Velha Amiga

Cerca de 4877 frases e pensamentos: Velha Amiga

⁠Velha estação.

Velha estação,
Local de chegada e partida,
Valente conservas ainda
Pedaço da tua história,
Daqueles dias de glória
Resistes a força do tempo,
Tal qual foras um templo,
Que tantos destinos cruzou
Alguns tu trouxe de longe,
E outros pra longe levou,
Agora te resta o silêncio,
Tapera já sem serventia,
O cincerro que judiaria,
Nunca mais partida anunciou,
O trilho enferrujou,
O dormente apodreceu,
Só quem te conheceu,
Naqueles tempos dourado,
Consegue te ver no passado,
E o passado que o mundo perdeu...

Renato Jaguarão

Inserida por RenatoJaguarao

⁠De uma Velha Solidão -

Há um peso tão grande dentro em mim
nestas horas em que a vida não me escuta
um tormento que parece não ter fim
como espada que nos fere numa luta!

E há um pranto que me escorre em solidão
um vento que se agita pelas curvas
sou filho das pedras pisadas pelo chão
um poço de amargura e água suja.

A minha dor vestida de brocados
foi traje de amargura num corpo de sereia
e adorei-a, de joelhos, prostrado,
como um naufrago morto na areia.

Inserida por Eliot

O amor é feito aquela roupinha velha, que agente veste, e se⁠ sente bem, porque o amor é a única tendência, que nunca sai de moda.

Inserida por ubaldo_santos

LUA VELHA
Ó, lua velha,
Que tanto me acompanhou
Quando, em noites prateadas,
Eu cantava o amor!

Inserida por minervinoms

O QUE HÁ DE NOVO?

E ela me perguntou:
o que há de novo?
A velha e enfadonha
história de sempre?

Ah! meu bem
o que posso fazer|?
Vida de poeta é assim...
amar constantemente
sorrir a cada alvorecer!

É fazer de cada rima
uma nova história.
É novamente amar
é criar asas, voar
é sorrir, sofrer, cantar
fazendo da poesia
seu porto, seu desejar!

Ironia? Talvez sim!
O destino muitas vezes
é verdade indutiva
abrangente, insofismável
sendo em nós capaz
de transformar sonhos...
em algo inimaginável!

Inserida por genesiocavalcanti

A verdade é a raiz de uma velha árvore que é nutrida diariamente com com tempos de seca e tempos de chuva a verdade tem que permanecer em qualquer tempo quando ela morrer ou for arrancada será arrancada a vida.

Inserida por Poesiasgold

⁠Verso de saudade

A saudade é como ferrugem em ponta de faca velha. Aos poucos vai corroendo tudo.

Inserida por juliana_antero

⁠Voltaremo-nos a velha intimidade que outrora tínhamos quando conversávamos com as árvores antes de conhecermos o fogo e o ferro

Inserida por ANANT

⁠Nas raízes do meu chão, brota a velha rezadeira, brota o arruda o guiné e nas folhas deste pé o alecrim é o que mais cheira.

Inserida por AtanaelBarros

PERFUME DA ILUSÃO



Adentro-me agora na velha Matriz
Onde fiz meu primeiro juramento;
Os nichos e as imagens no momento
Reabrem-me n!alma velha cicatriz!

Então, todo antigo trajeto eu refiz...
Da manhã à noite do sacramento;
Pensava, então, que o nobre sentimento
Fosse prá todo o sempre a força motriz!

Ledo engano, o tempo, senhor da vida,
Recolhe a melhor quimera escondida
Dentro do cofre de um coração!

Pouco restou... Nem odor de saudade...
Pois, do amor que pensava eternidade,
Só o perfume de sua ilusão!⁠

Inserida por NelsonMedeiros

⁠Pare de menosprezar a bicicleta que você diz estar velha e a larga no canto. Alguém pode achar interessante querer dar várias pedaladas,quando você quiser utilizar, já não vai dar. Agora,será de quem sai com ela,cuida dela.

Inserida por SilviaMarise

O caminho mais difícil de trilhar é o da sinceridade íntima de cada um. Aquela velha estrada que muitos abandonam por causa do conflito que ela traz com o trafego lá de fora. Somos o que somos, nada mais.(Walter Sasso)

Inserida por walsasso

Me tomas como velha companheira;

Se agarras a mim como parasita;

Suga do meu ser, a minha existência (e tenta levar contigo)

Me deixa pra baixo, me xinga, me bate, acaba comigo e...

Quem sou eu? Como sou eu sem ti? Há um eu onde não me abuses? Por que eu? Por que assim? Por que?

Sinto, ainda hoje, tu rastejando dentre minhas entranhas querendo sair;

Mistura de dor com desassossego que teima em habitar em mim;

Me causa ânsias, náuseas, vômitos, mas não se desprende (por que?)

Deixe-me sorrir e expor verdade, aparta-te de mim, voe para longe e me deixe

Deitado na cama eu espero, enquanto mal respiro, ajuda. [AJUDE-SE, AMIGO]

Inserida por exnassi

A velha palavra, gasta, forma
Uma agridoce e bela miragem,
Com os contornos duma poesia,
Para comunica-nos a verdade.

Inserida por areopagita

⁠O matemático, o tempo e o amor.
O tempo com sua velha mania de me devastar.
Pensando em números, uma única resposta sempre me veio como uma verdade, minha vida é o máximo da insignificância, nem mesmo tem forças para ser um grão de areia no vasto deserto que é o universo.
A lógica me mata dias após dia.
50, 70 ou até mesmo na melhor das hipóteses, 100 anos! Uma bela vida, não?
Não. Porque é nada, absolutamente nada comparado com o tempo de nossa casa, a jovem Terra ostentando seus 4,453 x10^9 anos, e eu aqui, o que fiz nesses últimos 30? O que farei nos próximos? E o quanto isso não terá peso algum no tempo.
A lógica me mata dias após dia.
A vida não tem sentido.
E o tempo com sua velha mania de me devastar, veio e mudou tudo novamente.
Mas a beleza do tempo é que ele muda até mesmo palavras simples. A vida que não TEM sentido, ao te conhecer, virou a vida que não TINHA sentido.
Simples.
Caso chegássemos muito cedo aqui nesses últimos 4,5 bilhões de anos, talvez nem estivéssemos mais aqui, 350 mil anos para nossa espécie surgir, 50 mil anos para sermos quem somos, e é a partir de agora que fica emocionante, tantos números, tantas possibilidades, momentos históricos diferentes que eu, como ser, poderia ter existido, inúmeras chances que gritam ao acaso!
E cá estou eu. Não só existindo, mas VIVENDO no mesmo tempo que você.
O quanto isso valeria em sorte, porque até mesmo as chances de ganhar na loteria mais difícil de todas é de 1 em 50.063.860, mas claro que isso nem se compara com toda essa aleatoriedade, o que é justo na verdade, afinal um prêmio de loteria é fácil de conquistar comparado a ter você em minha vida.
A lógica me matava dias após dia.
Hoje não reconheço mais números.
O tempo é somente um velho colega, uma consequência.
Minha bela vida de emoções nem recorda-se mais das minhas noites mal dormidas sendo assombrado por meus pensamentos lógicos.
50, 70 ou até mesmo na melhor das hipóteses, 100 anos! Os únicos possíveis com você.
Você.
Seu valor nessa equação superou mil milhões, e vai além.
O Amor me mantém dia após dia.

Inserida por poetaumadose

MINHA AMENDOEIRA


Um dia fui até que [ por demais feliz],
Lembro-me de uma velha castanheira.
Embaixo dela brincava no tempo de minha
Infância.
Chamava-a pelo nome de castanheira, mas,
O que se comia era a amêndoa [ o fruto].
Certo dia dessas distrações de criança,
Pus-me a brincar num balanço improvisado.
De maneira meio solta e leve com a vida, como
A quem não deve nada e não sabe de nada.
Comecei numa pressa de viver o momento
Que só e' peculiar 'as crianças.
Na primeira balançada foi um vai e vem
Esplêndido, e na segunda vez foi uma atirada
Um pouco mais ousada, rabiscando os pés no
Chão para dar impulso.
Era um sonho de voar nas estrelas e retornar ao
Chão.
Ali nos braços da castanheira via que
Amêndoas eram estrelas e o céu era somente
Outro lugar.
Na terceira vez foi um tanto celestial e eternizada,
Pois povoa minhaslembranças ate' os dias de hoje.
Quando atirei-me para a terceira vez foi num impulso
Potencializado pelas primeiras vezes. E dessa vez
Fui ao céu da castanheira bem perto das amêndoas;
Amêndoas [ que eram estrelas].
Quando retornei ao meu corpo, senti que um portal
Se abriu e via perfeitamente como num telão
Aqueles dez segundos que relataram toda minha vida.
Só percebi coisas indeléveis, doces e inocentes como
Coisas de crianças. Então passei a vigiar-me para
Que nunca cresça a ponto de não ser mais criança.
A única e grande verdade e' que nosso anjo e' a criança
Permanente em cada um de de nós.
O adulto e' um ser oculto que se despiu das asas brancas
E enveredou-se no sombreado da vida.
Tudo isso eu sei porque era criança, e via como as crianças
Viam e nada saberia se já fosse adulto.

poeta_sabedoro

Inserida por andre_gomes_6

⁠ALTARES

Anos vão.
Construi e tenho no meu quarto
Numa cómoda velha de minha mãe,
Um santuário,
Tipo berçário,
Que acolhe alguns santos
Do reino que Deus tem.

Uns mais que outros, sacrossantos,
Para mim.

E assim,
Talvez pela memória
Feita só estória
De querer afastar medos e quebrantos
Em simples peças de barro,
Já em padecimentos de sarro.

E cada vez mais eu reparo
Que neste mundo às avessas,
A quem faltar fé ou faro
Baterá em portas travessas.

Ravessas, elas só se abrirão
Por senha ou pela beatice,
Sempre esta minha tolice
De não aceitar sermão.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-03-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠ALMAS GÉMEAS

Ninguém me vê...
Acabrunhado
Ao mortificado,
Nesta cadeira velha
Que faz doer as cruzes
Deste esqueleto
Já absoleto
Que se senta
Rumo aos setenta
À espera de algumas luzes.

Ainda bem que ninguém me vê...
Neste cubículo escritório,
Em sistema de dormitório,
Para dar em cada dia ao mundo
Um poema infecundo
Teorema lógico
Dos axiomas
Postulados
Gravados
No sistema patológico
Rumo doloroso
Até conseguir o dialógico
Gostoso,
De ter alguém em simpatia,
Que todos os dias em sintonia,
Anima e faz viver a minha poesia.

(Carlos De Castro, in Há Hum Livro Por Escrever, em 15-05-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠QUE SOSSEGO

Era só a minha avó.
E em tardes de calmaria
Debaixo da velha ramada
Das folhas do morangueiro
O corriqueiro,
Americano,
Ela, aos botões, dizia:
- Que sossego! Bendito ano!

Ela não sabia
Que eu estava
Com ela,
Mirando-a de uma janela
Pequenita que havia
Logo atrás dela.

E eu ouvia tudo naquela viagem
Feita miragem
Que minha avó fazia,
De consciência apurada,
Sem precisar de andar
Ou sola dos chinelos gastar
Em qualquer estrada...

Foi ela que me ensinou,
Aqui onde vou,
Que para sonhar,
Só basta estar!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-05-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠ESPERA DESESPERADA

Na velha gare esperei por ti;
Na esperança anunciada
De te ter como coisa amada
Naquilo que ao ganhar perdi.

Só depois é que vi
Que as estradas
E os carris das vidas
São feitos de tudos e nadas.

Nem sempre são retas desejadas
Para alcançar o sonho final,
Se não a mim e ao mundo
Vai um logro tão profundo,
Um medonho e abismal
Desígnio infernal
Nas encruzilhadas do mal.

Dessas, eu nunca me lembrei...
Por descuido me esqueci.
Agora, eu sei
Porque peno assim por ti.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-06-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro