Velha
Velha Guarda
Velha Guarda...
Traz nos cabelos grisalhos
O peso dos anos e a filosofia
De quem conhece, da vida, os atalhos
Da experiência e da sabedoria
Eternos guardiões de nossa cultura
Fiéis depositários dos tempos já idos
Faróis clareando a noite escura
Iluminam os caminhos já percorridos.
Velha Guarda...
O sorriso faceiro da tia baiana
A saia rendada girando, girando...
Os passos miúdos. Energia que emana
E um cantar ritmado no ar ecoando
As palmas marcando o tempo e o compasso
Na dança do Jongo e do Cateretê
E tudo parece parado no espaço.
É a vida que volta. No olhar, o prazer.
Um samba de enredo cantado com ardor
Lembrando Mãe-África. Bonito. Vibrante
Caxambú é a malícia,o segredo e o amor
Da mulata sestrosa pelo negro elegante.
Velha Guarda....
O passado transmite ao tempo presente
A força latente da nossa tradição
É tronco. É raiz. É folha. É semente
É o fruto mais doce. É flor em botão.
É o amigo fiel que a gente escolhe
Compromisso divino com a pura verdade
É a sombra mais fresca que ampara e acolhe
É ternura. É beleza. É dignidade.
VELHA GUARDA
Velha Guarda...
Traz nos cabelos grisalhos
O peso dos anos e a filosofia
De quem conhece, da vida, os atalhos
Da experiência e da sabedoria
Eternos guardiões de nossa cultura
Fiéis depositários dos tempos já idos
Faróis clareando a noite escura
Iluminam os caminhos já percorridos.
Velha Guarda...
O sorriso faceiro da tia baiana
A saia rendada girando, girando...
Os passos miúdos. Energia que emana
E um cantar ritmado no ar ecoando
As palmas marcando o tempo e o compasso
Na dança do Jongo e do Cateretê
E tudo parece parado no espaço.
É a vida que volta. No olhar, o prazer.
Um samba de enredo cantado com ardor
Lembrando Mãe-África. Bonito. Vibrante
Caxambú é a malícia,o segredo e o amor
Da mulata sestrosa pelo negro elegante.
Velha Guarda....
O passado transmite ao tempo presente
A força latente da nossa tradição
É tronco. É raiz. É folha. É semente
É o fruto mais doce. É flor em botão.
É o amigo fiel que a gente escolhe
Compromisso divino com a pura verdade
É a sombra mais fresca que ampara e acolhe
É ternura. É beleza. É dignidade.
Já tinha fechado as janelas da minha velha casa
para não ver quem fosse por ela passar.
Mas ao ouvir o som dos teus passos tímidos
olhei pelas frestas
e vi os teus pés
espalhando pétalas pelo caminho.
(Então te escrevi aquela carta de amor
em que eu te dizia
que a minha letargia paralisara os ponteiros.)
Hoje, meio-dia de um dia inteiro:
tempo de deixar as portas destrancadas,
me debruçar na janela
e te esperar.
Jamais podemos desprezar uma camisa velha porque não sabemos o dia que precisaremos dela para limpar chão!
Faltando um pedaço...
Eu andava, andava e não chegava.
Olhava e não via.
Vi tantas pessoas, velhas, novas, amigos, conhecidos, estranhos...
Vi homens lindos, de dar água na boca.
Aqueles de novela, que até me olhavam, mas eu não via.
Cheguei no lugar, mas não tinha sentido.
Nada ali fazia sentido. Tava tudo tão fora de órbita.
Bebi o primeiro copo, desceu quadrado...a bebida também tava errada, não bebi mais.
A comida horrível, as músicas chatas, o povo feio.
Até o frio tava estranho.
Comecei a ficar desconfiada...E fui pra casa.
Ai lembrei de você, e ai tudo parecia tá mesmo errado, por que você não tava lá.
Descobri que na verdade, tava tudo certo, tudo em seu devido lugar, quem tava torta e fora de órbita era eu, que tô viciada em te ver por toda parte, e sentir que você uma hora ou outra vai vir falar comigo.
Eu tava tendo uma crise de abstinência, eu tava sóbria sem você.
Sem minha dose diária desse sentimento masoquista e doentio.
Eu me senti feliz, por que apesar dessa loucura toda, eu tô bem, tô viva e sei que vou continuar viva. E que aos poucos, vou sentir menos e lembrar menos de você, por que como dizia minha vó:
O que não é visto não é lembrado, longe dos olhos, longe do coração.
"A velha afirmação: “eu eduquei meu filho e agora está nas mão dele”...caducou frente aos sérios problemas que vive a
humanidade".
"A educação engloba filhos e pais e todo ser humano enquanto estiver vivo".
Casa velha;
Cheira poeira, mofo.
As árvores te dão as sombras;
As sombras te descansa no calor.
O sol ilumina sua imagem.
Casa velha tu és!
Nas noites és sombria;
Ninguém se aproxima;
O medo domina.
Casa velha;
Quem te quer, quem te deixou?
Continua no mesmo lugar;
Casa velha;
Que te renovas?
Paredes rachadas,
Telhado quebrado;
Quarto escuro;
Sala sem luz...
Mas ainda seduz.
Houve alguém,
A quem te planejou,
Nunca esquece...
Teu coração padece.
Mas ainda há forças,
Continua em pé.
Sobrevive o frio do inverno sozinha,
Mas casa velha...
Não de seu tempo...
Mas, de um passado.
Seus olhos molhados.
Sabe...
Há alguém do outro lado...
Que ainda te quer.
Passaram-se os dias...
A luz retornou.
A alegria bate a porta...
A porta se cai,
És tu que anseia,
Que adentre alguém...
E viva contente...
Em seu interior.
Paulo Sérgio Krajewski.
31 de Março de 1998.
Relato de uma menina velha
O espelho me pergunta quem é que se reflete nele,
e eu me perco nas palavras, como uma poetisa inexperiente.
Não! Em mim não pode haver sinais dessas pragas pestilentas,
dessas potestades invisiveis,dessas sanguessugas violentas,
destas pessoas terriveis...
Mãos tremulas acendem as velas de um castiçal antigo,
enferrujado pelo mesmo tempo que enrugou
as margens do olhar surrado que trago.
Suor forjado escorre minha face,
a molha de tal forma que até a maquiagem se aborrece.
Sangue inocente queima minhas mãos,
arde tanto que nem a morte faria cessar essa agonia.
Me debruço sobre a penteadeira,
e as flores artificiais que a enfeitam cobram de mim
a naturalidade que meu rubor deveria ter.
Suspendo a janela do quarto,
e um rouxinol me surpreende com seu belo canto.
Olhando-o fixo, me distraio.
E assim, sorrio disfarçadamente.
* Certa macaca, muito alegre e ágil, viu nozes numa velha nogueira e pelos galhos subiu mais depressa. Apanhou uma da nozes, mas quando quis meter-lhe o dente verificou que a fruta ainda estava verde e apresentava um sabor muito amargo.
Desanimada, atirou fora a noz, e ali ficou, em jejum, supondo que nada mais encontraria para seu almoço.
Moral da Fábula: Assim Acontece aos que se Covadam logo às primeiras Dificuldades que a Vida lhe Apresena.
Eu vejo a pele da terra
está velha e sem vida
eu não sei ver isso
sem chorar
sem sentir a dor que se faz sentir
hoje penso que só há um fim de mundo
é quando um homem decide que quer mais dinheiro
ele mata, desmata, queima, rouba, engana, faz sofrer
e sem alma consegue
extirpar do solo
a beleza da vida
a natureza!
Venha vamos curti esta noite maravilhosa
Dançar ao som de nossa velha musica
As estrelas vai ser nossa platéia luminosa
vamos fazer de tudo para não retirar de nossa memória
Abrace o desconhecido,
Cante uma velha canção e,
Relembre uma paixão.
Nesse instante, irá sorrir
De saudades, de tudo
Aquilo que foi e que não
Voltará jamais a inocência
Vivida, então reviva.
saudades da velha selé
A cada dia que passa mais a saudade de ti
aperta
A cada dia que passa mais saudade de ti eu sinto
De todas as brincadeiras e sorrisos,carinhos e cheiros
De todas as vezes que eu apenas queria está com vc
Ah se eu soubesse o quanto iria doer
Ah se eu soubesse o quanto sinto falta de você
Ah se eu soubesse que um dia iria te perder
Te colocaria em uma redoma e nunca mais te largaria..
Moveria mundos hoje só para senti teu cheiro novamente
Ah, eu com certeza moveria, moveria, moveria
Abespinhado nunca estive contigo, nunca precisei te admoestar
Heroína eras e és pra mim...
Cadê o cheiro de bolo pela casa?
Cadê o cheiro de torta pela casa?
Cadê aquele cheirinho de cuscuz de manhã?
Cadê aquele cheiro de colônia que a idade entrega?
Cadê meu beijo vovó...
Uma coruja veio a mim
Vermelha como rosas
Velha e sábia
Preenche minha cabeça com sonhos e me encontra
Sempre se aproximando
Penetrou direto a minha juventude
Eu aprendi seus modos do vazio e da tristeza, invejei seu senso
Que veio tomar o seu lugar
Mas não precisava de nada que ela tivesse
Não me de amor
Não me de fé
Sabedoria ou orgulho
Ao invés disso me dê inocência.