
Crescer, ficar mais velho, muitos podem, conseguem. Amadurecer que é necessário poucos têm a capacidade.