Velha Amiga
Às vezes quando vejo partes suas, sinto vontade de voltar a ser aquela velha idiota de antes. Aconteceu agora, o seu sorriso de longe. Eu me lembro de quando você o fazia por me ver. Eu acreditava no que você dizia, mesmo fazendo sempre o oposto. O que eu sentia era puro, meu coração explodia toda vez que imagina que tudo aquilo era realidade.Você me provou o contrário, derrubou o castelo que eu construí sozinha. Nós iriamos morar nele, você fugiu de casa antes mesmo de chegar. E o pior, por mais que você tenha pisado em todos os sentimentos que te dei, você não consegui acabar com tudo. a verdade, você o quebrou em vários pedaços. E agora eu fico aqui tentando encaixar, parte por parte. Mas falta uma, falta você.
Talvez tenha ficado com medo de sujar aquele seu tênis de marca idiota, ou nem isso saiba fazer. E o que você deixou inteiro, ou quase ainda existe dentro de mim. Não é o suficiente para tentar o impossível (mudar você), mas é o suficiente para enlouquecer (estou escrevendo novamente sobre você, isso já é um sinal de loucura).Se você dissesse que não e sumisse, seria mais fácil. Mas não, você faz questão de mostrar que ainda existe. Que ainda sabe sorrir, e não precisa de mim para isso. Tenho certeza que hoje, não duraríamos nem um dia. Mas, meu coração não precisa de tudo isso. Talvez algumas horas, alguns minutos ou até mesmo alguns momentos. Só você, eu e o seu cheiro.
Mesmo que depois você voltasse para ela, e fingisse que não nunca me conheceu.
Um olhar por trás do quadrado, a madeira pode ser velha, mas os vitrais sempre serão novos pela “lente” que os espelha.
Quem precisa de portas, quando se tem um olhar que atravessa as janelas?
Numa terra sem vida
Numa terra sem vida abandonada por amor, onde possa esticar uma velha carcaça, até quero descansar, tranquila onde a vida me fez o bem, pois no mundo estava esquecida no desabafo de alguém.
Odeio o abandono que minha terra tem, desprezo os cordeiros, pois nem de esmola viveu, o vaga-lume que antes quisera ver a minha carcaça na caatinga esmorecer.
Sem pena percorrei a terra, que um dia morei, hoje penso e fico triste só de imaginar, que há crianças vivendo lá, e nela meus pais vivem por lá.
Procuro alegrar outras terras, onde descobri para morar, passo dia descansando no meu lar, pois mirraste em meu chegar para passar tranquila sem medo de ficar.
A velha cidade, pela experiência que tivemos nela, acaba ensinando-nos, que a nova cidade, é melhor.
Quando chegamos a deixar nossa velha cidade, é porque precisamos da nova cidade para chama-la de nossa.
castelo de asas com grades,janelas ,
partidas que deixam entrar o frio,
velha,nova,escura,perdida,vazia,
abelhas que ferram,oferecem o mel,
colmeias cheias na serra,no monte,
as picadas de víboras gritos de dor,
de angústia e de muita mágoa.!
Homens feios, sem fé,mendigos voluntários,
sombras de si mesmos,que andam a solta ,
como diabos pregadores,donos da verdade ,da morte
da escuridão,seres virtuosos,sem escrúpulos,
qual verdade ?
qual virtude?.!
Gostam desta nova guerra aberta,
destes novos guerreiros,
alheios a tudo,a todos,
crentes do além ,fora do mundo,
dos que desprezam o corpo,
as alegrias e paixões.!
pequenos e pálidos delinquentes,
que não querem saber ler ou escrever,
sobem as árvores das montanhas ,das serras,
vivem em cavernas fechadas,palheiros,
húmidas cheias de mofo,fedem de morte,
virtude duvidosa e livre,
donos da guerra, donos de nada.!
Canta o velho viajante,
que sente o enigma,silencioso,
dos montes dos ramos das oliveiras,
das tempestades,da neve branca gelada,
das passagens,trilhos ou caminhos,
de pregadores sem fé,sanguessugas,
que vestem as vestes de cordeiros,
encantadores de lobos, diabos escondidos.!!
Hoje eu ouvi aquela velha música. Aquela que me lembrava você, então descobrir que ela não é sua. Ela é de quem realmente a sabe sentir.
Velha e boa infância.
Saudades de um tempo..
De andar em balanço, quando isso não era desequilíbrio, mas pura diversão...
De deslizar num tobogã e não estar nem aí pras calças;
De tomar banho de chuva, sem gripes;
De achar que o comigo não tá, seria apenas uma brincadeira...
De que obrigação era estudar...
De ter a cama de meus pais quando tinha pesadelos..
De me divertir por ter tomado um caldo...
De ser metralhada por jamelões na casa de meus avós...
Quem não teve infância, dificilmente terá leveza... "Crescer" é monótono.
Informação demais?
Cada um sabe de si, diria a velha Inácia, empregada quase da família, na casa da minha avó Rosinha.
Cuidar da própria vida, o que deveria ser uma questão de educação, passou a ser uma quase virtude nos dias modernos.
A gente não precisa ficar sentado na porta de casa, como antigamente, esperando que os vizinhos passem com as novidades, porque elas vem ao nosso encontro e nos atropelam, nas telas dos computadores, tablets e telefones interligados pelas redes sociais.
Afinal, a gente fica sabendo das coisas mesmo sem perguntar.
As periguetes desfilam suas virtudes em exíguos mini vestidos, as mais ousadas tapam só aquilo que a gente nem precisa ver para saber exatamente como é o tamanho que têm.
As recatadas... bem, dessas a gente não fica sabendo mas os maledicentes se encarregam de divulgar os predicados e preferências ainda que a gente não pergunte. Caiu na internet, caiu na boca do povo.
Antigamente a molecada se vangloriava na escola e na rua, contando quem comeu, quem comeu quem e da vontade que tinham de comer alguém.
Hoje em dia os adolescentes “ficam” e a gente não sabe se ficaram na cama, se deram uns beijinhos na porta do colégio ou se aproveitando a liberalidade, mandaram ver geral, com a experiência que dá ter acesso à pornografia e sacanagem da internet.
Ahhh... como era diferente o acesso à pornografia nos meus tempos. Para começar, guardar bem escondido com uma senha, deletar ou simplesmente olhar e apagar o histórico das visitas às fotos e outras informações era impossível.
A posse tinha que ser material e sempre sujeita a uma revista nas gavetas e bolsos de roupas no fundo dos armários. Nunca soube que as garotas da minha época tivessem fotos explícitas guardadas num baú ou que ficassem fofocando com as amigas seus sonhos mais eróticos.
Fico só imaginando se como num passe de mágica pudéssemos ter um tablet conectado em 1.958 e como se fora uma bola de cristal pudéssemos antever o futuro.
Nóóóósaaaa!!! Iria ser demais!!!!! Claro, se não fossemos queimados como bruxos...
Eu tenho uma não velha lembrança...
Era domingo, não muito tarde, começo de crepúsculo.
Não pude evitar e então percebi que amava o seu sorriso, seu jeito, seus olhos, foi tranquilo, foi calmo e foi ali.
Eu não me limitaria e por ironia o tom da sua voz e seus ombros eu queria, me perguntava se então ali eu ficaria e se você permitiria.
Eu diria para vir aqui, sentar aqui, respirar o ar daqui e sentir o que se senti aqui.
Chega mais perto, nada se é concreto.
Eu aceito suas condições, a calçada ainda se encontra no mesmo lugar e lá eu te levaria e o universo conspiraria.
- Ao conto da lagoa e o sapo, que se descreve como bom e inesperado.
Quero educar uma Criança, aguardar até que fique velha, para saber se minha maneira de pensar estava correta.
Você!
Você já não sorrir mais! Não como antes, será que conseguiu matar a velha criança que habita em seu intimo?
Se responder afirmativamente, quero dizer que você está acometido da hemorragia da alma, ela está te sufocando, está te torturando, está te fazendo refém da sua própria mediocridade deixando esquecer-se de si, e oque é pior te tornar invisível de si mesmo.
Abra sua mente, pense, seja um pouco egoísta consigo mesmo, dê-se ao luxo de desfrutar de si, amplie-se, motive-se, abra sua mente, expanda-se seja em um sorriso amplo e sincero a si mesmo ao seu bel prazer, rompa as amarras que você impôs. Vá em direção de sua liberdade, não se detenha, mova-se, queira estar bem e com certeza ficará porque você assim decidiu. Não dê ouvido aos outros, afinal os outros são os outros e só, arisque-se ao ridículo oque importa é você, opiniões vão dar mas e dai? A sua é a que conta e vale, afinal é sua VIDA não a do outro. E tem mais cada um corre por sí ninguém , mergulhará no seu caixão, não existe cova compartilhada, só vida; Deus deu a cada ser sua vida a estrada é igual para todos. O detalhe da vida é só você, quando deixar este mundão ninguém te segurará em terra, a bola da vez é sua. Que a paz esteja sempre em sua mente e coração.
“Lembranças:
Ilhado a minha varanda, sentado na velha e ranzinza cadeira de balanço, meu olhar abrangia tudo que não se podia ver, a chuva e o sol, compartilhavam e harmonizavam pelo mesmo espaço no ar, um arco iris era formado, e nele eu podia ver seu retrato, segui com meus olhos em plena euforia sentindo uma brava nostalgia, toda a minha vida revivia, rimava e sorria, até que a cadeira parava e um de meus olhos abria, era um sonho eu dizia, que desalegria.”
— Senhor vivendo em um mundo pós-guerra.
Estou com 31 anos agora,não velha demais, mas velha o bastante pra me sentir Só. As vezes no momento em que antecedem a chegada do sono,pergunto-me se estou destinada a ficar SoZiNhA para SEMPRE.
A cada dia me sinto mais incomodada e achando que estou velha e inadequada. Não pela data de nascimento escrita no meu RG, mas por não compreender esse modo de viver moderno.
As conversas são no computador, os jantares em frente a TV, os e-mails são mal escritos, ninguém tem mais tempo para ler livros, ninguém visita os amigos, ninguém respeita os mais velhos ou os mais pobres. Os relacionamentos numa noite duram minutos e é mais pseudo feliz quem beija mais bocas.
É triste admitir, mas definitivamente não estou pronta para esses dias de hoje , e suspeito que nunca estarei.
Sou antiga. Eu quero falar olhando nos olhos, quero absorver as palavras ditas ouvindo a voz das pessoas. Quero desfrutar a companhia ruidosa dos amigos em casa e me despedir com abraços apertados. Quero ler mais livros de Machado de Assis e reler os que já lí. Quero visitar as pessoas, falar e ouvir sobre a vida, sobre as tristezas e sobretudo das alegrias e até de coisas corriqueiras. Quero ouvir histórias de quando eu sequer tinha nascido, da boca de quem já viveu e aprendeu muito. Quero poder trazer alegria ajudando quem precisa de muito pouco para sorrir. E finalmente não quero beijar mil bocas e me sentir vazia. Quero apenas aquela que toca também minha alma.
Tapa
Por mais que eu pense em largar
Lá está ela, aquela velha sabedoria de uma mesa de bar
Escandalosa, cínica, estúpida, me dizendo:
-Tu quiseste não querer
Hoje te viras jogada, de luz apagada
Cega e maltratada por aquilo que queres esquecer.
Lembras de tudo, das mãos de veludo, dos corpos safados e desnudos
Daquele saudoso dia clichê
A vida agora te esfrega na cara
Aquilo de que tu duvidarás , grita:
-Está aqui o que tu mereces viver.
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