Velha
Eu não gosto de carne mais velha de que a minha, e carne que já foi passada de mão e mão quem tem juízo não consome!
"Uma velha classe de pensadores, estão sendo rotulados ofensivamente, como idosos ou senhores de idade por uma nova geração de idiotas."
INFÂNCIA
Jamais deixe – me.
Ir sem suas lembranças.
Rastros, apenas rastro de minha velha infância.
Felicidade onde possa me definir, a infância.
O amor onde carrego, é a lembrança de minhas brincadeiras quando criança.
Pipa, Bola, Esconde e Esconde, amarelinha e peteca.
Lembranças de uma velha infância.
Era feliz, sorrir era o que me fazia ir.
Brincadeiras que nunca esqueci.
Infância, minha infância, era ser feliz.
Amigos, só tenho lembranças.
Cresci e só resta pensar.
Era, era a nostalgia.
Infância, ser criança.
Lembranças.
A temida vacina...
Na velha e na menina...
Ora ajuda, ora prejudica...
Devido a isso, há quem dela abdica...
Alguns acham o seu uso bem complicado...
Outros, afirmam que o seu uso é justificado...
Pois o covid-19 é, extremamente, mortal...
E, só, quem não a usa é o homem de neandertal...
Entretanto, muitos indecisos ficam em cima do muro...
Pois, com certeza, não querem ficar no eterno escuro!!!
Em uma pequena aldeia situada entre colinas, vivia uma velha sábia chamada Clara. Ela era conhecida por sua profunda conexão com o passado, possuindo a habilidade única de viajar no tempo usando o poder de suas memórias.
Seu dom permitiu-lhe reviver momentos de sua própria vida e também da vida de outras pessoas, um talento que ela usou para ajudar os necessitados;
Numa tarde ensolarada, um jovem chamado Miguel chegou à aldeia em busca da ajuda de Clara.
Ele estava sobrecarregado pela culpa e pelo arrependimento, assombrado por uma decisão que tomou anos atrás e que mudou o curso de sua vida para sempre. Miguel havia perdido contato com sua família, seu verdadeiro propósito e sua paz interior.
Desesperado por redenção, ele ouviu rumores sobre as notáveis habilidades de Clara e esperava que ela pudesse guiá-lo através do labirinto de suas memórias. Clara, sentindo a agitação de Miguel, acolheu-o na sua aconchegante casinha. Ela o sentou perto da lareira, um brilho bruxuleante lançando sombras dançantes nas paredes.
Com um sorriso gentil, ela começou a contar sua história de sabedoria e cura.
“Ouça com atenção, Miguel”, começou.
"As memórias são como fios que nos conectam ao nosso passado, presente e futuro. Elas têm o poder de moldar a nossa percepção do tempo, tanto real quanto imaginário."
Enquanto Clara contava as suas histórias, a mente de Miguel vagueava pelo labirinto das suas próprias.
Ele se via como um menino, cheio de sonhos e aspirações, mas também diante de escolhas difíceis. Relembrou o dia em que abandonou a paixão pela música, optando por um caminho mais seguro. Essa decisão o deixou se sentindo perdido e desconectado, imaginando o que poderia ter acontecido.
Clara gentilmente guiou-o através de suas memórias, o encorajando a confrontar seu passado. Juntos, eles exploraram o momento crucial em que ele se afastou de sua verdadeira vocação. Miguel sentiu uma onda de emoções, arrependimento misturado com um renovado senso de propósito.
À medida que Clara e Miguel continuavam a sua viagem no tempo, encontravam outras almas sobrecarregadas pelos seus fantasmas.. A capacidade de Clara de guiá-los nos momentos mais sombrios trouxe cura e encerramento, permitindo-lhes recuperar suas identidades perdidas e encontrar a paz dentro de si mesmos.
Através do poder da memória, Clara ensinou a Miguel que o passado não nos define, mas molda o nosso potencial. Mostrou-lhe que nunca é tarde para se redescobrir e se reconectar com os seus entes queridos e para abraçar o seu verdadeiro eu.
Com nova clareza, Miguel despediu-se de Clara, grato pelo presente que ela lhe concedera.
Ele voltou para sua família, munido das lições do passado e da determinação de construir um futuro melhor. E assim, Miguel embarcou numa viagem de autodescoberta, usando o poder das memórias como bússola. Ele reacendeu seu amor pela música, compartilhando seus talentos com aqueles ao seu redor e inspirando outros a abraçarem seus sonhos esquecidos.
A partir desse dia, a aldeia tornou-se um local onde o tempo e a memória se entrelaçam, onde as histórias do passado guiam os passos do presente. E no centro de tudo isso, Clara permaneceu, sempre tecendo suas histórias e ajudando outros a encontrar o seu caminho.
Para nada vai servir a cultura dos homens gananciosos, a velha e chata religião, os maus hábitos e as informações inúteis se entrarem em seu cérebro e no seu coração, uma vez que a alma precisa avançar em conhecimentos, relacionamentos e comunicação eficazes, que produzam mudanças e transformações notáveis em família e traga bons investimentos às suas realizações profissionais e, acima de tudo, satisfação espiritual.
Neste Natal, que o homem e a mulher velha que provém da alma possa morrer para para si mesmo e nascer para Deus, em um ressurgimento belo e eterno.
Na frente daquela casa eu via,
As arvores que faziam sombra,
A velha cadeira de balanço que assobia.
Ali naquela velha choupana todos riam
Parece que toda a paz formava sua energia.
Dali irrompia alegria,
Formavam uma só harmonia.
Ali era um lar,
Ali era uma nostalgia.
Dali emergiria humanos,
Na sua acolhida embalava a vida.
Olho no olho,
Respeito e afeto,
Simples Acolhida.
ANO NOVO BEBEDEIRA VELHA
Nada de novo, após o velho.
Esta história é uma charrua
Que revolve a terra pelos ares
E tantos mares,
À procura de outros semeares
Nos plantares,
Consoante a lua.
Tudo é incerto, na certeza
Das águas brotadas
Nas correntes dos sentidos,
Quando acordamos palhaços
Na tesura dos fluídos
Naquela expulsão dos mijos
Pelos álcoois ingeridos
Na madrugada da manhã,
Em vinganças
Sem esperanças
No elã.
É aí que pensas nas parecenças
E dos vícios
Que foram os suplícios
De gentes do lado de lá.
Vá,
Sossega e toma um chá
Que te limpe
Das infusões da vide
E pendura a cabra num cabide.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-12-2023)
Nas raízes do meu chão, brota a velha rezadeira, brota o arruda o guiné e nas folhas deste pé o alecrim é o que mais cheira.
PERFUME DA ILUSÃO
Adentro-me agora na velha Matriz
Onde fiz meu primeiro juramento;
Os nichos e as imagens no momento
Reabrem-me n!alma velha cicatriz!
Então, todo antigo trajeto eu refiz...
Da manhã à noite do sacramento;
Pensava, então, que o nobre sentimento
Fosse prá todo o sempre a força motriz!
Ledo engano, o tempo, senhor da vida,
Recolhe a melhor quimera escondida
Dentro do cofre de um coração!
Pouco restou... Nem odor de saudade...
Pois, do amor que pensava eternidade,
Só o perfume de sua ilusão!
Uma coisa que faz de mim o que eu sou, é uma velha persistência boba que me empurra a sempre procurar fazer do mundo um lugar melhor de se viver, embora haja muito imbecil por aí plantando terror;
Limpando hoje, encontrei aquela velha camisa do Zeppelin
Você vestiu quando fugiu, e ninguém podia sentir sua dor
Somos muito jovens, muito burros para saber coisas como o amor
Mas eu sei melhor agora, melhor agora
Toda a herança que deixo ao mundo não vai além das sementes lançadas ao acaso da janela desta velha maria-fumaça, mas que, determinada, desliza célere pela linha férrea da minha vida até sua estação final.
O Inferno de Um Amor –
E enquanto aquela velha angústia
— intimamente — despedaçava
minh'alma que, por vezes,
já não reagia mais,
eu pensava:
O grande risco eram as grandes paixões confessas — com suas urgências,
suas entregas, suas intensidades —
dolorosa e amargamente
silenciadas, quebradas,
emudecidas.
Assim,
o inferno de um amor é a mistura de
rejeição e esperança, transformada
em ciúmes, ódio e saudades.
E não há poesia pra isso.
Aquela velha frase limitante: “quem se descreve, se limita” ou, você não sabe muito sobre você ou, porque não permitiu se conhecer?
Se uma bateria sabe sua potência máxima e avisa quando está prestes acabar!
Por que não você!
Talvez sua vida deve estar viciada, precisando de trocas ou, calibragem.
Velha Incoerência
Com ódio no coração
Por alguém ou devido a alguma circunstância
Pede Paz, apesar da alma em guerra
Festeja. Comemora em união
Ao Novo Ano, pede luz e pede amor.
Porém, é incapaz de respeitar o próximo. Sequer tem amor próprio. A mente é uma escuridão
Passa o ano emanando sentimento tóxico
A saúde é o pedido mais importante
Mas não tomou a vacina contra a covid.
Consigo, isso é até irrelevante, mas um descaso com o seu semelhante
Seria só ignorância, ou ao puro desprezo a sua atitude coincidi?
Joga lixo na rua, desperdiça água, suja
as areias das praias
Mas quer um planeta e uma sociedade melhor pra viver
No supermercado, passar as compras e deixa o carrinho vazio no caixa. O próximo que tire
Os anos novos passam, e pouco se propõe a aprender
Propaga a importância da gentileza nas relações
Mas dirige álcoolizado e não cede o lugar para um idoso
Cultiva com orgulho a prática do "jeitinho brasileiro".
Mas, espiritualmente, se autodeclara um ser bondoso
O egoísmo e o materialismo estão no controle. Mas diz ser cristão
O racismo e a homofobia toma-lhe a alma
Os seus desiguais, humilha e discrimina
Promovendo tristezas e gerando trauma
Diante das tragédias, ajuda aos necessitados
E empenha muita dedicação
Uma foto bacana, ao fundo a caridade, é publicada
Pronto. Papel cumprido como cidadão
Diz que deseja um Brasil melhor
Se revolta com o descaso político e se sensibiliza com a pobreza do irmão
Contudo, apoia as covardias do Bolsonaro
E até do Lula, já aceitou a corrupção
O Ano Novo fica confuso sem saber o que fazer
Quer acreditar no coração, mas não é o que está na mente
Então passa dia a dia até e torna-se velho
Na esperança de um ano possa decifrar essa gente
Contudo, 2022 já está coroando
Vai nascer com a tradicional missão de renovar
A esperança, os sonhos e os sentimentos
E a magia da virada vamos todos celebrar
Feliz Nova Partícula do Tempo. E, se possível, com o mínimo de coerência entre o que desejamos e o que praticamos.
Estrada
Durante uma noite inteira,
Estive acordado e pensando,
Na velha estrada companheira,
Estrada,que esteve me acompanhando.
Como é bom em você caminhar,
Tendo o privilégio de viajar na janela,
Em teus seios me debruçar,
Beijar os teus lábios à luz de velas.
Estrada amiga,íntima e com curvas,
Onde tudo consta nas placas do amor,
Nessa estrada não tem o medo da chuva,
Dos desencontros e também da dor.
Deixe-me percorrer as suas curvas,
Apreciar a paisagem do teu olhar,
Subir as montanhas sem medo da chuva,
Embeber-me no mel dos teus rios e sonhar.
Sonhar em tê-la eternamente,
Em meus braços desprezados,
Abraçar o teu corpo e entrelaçado a sua mente.
Como faz os velhos namorados.
Lourival Alves