Velha
Curitiba não tem rima;
Porto Alegre tem aquela velha história que agente costumava se lembrar na beira daquele rio que parece um mar, aquele lugar... Era só tu e aquela guria que sabia que não queria voltar para aquela cidade cinza,,, que não tem rima...
Ela sonhava com a Redenção
Noites acordadas,
noites maldormidas,
casa velha de tábuas corridas,
a cair aos pedaços, com história,
com alma, com sentimentos, com vida,
onde moram dois velhinhos queridos,
amorosos, que vivem em conjunto há mais
de cinquenta e quatro anos,
os meus queridos pais.
O que os frutos daquela velha arvore
Ofereceram-lhe além de ilusão,
E a alguns momentos de falsa vida?
Alguns raios de sol, pouca sombra,
Amores passageiros que perduram
Na memoria por intermináveis anos.
Vividos em alguns outonos intensos
Com sobras de promessas nunca cumpridas,
Envolvidos com puro sentimento
Amores simples, mas que perduram.
Basta lembrar do seu
sorriso para reacender
aquela velha chama
que ainda ficou dentro
desse meu coração...
Basta-me uma pequena
faísca de esperança...
Babhina
Ao ser chamado de “poeta” sempre me remetem à velha questão do ovo e da galinha: é o Poeta ou o Pensador quem vem primeiro? Inclino-me a acreditar que
o Poeta já traz a poesia em seu sentir, ao nascer, e sua expressão – falada ou escrita – é que é desenvolvida, bastando para isso aprender a falar ou escrever.
O Pensador, em contrapartida, é construído a partir de sua auto-observação, bem como do mundo à sua volta. Dessa feita, enquanto já se nasce poeta, é a vida que reúne as informações necessárias à reflexão do Pensador. A poesia, portanto, se mostra inata e primária em sua essência. O refletir é secundário, resultante de aprendizado. A razão do Pensador inibe a emoção do Poeta, que se faz mais autêntica sem ela. Já a poesia do Poeta precisa do Pensador tão somente para dar forma ao que já se mostra completo em seu interior.
Aquela velha saudade sem pudor a bater
Aquele velho vício que lutou pra perder
Aquele novo sentimento que luta pra crescer
Árduos amores índios
Aquela velha ferida que insiste em doer.
O mesmo plano de vida pra toda vida
O mesmo destino para nossas vidas
Coleção de amores árduos escrita em livros
Aqueles que se pinta com você, pode parecer
Pode até ser, mas não pertence a tua tribo.
Quando a sua alma se identifica coma de alguém, sempre tem aquela velha sensação de já nos conhecemos, e talvez isso até seja verdade.
É aquela velha história : quando estamos no ponto mais alto da vida, devemos lembrar sempre, de onde viemos e quais foram as pessoas que contribuíram nessa jornada. A gratidão tem sido esquecida pelas pessoas.
Você percebe que ta ficando velha(o), quando você ou sua mãe, faz um bolo, e você não sente nenhuma vontade de passar o dedo na vasilha
Conversando hoje com uma velha amiga, que já há algum tempo não via cheguei à seguinte conclusão sempre devemos esperar tudo de todos. Seja esse Todo a pessoa que for, sem exceção, pai, filho, mãe, colegas de profissão. TODOS sem exceções.
Não entendam isso como uma declaração de descrédito na humanidade, muito pelo contrário, é a simples constatação de que somos imperfeitos, bons e maus então não devemos deixar que fatos ou atitudes isoladas envenenem nossa alma, pois isso causaria mais mal a nós que aos outros.
Na hora da raiva é melhor o recolhimento, deixar as idéias se assentarem e deixar que o tempo retire os fatos desagradáveis do centro das atenções, pois esquecer, fala sério! Ninguém esquece. Nenhuma decisão tomada em momentos de cólera pode ser considerada válida e principalmente sábia.
Por isso há pessoas que se arrependem pelo resto da vida de atitudes que tomaram em segundos de raiva, mágoa, decepção, desamor, ciúmes. Não se pode jogar no lixo anos de uma relação boa, bons momentos, por uma situação ou fato que aconteceu ainda a pouco, não é justo. Crimes passionais, acontecem assim....
Exemplo. Você vive 20 anos com alguém e de repente (não tão de repente assim...) vem o divórcio. Então se diz que foi o pior da vida e coisas do tipo, esquecendo-se dos momentos felizes da paixão de inicio...
Porque levar pra esse lado? Porque o lado ruim deve prevalecer ao belo? Porque não admitir que fomos felizes enquanto deu e colocar na balança os dois lados?
Na minha opinião isso vale pra todas as relações. E tenho tentado não lembrar do que foi ruim por mais que depois de certo ponto seja melhor levarmos a vida em direção oposta, pra salvar o que resta de respeito, de amor ou de amizade.
Vale pensar no que foi bom, pelo menos enquanto durou...