Velho
A LUTA
"Vá em paz, meu velho pai, que Deus lhe espera com a paciência que, os dias de calor, pouco lhe deram. O teu nome - forte, em todos ecos da pronuncia - agora é clamado pelos nossas bocas ressecadas. Os nossos dias prosseguirão nos leitos dos rios que fluem, e rolam frouxos, em cada crivo das tuas rugas. As nossa diária luta marcial já nos prepara aos lutos e relutâncias. Vá, meu pai, que o que é teu vai romper as gerações famigeradas. Nunca hei de me dar ao hiato, pois teu timbre treme todo meu corpo. Respeitável seja a tua ida - que, agora, vem para sempre."
NUNCA ESTAREI SÓ!
Tenho sempre ao lado, meu velho violão Tárrega, meu cachorro vira-lata e o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO! Três companheiros inseparáveis, que nunca me deixam só. Os dois primeiros, basta invocá-los para ouvir respostas; quanto ao Onipotente, sinto sua presença, aqui, ali em todo lugar!
Tem gente neste nosso velho mundo, que acredita simplesmente que Deus seja mudo, pelos simples fatos de falarem com Ele e não obter no diálogo aquilo que acham que é resposta. Não se engane, o silencio de Deus fala mais que o barulho dos homens, e aquele momento que achamos que Ele nos abandonou, é o momento em que ele estar mais próximo, nos conduzindo em seu colo, nos atravessando nos rios das dores, para nos colocar nas margens da alegria, da esperança e em segurança.
"A vontade que me dar é pegar meu velho violão, uma trouxa de roupas, alguns trocados e sair pelo mundo."
Sabedoria pela experiência:
"Havia numa Aldeia um velho pobre, que possuía um lindo cavalo branco.
Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:
– " Que desgraça, seu cavalo foi roubado!"
E o velho respondeu:
– " Calma, não cheguem a tanto.
Simplesmente digam: - o cavalo não está mais na cocheira.
- O resto é julgamento de vocês. "
As pessoas riram do velho.
Quinze dias depois, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente as pessoas se reuniram e disseram:
– " Velho, você tinha razão.
Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção. "
E o velho disse:
– " Vocês estão se precipitando de novo.
Quem pode dizer se é uma bênção ou não?
Apenas digam que o cavalo está de volta. "
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. Uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos, e fraturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
– " E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas."
E o velho disse: - " Vocês estão obcecados por julgamentos! Não se adiantem tanto.
Digam apenas que meu filho fraturou as pernas.
Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção…"
Depois de algumas semanas, o País entrou em Guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.
- E os que foram para a guerra, morreram…
Quem é obcecado por julgar, cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas.
Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa; quando uma porta se fecha, outra se abre…
As vezes vemos apenas a desgraça, e não vemos a bênção que ela nos traz…"
Para mim não foi um ano velho e não há o novo – não começa pelo fato de não terminar; minha vida é um dia de cada vez, e cada dia uma nova jornada, novas ideias, perdas, vitórias, escritas, leituras... tudo dentro das lacunas entre as rotinas.
O que tenho de mais valioso é um velho violão 4 ou 6 acordes com infinitas possibilidades, um repertorio chinfrim e duzias de composições, que meia duzia de pessoas já ouviram, e depois de ensaiar algumas delas sinto que isso basta e não preciso de mais nada pra ser feliz
Velho livro
Vi jogado ao chão
Um livro alfarrábio
Ao abri-lo com emoção,
Li seus textos hilários...
Eu não podia admitir
Aquele triste genocídio,
Queriam o livro destruir,
Jogá-lo pelo precipício...
Se ele fosse para o lixo
Mesmo sendo um cartapácio,
Seria grande o desperdício
E olha que eu só li uma parte!
Desse tesouro escondido,
Que guardei a sete chaves.
Hoje é o dia dele
Meu pai! 95 anos!
Parabéns, meu velho guerreiro,
Tenho orgulho de tudo que o senhor foi e fez por nós, seus 8 filhos.
Ensinou-nos a importância do trabalho, da honestidade e perseverança.
O seu amor pela vida é o que lhe conserva entre nós.
Gratidão por tudo que, com mamãe, dentro de suas possibilidades, fez com que todos os seus filhos trilhassem o caminho do bem.
Deus lhe dê saúde para estar conosco com muitos momentos de alegrias.
Abraços carinhosos, desta vez, de longe!
A galerinha dita progressista é ridícula de amargar
Dizem serem democráticos e todo aquele velho blablablá.
Porém, se um e outro lhes mostram algumas obviedades
Eles ficam bravinhos e gritam, em coro, que não é verdade
Negando histericamente, e de pés juntos, a própria realidade
Tão grande é, nessa gente, o grau da marxizante insanidade.
O Casal
Sentados em um sofá, de mão dadas estão, ele mais velho
ela mais jovem, mas pelas mãos, um sente o calor do outro.
Passam os minutos, ele adormece, ela o vendo cochilar,
também aos seus olhos fecha, para mostrar que adormeceu.
Ao fim de alguns segundos ele acorda,vendo-a de olhos fechados,
pensa que dorme,e levantando-se devagar, sai sem barulho fazer.
Ela o deixa abrir a porta e começar a sair, vendo que começa
a se afastar, levanta-se e atrás vai, perto chegando diz:
então vais embora, sem um beijo dar?
Ele alegre volta, e a abraçando forte, um longo beijo lhe dá
e a vai soltando bem devagar .
Ambos se olham e saboreiam o momento de amor, novamente ele inicia
a sair, olha para trás e diz: à noite volto, guarda-te sempre só
para mim, amor só meu, sonho do qual nunca quero despertar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
''GERAÇÃO DA AUTOPIA''
Tem se dito que o que um mais velho vê centado um jovem em pé não consegue ver,apesar do que hoje somos,os nossos antecestras falam que está é uma geração perdida comparando com o tempo que eles viveram. Vivemos dentro da discordia onde ninguém sabe o que quer,ninguém respeita ninguém cada um vive da sua maneira. Chamam-nos de jovens fotocopia onde ninguém cria e faz, só copiamos e seguimos sem saber para onde vamos. Vivemos fora da realidade tentado se vangloriar daquilo que nunca fomos,dizendo que o meu pai é! Eu tenho! Eu só! Mais fugimos da nossa própria realidade,para onde vamos? Se a nossa geração é essa que só segui todo,o que será daquelas vindouras? Estamos na iminência de desaparecer, nunca a razão prevalecerá aqueles que dizem que são ,mais sim naqueles que tentam mudar os erros que andamos a consumir.