Velha
O SOL DO ESPLENDOR.
SABE AQUELA VELHA HISTÓRIA DE QUE O SOL NASCE PARA TODOS? ENTÃO É UMA MENTIRA.
O SOL NASCE APENAS PARA AQUELAS PESSOAS QUE O CONSEGUEM ENXERGAR. E NÃO ESTOU FALANDO AQUI DO SOL DO MEIO DIA, REFIRO-ME AOS RAIOS DE SOL DE UM CREPÚSCULO. O QUAL SÓ CONSIGO ENXERGAR PORQUE O SOL NASCEU PARA MIM.
Diziam que a velha casa não tinha nada de mais.
Tinha sim, em cada canto esquecido tinha história.
História de amor, história de dor, alegria e medo.
E vai saber quantas outras histórias cabiam apertadas aos cantos da velha casa...
As pessoas não perdem a velha mania de dizer coisas para prejudicar o próximo. Esquecem que suas palavras de maldição serão contra si mesmas, e que os outros serão sempre maiores que sua infâmia.
VELHA CASA
A velha casa na beira da estrada
hoje sem cor, parede derrubada
nada, sobrou do existir...
Mas ali, em época passada
vidas foram projetas
e suas passadas fizeram sorrir.
A velha casa, teve suas glorias
que hoje faz parte da historia
que ninguém pode destruir...
Ali, nasceu filhos e filhas
projetou-se pela vida seguida
e vivem lembranças por ai.
A velha casa na beira da estrada
ainda protege vidas desgarradas
que voam pelo seu existir...
Uma vez e outra, vida cansada
calada com poucas palavras
em repouso, passa a noite ali.
A velha casa na beira da estrada
hoje quieta sem burburinho
guarda momentos em seu existir...
A noite, te gela calada
o sol te aquece o abandono
só as estrelas, arriscam-lhe um sorrir.
Antonio Montes
Para não dizer que não falamos das flores, falemos dos catadores
Lá vai João.. .
Roupa velha, rasgada e suja , até cheirando mal;
João sempre quis ser alguém, nunca quis ser o tal;
Firme, decidido, vai ganhando seu pão;
às vezes saco nas costas, outras carrinho na mão;
lá vai ele levando tudo, sem prestar muita atenção.
Lá vai João...
dizem dele : vagabundo , drogado e até beberrão;
confundido, como louco, mendigo e ladrão;
ele não tem empregado, nem tão pouco patrão;
João, dá sua vida pra o mundo, é sua contribuição.
Lá vai João...
Leva pra casa o lixo: meu, teu e de todo bicho;
lixo de todo bicho homem,
que sai espalhando sujeira por todo lugar onde comem;
para não perder o freguês, leva tudo de uma vez;
leva o lixo e o reciclável; lá vai ele fazendo a política do amigável.
Lá vai João...
Homem de utilidade pública;
homem que seu ganha pão está ligado intimamente a sujeira, deixada pelo chão;
aquele lixo que iria pra o esgoto, pra mata ou ribeirão;
é bom aqui dizer com palavras mais amáveis, que João é catador,
mas é de recicláveis .
Lá vai João...
Esse moço não vai ao médico;
diz não ter tempo; finge não adoecer;
lá naquela UBS, nunca vai aparecer;
quando sente alguma coisa vai se virando com sua fé;
pede forças a DEUS, no outro dia está de pé.
Lá vai João...
Quando descobrem onde ele mora, de tudo tem que aceitar;
desde aquele sofá velho, até o televisor antigo, que não têm onde jogar;
depois esse mesmo povo poem-se a lhe denunciar.
Ai sim, vem a sanitária, o povo da zoonoses
e até a psicologa vai com ele conversar;
mas ninguém desse povo quer realmente ajudar.
Lá vem João...
João fora despejado até mesmo por sua gente,
agora só no meio do lixo é que feliz se sente;
Acabou o profissional, o colaborador;
aquele catador, virou um transgressor;
João agora é taxado como acumulador.
Pergunto agora a você que essa bobagem está lendo,
se continuará fingindo que os Joões não está vendo.
Já sei quanto é difícil, essa história mudar
mas o importante hoje, é começarmos a conversar
falando sobre a lida de joão, os joões podemos ajudar.
Se não gostou deste texto peço aqui seu perdão, porém
o mais importante é falar sobre João.
Jailton- 05/2015
Um belo dia acordamos para uma nova manhã e procuramos...
Onde está a velha ferida? A dor que críamos passar jamais?
Ficou perdida na noite e lá concluiu sua missão de sangrar e sangrar...inflamar e inflamar...até que finalmente virasse cicatriz
que o tempo desbotará cada vez mais...
E quando for uma tênue marca, servira para, vagamente,
lembrar-nos do que foi e para que nosso coração exulte
ante esse novo tempo de esquecimento e paz.
Cika Parolin
“A Humildade é a irmã mais velha da sabedoria. Pode até ser que você encontre um homem humilde que não seja sábio, porem você jamais encontrara um homem sábio que não seja humilde.”
"Sinto me como uma lança velha
Temido por alguns
Substimado por todos
Vivo assim ; sem a dor de ter vivido .
A ferrugem da Fadiga rouba minha virtù
As ferridas que causei já não me lembro
Talvez seja tristeza ou solidão
Vivo por ironia do destino.
Não rasgo , nem brilho
Sou apenas uma história de ficção
Um ser bélico já sem efeito.
Sou a lança de dois gumes sem palavras
A exemplificação do autrora já esquecido Um garato propaganda da velha prataria."
Chorei cinza de falta sua
Mas sorri colorido quando vc subiu rua, com aquela mochila velha nas costas, Cabelos grandes ao vento
Era você de volta, mas não era você de volta pra mim, você diferente, bem contente, cabeludo, mais bonito, mais vivo, menos meu. Ali eu vi, que na verdade eu chorava não de falta sua, e sim de falta minha, de como eu era quando vc era meu.
Carla Aguiar.
Lágrimas
As lágrimas que hoje caem dos meus olhos
São iguais as pétalas de uma velha rosa
Por mais murcha que ela esteja
Jamais quer deixar aquela rosa!
Luto para não deixar cair
E quando menos espero
Lá esta ela...
Caindo sobre minha face.
Pergunto a ela o porque que caiu?
E “ ela “responde:
Você meu senhor
Estava precisando apena de um carinho
Para voltar a Sorrir!
Velha maldita
Tudo o que é bom ou faz mal ou é pecado,
Seja adultério, bebedices, carnaval ou malícia.
Nesta vida ou você é do céu ou do inferno,
Deixa-me falar mal dessa velha maldita!
Como é bom junto aos amigos revoltados,
Desabafar! Falando das sacanagens sofridas.
A infeliz mulher descarrega seu mau humor,
Acusando-me de ser um simples vigarista.
Depois que a separação estava consumada,
Veio querendo impedir uma nova vida agora.
Alega que eu não dou a devida assistência,
Esse diabo perturbador se chama sogra!
Não se satisfez em provocar a separação,
Quer me destruir por completo, se puder!
Sou um pobre genro que buscar ter paz,
Mas não terei enquanto essa velha viver!
VELHA MUSICA
Velha musica...
Ritmo do meu tempo
traz até a mim, lembranças
outrora jogada aos ventos.
Recordo-me do seu acorde
que hoje me faz recordar
da minha infância vivida
cifras que atiça, meu sonhar.
No aconchego de jovem vida
seu compasso, foram passos
determinando minha partida
em momentos de abraços.
Quando te ouço me acho
no ritmo desse sentimento
seu fruto a mim foram cacho
que flutua meus momentos.
Antonio Montes
NATAL
Dia de receber presentes, da velha fantasia vermelha que veste um senhor de barba branca, dos pomposos pinheiros recheados de adornos insignificativos... É o que de plano inaugura nosso imaginário. O âmago desta data, que tem o costume trazer a lume nossa face caridosa, é o aniversário de Jesus Cristo, representado por singulares presépios e exíguos ornamentos, que floreiam, timidamente, a distinta ocasião. Ressalte-se que costumeiramente o aniversariante é o agraciado, figurando como protagonista da ocasião, não sendo crível que aspire afigurar-se como coadjuvante.
Reflitamos acerca do real propósito do Natal.
Que Jesus Cristo nos abençoe. Feliz Natal. É o que desejo a todos, independente da religião professada.
Nada de ano novo!
Não adianta dar início a um ano novo sendo a “velha pessoa”, com as velhas babaquices, o mesmo tipinho de gente que só reclama e difama. Não adianta ano novo nenhum se você não deixar de lado todos os anos e acúmulos de mediocridades passadas.
Tudo poderá ser novo a partir do momento em que começar parando de olhar aos redores e olhar para aquilo que você é!
Não finja ser quem jamais foi, e ou será.
Se puder fazer o bem faça sempre... sem esperar nada de ninguém, o reconhecimento e a gratidão se encontram num patamar onde poucos conseguiram alcançar.
Se não conseguir ser altruísta, tente pelo menos não destruir nada nem ninguém, se não tiver capacidade de ser bom, não desperdice seu tempo tentando ser mau, nosso tempo é tudo e tenho certeza que sendo bom para si mesmo já consumirá tempo demais.
Se cometer falhas tenha brio de pedir perdão, isso se chama dignidade, caráter e humildade. Mas hoje eu aprendi que o perdão deve ser por algo que você tenha a convicção de ter falhado, porque cometer falhas está em cada um, reconhecê-las para poucos.
Mas não espere que eu peça perdão por quem eu sou, mas por algo que fiz, são situações e condições distintas.
Não elogie para ter alguém por perto, tão pouco para tirar proveito de qualquer coisa. Também não carregue consigo a ignorância da superioridade, superior não é aquele que te tira do chão, mas aquele que deitara no chão a seu lado para te ouvir sem acusações, e irá junto de você levantar do chão, gente que critica demais é mal resolvida, gente que não consegue te ajudar a corrigir falhas sem te humilhar não quer te ajudar, e um ser egotista que quer apenas expor seu ego, que nada mais é que um superlativo, compensar a ausência de amor próprio.
Aprendi a ser grata pelo tenho, e hoje o que realmente possuo sou eu, tudo o que construí ao longo da vida de melhor foi minha personalidade, a essência que poucos saberão, e quer saber? Melhor assim, pois é preciso ser diferente para tentar ousar conhecer a fundo, e mesmo assim de nada adiantará conhecer se não souber o que fazer com tanta informação.
Não quero ser aquilo o que os outros esperam mas é imensamente gratificante quando superamos e somos aquilo que exatamente que alguém não esperava.
Por isso mudar sua personalidade para agradar alguém é usar um manequim 44 e teimar entrar em um 38. ( Aquilo não te cabe, não é para você)
Sinta-se bem cabendo dentro daquilo exatamente que você que é!
Não importa ser olhada por olhares que possuem a miopia da alma, se quiser enxergar alguma coisa sinto muito mais terão que evoluir e aprender um processo de discernir, observar, e capacidade de primeiramente verdadeiramente querer enxergar.
Não se esqueça de contabilizar os defeitos pois todos possuem vários... também já cometemos inúmeros erros, mas agradeça por todos, pois foram e são primordiais para contribuir, somar no processo de evolução, aprendizado e crescimento no mais amplo sentido.
Fique feliz por ser consciente de todas as imperfeições, pois elas te fazem não querer buscar a perfeição, mas o aprimoramento constante.
Tive grandes tombos, muitas decepções, mas permaneci fiel a meus valores, cheguei através destes espinhos a sentir que a dor mesmo em sua intensidade insuportável não irá me tirar o (ser verdadeira).
Carreguei e ainda estou carregando alguns fardos, mas nada que me faça desistir de prosseguir.
Aprendi neste " Doce Novembro " de 2017 que eu não irei perder meu tempo com quem não gosta de mim, tudo é passageiro demais, e chegou o momento gastar energia, emoções e sentimentos com pessoas as pessoas certas , deixarei de tentar ajudar quem não está se permitindo ser ajudado, não irei correr atrás de pessoas, mas de metas, de alcançar meus objetivos e superar os obstáculos.
Estou certa de que as pessoas que pertencem a minha vida virão a meu encontro de um jeito ou de outro ( AS PESSOAS CERTAS) estarão a meu lado nos melhores e piores momentos, pessoas que me amam, assim exatamente do jeito que eu sou, e que são o tipo de gente que eu sou o de dar prioridade aos sentimentos e não a toda esta porcaria de matéria que muitos almejam.
Por isso neste 2018 não quero apenas um ano novo, desejo que as pessoas deixem de serem velhas e passem a se permitirem serem seres humanos novos.
Re Pinheiro
DORES DA VIDA
A dor passa pelo quarto,
pela calçada da velha rua...
pela praça do abstrato
de uma vida toda crua.
Passa por entre os dentes
e pelas famílias dos outros
pelos meus e seus parentes
e o futuro d'aquele garoto.
A dor passa pelo seu corpo
na viagem do além
trespassando cães e loucos
e o sopro dos santos também.
Passa lá pelos jardins
campos de guerra e concentração
por aqui e pelos confins
d'aquela triste paixão.
A dor passa pelos trilhos
dessa vida toda torta
passa por aquelas janelas
e pelos trincos dessas portas.
Pela cama da saudade
nos quatro cantos do mundo
por mentira e por verdade
e por aquele amor profundo.
No frio da noite, a dor
passa pelos vagabundos
no lixo o choro do horror
no escuro olhos do mundo.
Passa a dor n'aquele voou
e na carreira da ambulância
no choro que hospital chorou
e no tapa dada à criança.
A dor passa pelos ventos
com a arte da poluição
pelo verde todo sedento
e pelas válvulas do coração.
Passa lá pela atitude
e ao ataúde fúnebre
necrosando a velha saúde
com bactérias e febre.
Passa, a dor já a cavalo
pelos ventos do destino
careta moldando embalo
em artimanha de menino.
A dor passa pela juventude
de um viver e tempo passado
pela vaidade, liberdade, grude
e sentimentos desconfiados.
Passa, querendo voltar
ao alicerce de todas as linhas
aos bilros de todas as rendas
e aos novelos das contendas.
A dor passou pelos currais
mourões chibata de couro
passou pelo povo de ontem
e hoje, passa de novo.
Quanta dor passa calada...
Sem suspiro choro ou vela
seca sem nem uma lagrima
dor minha d'ele ou d'ela.
A minha dor, passou e passa
assim como passa a sua
passa triste ou com graça
com belo sol ou com lua.
Antonio Montes.