Velhice
“Tem muita história pela frente, o que o tempo apagou, a sujeira borrou, a velhice rasgou são apenas marcas de sobrevivência. Nunca é tarde para descobrir que podemos deixar uma boa impressão nesse mundo. Cuide de alguém, plante uma árvore, escreva um livro e se possível olhe para Jesus como homem, quem sabe você descubra nele Deus.”
Um presente bem vivido é tudo que podemos ter....Tem gente que vive em função de uma velhice, qual nem sabemos se chegaremos ou assim, pelo fato da mesquinha avareza em juntar na vida um absurdo de dinheiro que somente carrega a sua triste saga de pensar na morte que não chegou, mas um dia para todos é o findar do direito subtraído em carregar os bens que ficarão com os vivos, cujos bem longe de ti não estarão tristes ou nem te darão passagem à paraíso algum.
"Não há idade certa para se morrer. Portanto, a velhice não é o fim da vida, mas a prova substancial do quão longe ela pode ir".
Na infância e na velhice, todo mundo é bonitinho, fofinho e legal. O meio termo entre esses dois períodos é que é embaçado.
A velhice não é um lamento, é uma força de viver enquanto podemos estar em pé, andar pelo nosso caminho, sem pensar no passado, porque ela já não volta, mas sim no futuro que ainda nos pode trazer algo de novo.
Assim como a infância é a madrugada da vida; a velhice a noite do dia, não viva sem luz no seu meio dia.
A velhice chega
Como o vôo de uma ave
Com dores diversas
Ossos fraco
Visão turva
Raciocínio e passos lentos
E junto chega também
A falta de respeito
A falta de amor
Tantos anos dedicados
A criação
A educação
O sustento
Nada de retribuição
Velhos abandonados
Nas ruas
Nos asilos
Nos quartos escondidos
Como bichos
Livres mas enjaulados
Ninguém conversa
Ninguém ouve
Ninguém os querem
A velhice causa medo
Não pelas rugas
Pela falta de amor
CERTIFICADO
A velhice é um treco, dor e cansaço
O dia é um balanço, no vai e vem
o que resta, o mínimo que se tem
Se faço, com a dificuldade abraço
Devagar e no compasso, tudo bem
Se vou além? ... pergunte ao passo
Pois, da vagarosidade sou refém
No próprio eu não tenho espaço
Tudo me cansa, comove, maça
Se rio, o choro faz igualmente
E o tempo parece uma ameaça
Já, a própria inércia é ausente
Quase sempre sou sem graça
O reflexo não reconhece a gente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/09/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro
Sabe o que é lindo?!
Quando os filhos se unem na velhice de seus pais para cuidar deles.
Quando você não vê disputa e sim amor e união entre irmãos.
Quando a única intenção de cada filho é cuidar, amar e respeitar seu pai e sua mãe.
Quando um ajuda o outro para dar um conforto para aqueles que tanto merecem..
Filho(a) o tempo esta passando, olhe para seu pai e sua mãe com mais amor. Tenha por eles o amor e respeito que eles tanto merecem. Se dediquem juntos com um único propósito. Cuidar da mãezinha que necessita de carinho, cuidar do seu paizinho que já não tem mais a mesma força e saúde que tinha quando você ainda era criança. Olhe para tras e sejam gratos por tudo o que fizeram por você e ainda fazem.
As noites em claro que sua mãe passou quando você não estava bem. Mesmo que você não tenha lembranças ela têm.
Seu pai acordava cedo e saiu para trabalhar para dar o sustento de sua casa, mesmo quando ele estava indisposto ele ia para não ser despedido.
O tempo esta passando e amanhã você não terá mais a sua mãezinha junto de ti, nem o seu pai. Você terá a idade que hoje eles têm.
Seus/suas filhos(as) é que irá cuidar de ti. Seja exemplo, dê exemplo para o mesmo ser feito a você porque a vida assim. É preciso valorizar para ser valorizado. É preciso amar para ser amado. É preciso respeitar para ser respeitado. É preciso cuidar para ser cuidado.
Velhice no ponto final
Virgulas, já as perdi no caminho
Onde atalhos vão dar a pontos finais;
Reticências, rezo-as sempre sozinho
Pra escapar a parágrafos canibais!
Aos poucos vislumbro o último vinho
Que beberei não sei de que punhais!
Ter menos tempo é ter mais a perder,
Quase nu e tanto pra escrever!
São horas lentas, frias e demoradas,
Que a velhice aceitou e por onde há
Pouca agitação e muitos nadas;
Estou onde a televisão está
E vejo-a com pálpebras desmaiadas;
Do que lá vejo e oiço, bastará
A minha ruidosa cama
E a visita de quem me ama...
Sou as cruzes e rasgos do desfiladeiro,
Cheio de marcas que contam histórias;
Tenho no bolso um andar batoteiro,
Relógios calcinados, que não dão horas,
Um olhar obsoleto, um falar trapaceiro,
Que pergunta quantas mais memórias
Terei com o meu melhor fato?
Oh, destino ingrato...