Velhas Amizades
Num novo amigo,
Encontro um velho amor,
Este apenas diferente,
Porque amores vêm e vão,
E amigos ficam para sempre,
Tudo está se tornando efêmero na ciência, escrita, arte, amor e amizade; o novo, amanhã, já é velho. Sobre a partícula de Deus? Já esperam, impacientemente, a do Diabo.
Como já dizia, meu velho caro amigo e conselheiro Freud: Vemos no outro nada mais nada menos do que nossas projeções, ou seja, se vemos o bem, ou o mal...Estamos sim, a falar de nós mesmos. Alcione Alípio
Já dizia o velho sábio: amigo é igual a seios, uns tem grandes, outros tem projetos e alguns tem somente imitações.
Eu disse adeus a muitas coisas: aos meus velhos amigos, à minha infância, ao meu dom de fazer piadas boas, ao meu ânimo (…). Agora eu quero dizer adeus ao agora. Aos novos tempos. Ao sofrimento. Ao passado. À uma brincadeira esquecida, a um sorriso mal feito. Ao que não teve graça e mesmo assim eu ri. Eu não preciso mais forçar meu interior a gostar dessas coisas. Eu cresci, e agora eu sei o que é verdadeiro pra mim. O que eu quero de verdade. E sei que não faz parte de nada do que passou. É o que estou construindo e a forma como ele está agora. A forma que ele vai ficar. Ou quando ele estiver pronto. Eu vou dizer adeus a muitas coisas, sim, e eu pretendo começar dizendo adeus a mania de achar que sonhar uma aventura é o mesmo que vive-la.
Velhos amigos são mensageiros do passado, que nos fazem ver quanta estrada já percorremos... Novos amigos são mensageiros do futuro que vêm para nos avisar o quanto ainda temos pela frente.
Às vezes te tenho como um velho amigo sabe? Daqueles de dar bons conselhos, e inspirar bons pensamentos e ações. Enchendo-me de vida, saúde e bem estar. Você que por vezes me ajudou nas mais importantes tomadas de decisão. Sábio, justo, humilde e solidário. Mas ultimamente não estou entendendo muito bem o que espera de mim. Parece que vive me deixando em cima do muro, dividida entre aquilo penso ser o certo, e o que de fato desejo pra mim. Escrevo lhe porque preciso te deter de alguma forma. Você se tornou influente demais na minha vida, numa proporção que já não tenho mais controle. Eu sei que sua intenção é a melhor. É ajudar a abrir meus olhos, para que eu possa seguir o melhor caminho. Aquele que me trará a tão almejada “paz interior”. Mas você acaba sendo inocente demais, ingênuo e até meio bobo. As coisas não são assim, como você pensa. Você precisa colocar os pés no chão e deixar de viver de fantasias. Eu também já acreditei em contos de fadas, mais vivi o bastante para ver, entender, e principalmente sentir que eles não existem. O fato é que preciso entender porque diabos você insiste em me trair quando eu mais preciso que você seja forte, que esteja ao meu lado. Você precisa entender que talvez eu já saiba qual é meu caminho, e o que é melhor pra mim. E não me venha dizer que quero apenas o caminho mais fácil e sem dor, porque não é isso. Não estou sendo covarde apenas realista. Não é fácil pra mim também essa decisão, mais do jeito que esta, não tem como continuar. Eu quero ser feliz, entende? Será que isso é pedir muito? Seguir em frente pode ser a melhor opção agora, só você não consegue enxergar isso. Fica ai, parado, com essa cara de quem comeu e não gostou. Gritando aos quatro cantos coisas do passado, e me fazendo lembrar momentos especiais em que fui muito feliz. Mostrando-me fotos, músicas, presentes. Fazendo com que eu alimente, mesmo sem querer esperanças que tenho lutado para dissipar. E você faz isso de propósito, porque sabe que enquanto houver 1% de chance, haverá também 99% de esperança. Você faz questão de deixar em mim esse sentimento de culpa, de saudade, esse apego que não consigo me livrar. Apego aos planos, aos sonhos, e principalmente a certeza de que daria certo. Como se eu estivesse fazendo a escolha errada. Mas porque parte de mim deseja tanto seguir? Deseja ardentemente, não a liberdade, mais algo ainda por ser descoberto, inventado. Mas por sua causa eu continuo aqui. Presa num tempo que não me pertence mais. Ouvindo músicas românticas e revendo, revivendo momentos. Sorriso bobo, amarelo, e lagrimas manchando meu rosto. Por favor, tenta se concentrar, procure o equilíbrio, eu não quero mais me zangar com você, CORAÇÃO!
Mora no centro; apartamento antigo
Barba grande; velhos amigos
Copo cheio; cheiro de asma
Rock; calça rasgada
Sente o blues...
Muitas vezes me bate uma saudade dos velhos
amigos de infância, da minha terra, da minha
antiga vida. Saudades da inocência e da
esperança, saudade dos amores de infância,
saudade de sair correndo e gritando "quem
chegar por último é a mulher do padre!.". A
gente cresce e descobre que pega pega não é só
pega pega. Descobrimos que brincar também
dói, dói quando as pessoas brincam com nossos
sentimentos. Descobrimos que o mau não está
na cara de mau. Descobrimos que ser criança
era muito mais fácil. Descobrimos que crescer é
descobrir a vida e crescer é ver realmente que a
vida não é justa e que vemos humanos, mas não
humanidade. Num mundo onde presam pela
verdade, é tão descriminador ser você mesmo.
Quem me dera ser novamente criança.
Queria escrever algo positivo, como um novo amor, um reencontro com um velho amigo, uma frase que me caísse como uma luva, um sorvete de pistache, um beijo quente, uma música que me fizesse embalar mais uma vez ou uma grande viagem dentro de mim mesmo, mas, nada disso foi real, tudo passa tão igual e repetitivo. Odeio minhas rotinas e as circunstâncias pelas quais recorro, porém, o que mais me deixa irritado é essa minha insistência em querer mudança sem nada fazer para atingí-la.
Aos amigos velhos ou novos, agradeço a todos, por me apoiarem, mesmo quando eu estava certa ou muitas vezes errada. Que sobre minha certeza me fizeram prosseguir, e em meus muitos erros me fizeram enxergar onde eu errei e me ajudaram a corrigi-los. E quando eu cai, realmente descobrir quem são meus verdadeiros amigos, esses por sua vez em grade maioria graças ao meu bom Deus, me ajudaram e me reerguer, fazendo com que eu me sentisse confiante e capaz. Agradeço, cada palavra de carinho, de amor, de afeto, de compaixão, os concelhos, o companheirismo, a sinceridade, a serenidade, a humildade, o abrigo e em especial as orações desse verdeiro amigo.