Velho
Páscoa é tempo de renovação
De deixar o velho para trás
E abraçar a nova estação
Que traz vida em seus sinais.
É tempo de esperança e amor
De celebrar a vida em sua plenitude
De deixar de lado a dor
E encher o coração de gratidão e atitude.
A Páscoa nos traz a lembrança
De um amor incondicional
Que se entregou em confiança
Para nos dar vida em abundância e paz.
Então, que nesta Páscoa possamos lembrar
Do amor que nos foi dado
E, com gratidão em nosso olhar,
Viver cada dia com alegria e amor renovado.
Um dia eu até já fui feliz, hoje vivo no automático, olhar triste e distante, com aquele velho sorriso amarelo. Só queria descansar para sempre...
08♧11♧22
Abrindo um velho caderno, ruído as traças,
quase desmanchando aos dedos, lembrei de você, exatamente da forma que eu via, a poeira entrando ao nariz não fez eu deixar de sentir o seu cheiro, perfume de primavera, quase clichê.
Fecho o caderno, olho para cima, dou um leve sorriso e me lembro das tardes em que o vento trazia uma leve briza, cumplíce das tardes com nuvens em aquarela, laranja, azul e vermelho, o espetáculo da vida.
Memórias em um velho caderno, em uma velha memória e poesias de outro tempo em que se conquistava uma mulher com um papo furado pautado em um poema tirado de um velho caderno.
NOVO ALVORECER
Avisto de minha janela
O meu velho Jardim
Que começa a brotar,
Com flores de cores belas
perfumando a vida
e também a adornar !
Borboletas, abelhas,,
Beija-flores
Sobrevoam sobre as flores
Para o néctar colhêr,
Adoçando assim a vida
Preparando o caminho
Para um novo alvorecer!
De mãos dadas com a esperança,
Vejo os raios do sol
Que começa a despontar
De joelhos agradeço
E peço ao criador
Ao mundo abençoar !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Passado velho -
Se olhar o Passado
não há boa-memória!
Não há sorrisos luminosos
ou palavras amorosas,
só cadáveres, corpos mortos!
Ilusões, tantas ilusões ...
... porque os mortos arrefecem depressa!
Se olhar o Passado,
não há dia só há noites,
não há fogo só há águas!
Águas-turvas, águas-frias ...
... negras-lagoas-de-dor!
Se olhar o Passado,
esse Passado, frio-Passado,
lastro-de-memória bifurcada,
só há amargura-aos-molhos
ou fardos-de-desespero!
Fardos, tantos fardos, esses fardos,
pesados fardos em secos campos...
É aí que a morte lentamente nos possui,
sem alardes nem bulício, nesses campos,
solitários, tão quentes, tão gelados!
Esses campos ... os campos da Infância ...
No momento que você deixar de sonhar e passar a nutrir apenas recordações, você estará velho, independente da sua idade cronológica.
Aqui o povo já é feliz,
Do mais velho ao menino.
É um povo acolhedor,
Seja qual for seu destino.
É um povo sem vaidade
Mas que preza a liberdade
Grandeza do nordestino
Estou tão velho e cansado!
Mas meu olhar,como ele brilha
quando vejo do meu lado
a filha da minha filha!
Você tem que quebrar essa barreira, logo você vai fechar os olhos e quando ficar mais velho você vai querer alguém para cuidar de você percebe que você precisa de alguém para viver com você longe de qualquer beleza externa, as pessoas têm interesse e vão se afastar de você, eu velho você velho levando uma vida de companhias.
Quem é velho de corpo é rico de memórias e dono de experiências que somente a vida lhe proporciona.
Acautelai-vos vós que se entristeçais em qualquer pano velho, quem se exalta colhe da altivez as lágrimas.
O velho sábio
O velho sábio me disse uma vez, que para o homem obter o conhecimento de todas as coisas, ele precisa conhecer o seu próprio mundo ou seja, sua mente. O ser-humano que não conhece o seu mundo, é apenas uma estrutura de pele e osso, mas o ser que é sensato sobre suas dificuldades e atitudes, este sim é o verdadeiro sábio!
Quem leva pão velho na sacola é gibeonita, pois quem é de Deus, também é sempre abastecido por ele com pão fresco.
Entre-páginas de um velho diário!
Em meio aos raios de luz do entardecer
Doce harmonia… Pura poesia… Magia…
Embaixo de um céu azul
onde os pássaros embelezam essa tela divinal!
Ouço o eco das memórias perfumadas
que tenho guardadas.
Surge uma sinfonia de recordações mescladas de sentimentos bons,
'prendas do tempo'.
Pensamentos esvoaçantes
voam livremente como folhas outonais.
Livres de estresses.
Num território que não existem falsidades, tampouco adversidades.
Apenas saudades!
Folhas agitando buliçosas.
Esmiuçando histórias
onde borboletas multicoloridas enfeitam esse longínquo passado.
Dando vida… Num garboso revoar!
Nesse belo jardim da memória de delicadezas sem fim
trago ternuras orvalhadas pelo tempo,
memórias de outrora.
Me deparo com pétalas de amor
nas entre-páginas de um velho diário
adornando o cenário,
cartas românticas, bilhetinhos escritos para mim.
Hoje, visto-me de poesia e vou (re)vivendo momentos, beijos e carícias,
abraços envolventes...
Ah!… doce mocidade
que passa tão rápido
como um raio de felicidade!
Rosely Meirelles
🌹