Velha
Antes de cerrar os olhos lembro a inquietude que acalma a alma: buscar a velha casa sem nem saber onde ela está.
A escuridão chegou e já não vejo mais a velha arvore a vida aqui se torno alguma coisa que não consigo entender o escuro é demasiado forte cheio de dor, mas a esperança toma minha vontade e me da força, eu encontro o caminha eu chego até a arvore e me alimento de seu fruto.
"DONO DE SI"
"Então, é chegada a hora de dizer adeus à velha infância;
Ao tempo em que era coordenado, ordenado...
Hoje, você é o seu delegado, o seu próprio supremo.
Dono de si, a sua responsabilidade sobre si mesmo só aumenta.
Agora, já não há mais a quem culpar, ou a quem julgar.
Frente ao espelho, você é mera consequência das causas a que se propôs.
Você pode escolher entre ser o seu melhor amigo ou o mais desleixado deles".
Razão e coração são como dois irmãos. A razão a irmã mais velha dizendo o que deve ser feito, pode parecer meio chata mas quase sempre acerta. E o coração aquele caçula teimoso, mimado, que faz o que quer e não mede as consequências, sem falar que vivem sempre brigando, difícil entrarem em acordo.
Eu não sou tão velha mais na minha época não existia o Ipod, Iphone, Ipad, Tablet, muito menos as televisões digitais, os computadores era aqueles bem antigos que a tela era gigante, e só os ricos tinham o luxo de ter um computador, internet então, celular era só pros ricaços e era daquele famoso “tijolão” ainda não existia esses celulares que tocam na tela, não existia nada disso, o celular que eu brincava naquela época, era aquele celular que se comprava no mercado, de plástico com suco de variados sabores dentro, ou aqueles celulares de plástico também, mais que era uma maquiagem em forma de celular, crianças de hoje em dia nunca saberão oque é isso. Só lamento pois as crianças de hoje em dia já nascem mexendo em um Tablet, nunca vão brincar de professor com giz de lousa na parede mais escura de casa, depois se molhar todo só pra tentar apagar as marcas do giz que ficavam na parede, é crianças de hoje não saberão como um dia fomos tão felizes por ter essas pequenas coisas que hoje pra eles são totais bobeiras.
16 Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa o pano, e o rasgo fica maior ainda. 17 Também não se põe vinho novo em barris velhos, senão os barris se arrebentam, o vinho se derrama e os barris se perdem. Mas vinho novo se põe em barris novos e assim os dois se conservam.»
21 Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano e o rasgo fica maior ainda. 22 Ninguém coloca vinho novo em barris velhos; porque o vinho novo arrebenta os barris velhos, e o vinho e os barris se perdem. Por isso, vinho novo deve ser colocado em barris novos.»
Sinto falta da inocência de antigamente, onde crianças acreditavam em Papai Noel ou a velha história da Cegonha. Lembro do tempo em que passava horas no karaokê ou brincando descalço na rua, onde empinava pipa ou brincava de pega se esconder e outros jogos que faziam passar o dia mais rápido. Era como se o amanhã não fosse tão importante. Aproveitava o dia de hoje, não tinha muita preocupação em saber se o dia de amanhã iria chover ou não, porque com ou sem chuva iria aproveitá-lo da mesma maneira.
Sinto falta de ver a inocência das crianças, das músicas bestas que me divertiam por horas em uma festa, de saber que as festas sempre acabariam cedo. Hoje em dia vejo barbaridades que muitos que realmente deveriam estar mais preocupados por serem mais velhos, simplesmente se acostumaram. Como sempre, se acostumam com tudo o que acontece. Crianças que hoje em dia cantam e dançam aquilo que eu na idade que tenho não tenho nem a coragem de dizer ou fazer. Crianças com a inocência perdida é o que eu vejo andando pelas ruas de adultos.
Um dia eu serei velha pra muitas coisas, disso eu não posso esquecer, tenho que fazer acontecer agora, pra já.
A velha casa Já passava das quatro horas da tarde, o sol ainda invadia as janelas. Na varanda a mesma rede bordada a mão balançava com o vento. Sem pressa. Não houve lágrimas. Já não havia. Apenas o peso da dor transparecendo nas olheiras.
As horas findavam. Não havia cor na noite. Existia apenas as lembranças e o indescritível sentimento de solidão. Tudo era doce e bonito. Agora era frio e vazio. Anda sem alívio pelas ruas onde cresceu. Desejou ser um terrível pesadelo, mas não era. Era simplesmente, o peso de suas escolhas. Era uma vontade intensa de se fazer feliz e nunca ser sozinho, sem ver as consequências. Sem ver as perdas.
Esperou o dia raiar e voltou para a velha casa. As velhas lembranças, a velha rede. Fechou os olhos antes de abrir a porta e desejou encontrar um sorriso ao chegar, um abraço apertado, brinquedos pelo chão, doces na geladeira enferrujada... Mas não. Tudo que viu foi o porta retrato quebrado na parede, as cartas amareladas na gaveta, as manchas da traição nos lençois e um gosto amargo de suas mentiras. E agora, também haviam as lágrimas do tempo.
Velha lua de todos os poetas, sina tua, não ser tão correta. Pois nos induz sempre ao verso, sem deixar opção alguma.
Aos olhos dos sonhos avistei...
A caixa de madeira azul e velha...
Com seu encanto singular abrir-se...
Fitilhos a voar...
Coloriram o ar...
Se entrelaçavam em rosas coloridas...
E da caixa surgia...
Borboletas brilhantes...
E cada objeto se despedia num voo... suave e saudoso...
Anunciando algo que não soube... entender...
Alma antiga... Velha alma!
Não acumulaste sabedoria -
haja vista os erros grosseiros que comete!
Acumulaste, apenas dores - nada etéreas
Da longa caminhada até aqui
A qual te propuseste.
Até a expurgação total de cada [...]
Que vai te devolver a ti
como nascestes...
Pura, como da fonte,
a cristalina água...
Leve como a pluma
da asa do teu anjo,
teu guia na caminhada...
Caminho eu como uma velha alma, em um corpo novo, ligado a um Espirito eterno, eterna transição de forma, afim de expandir, minha essência é mente na busca de consciência mais elevada.
“Lembra-te do teu criador nos dias de sua mocidade, porque breve virão os maus dias e dirás, não tenho neles contentamento, que o pó volte ao pó, que o era, e o espírito volte a Deus que o deu” (Ecl. 12:1 e 7)
Paz, Luz, Sabedoria a todos.
saudades da velha selé
A cada dia que passa mais a saudade de ti
aperta
A cada dia que passa mais saudade de ti eu sinto
De todas as brincadeiras e sorrisos,carinhos e cheiros
De todas as vezes que eu apenas queria está com vc
Ah se eu soubesse o quanto iria doer
Ah se eu soubesse o quanto sinto falta de você
Ah se eu soubesse que um dia iria te perder
Te colocaria em uma redoma e nunca mais te largaria..
Moveria mundos hoje só para senti teu cheiro novamente
Ah, eu com certeza moveria, moveria, moveria
Abespinhado nunca estive contigo, nunca precisei te admoestar
Heroína eras e és pra mim...
Cadê o cheiro de bolo pela casa?
Cadê o cheiro de torta pela casa?
Cadê aquele cheirinho de cuscuz de manhã?
Cadê aquele cheiro de colônia que a idade entrega?
Cadê meu beijo vovó...
Uma coruja veio a mim
Vermelha como rosas
Velha e sábia
Preenche minha cabeça com sonhos e me encontra
Sempre se aproximando
Penetrou direto a minha juventude
Eu aprendi seus modos do vazio e da tristeza, invejei seu senso
Que veio tomar o seu lugar
Mas não precisava de nada que ela tivesse
Não me de amor
Não me de fé
Sabedoria ou orgulho
Ao invés disso me dê inocência.