Velha

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Pensa...
Não é necessário agir, não há mais tempo, nem chance,
Só pensa...
Aquela velha história de que no pensamento a gente voa,
sem preconceitos contra nossos próprios sentimentos, lembrança de um tempo que adoça a alma...
Lembra?
Se lembrar dói, pensa só naqueles sonhos que sonhamos acordados,
Nos planos que nunca foram realizados mas que vão ser pra sempre nossos,
e se um dia realizar com alguém, pensa que começou a sonhá-los comigo, e guarda pra ti, sem nunca deixar de lembrar que essa força pra realiza-los veio também de mim, não precisa falar, só não esquece de lembrar de vez em quando,
dos sonhos...de mim...de nós, que não somos mais nós, que não sonhamos mais juntos, que falhamos nos planos, mas que quando olharmos pra trás, estaremos sempre lá...naqueles momentos, naqueles lugares, na lembrança daquelas pessoas, naquelas canções...em algum lugar do tempo que já foi, nós estamos e vamos permanecer pra sempre, é só pensar, porque esquecer sei que não iremos, então é só buscar no pensamento o que já não está mais no coração...

O poder sem o carisma é como uma velha raposa em uma savana.

BÂTON ROUGE

Sobre a velha cômoda,
já sem lustro e descascada,
solitário,
o velho e gasto bastão vermelho espera,
paciente,
a última boca a pintar.

Todas elas,
as velhas prostitutas,
o têm usado
para mascarar a face
precocemente desgastada pela vida.

E ele, coitado,
se doou, aos poucos,
a todas elas,
as velhas prostitutas
de apenas trinta anos.

Já tem pouco a dar.

Mas vai, agora,
uma vez mais,
emoldurar o sorriso quase sem dentes
da mais idosa
e fazê-la parecer linda e feliz,
como nos velhos tempos.

E, na concessão dos últimos beijos
daqueles lábios ressequidos,
que ainda tentam demonstrar paixão,
pouco a pouco
desaparece o velho batom
escarlate.

E assim, com ele, vai também
um pedaço da vida e das lembranças
delas todas,
as velhas prostitutas,
já mais velhas
e, agora,
de sorriso mais sem graça...

Quando Deus foi me buscar eu era como uma velha lâmpada a óleo... os meus vidros estavam tão pretos pela fuligem do pecado que toda a minha luz eram trevas. Eu não iluminava nem para dentro, nem para fora... era uma lâmpada inútil, sem luz e sem óleo.
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! (Mateus 6.22-23)
Quando o Espírito começou me limpar eu reclamei e protestei. A luz que aos poucos começou entrar feria meus olhos cegos, e o esfregar para tirar a sujeira grudada foi um processo lento e doloroso. Até que a luz começou a brilhar através dos vidros...
Sejamos todos nós cada vez mais transparentes, cada vez menos nós, cada vez mais vasos de luz, lâmpada para o caminho dos outros, onde brilha a única Luz verdadeira...
Vós sois a luz do mundo...(Mateus 5.14)

Estou cansada demais para construir castelos de areia.
E velha o suficiente para saber que castelos de concreto só existem apenas nas ilusões transtornadas.

Renove os seus sorrisos, tire-os da gaveta,
Troque a roupa velha deles.
Ponha no sol os seus olhares com brilho,
Tire o mofo dos seus planos astronômicos,
E trate de mudar o perfume do seu coração.
Leve ele pra fazer as unhas, depilação.
Presenteie seu sorriso com um batom novo.
Inale três vezes por dia aquelas cores que já desbotaram
Não, não se contenha diante do mar...
Pule as ondas necessárias
Pra recomeçar seu ano a qualquer hora, qualquer mês.
E pra que aquela paixão que está querendo entrar,
Mude a mobília, faça um jantar, pinte as paredes...
Deixe que ela entre, e não tenha medo de tentar!

Diva Brito

A pequena mistura do clássico ao moderno , do preto no branco ,
da velha escola californiana envolta ao estilo do novo mundo.
Mescla da esperança de dias melhores envolvida a realidade momentanea ,
mas com a certeza de que um destino ainda desconhecido seja a a grande surpresa
de um tempo que ainda nos causa ansiedade !
Sou a sombra e o impacto de um sonho distinto ,
algo ...que poderia definir como chocolate amargo !

Ainda vejo o mundo com os mesmo olhos voltados a aquilo que desejo ,
poderia eu sim, me perguntar , mais isso só em si já não é o suficiente ?
Realmente não acho que um dia irei me confomar com o comodismo tal qual
insiste em adoecer aqueles que pelos caminhos escolidos decidiram se
estabelecer com algo .. posso eu sim ser um pouco egoísta mas afinal nada é eterno
e sejamos francos melhor deixar algo bom na lembrança que seja sincero , do que apenas deixar
fotografias apagadas
de algo que quemou de forma abstrata .

Poderia sim encontrar algo a sombra ofuscada de pele morta , envolvida em cores desbotadas ,
que nos mostra cicatrizes de um tempo passado de um momento vivido ,
tranformando tinta colorida em eternidade .

Eu ainda aguardo desacomodado ,
encontrar um brilho no fundo dos meus olhos acinzentados , assim como encontro nas minhas memórias ,
algo sutil , tranformando , algo fraco simples, em exemlos como benjamins , cajueiros ,
Algo encontrado como num velho carvalho plantado em um jardim centenario de algum antigo reinado ...
faço parte da antiga escola , e ao mesmo tempo pertenço ao grande centro formado
pela imensidão cinza , pela força conjunta de algo que não vivi .

Não preciso das suas falsas mentiras nem de seu censo de humor ,
alias tenha calma , não tente me forçar a nada, tudo deve ser devidamente ajustado ,
o suave e o forte , nada esagerado alias , tudo vem ao seu tempo não tente comprar aquilo
que não cabe a você decidir afinal , somos livres por nossas escolhas e apesar de
momentaneamente nos sertimos bem junto aquilo que desejamos a nós ,
o melhor momento ainda é definitivamente
quando estamos a sós e nos encontramos tranparentes como a
camisa amarelada de uma antiga memória...
Mas não espere encontrar em mim as suas respostas , cada um abraça seu caminho ,
estamos sósinhos correndo atras de algo que fortaleça a nossa escensia ,
para ser feliz . basta querer encontrar-se em si mesmo , o verdadeiro caminho ,
seeja este o caminho triste , alegre ,culto , ou apenas simples , por que como um grande homen ja dizia ,
não vale a pena se ter raiva o tempo todo .

Ai, esta velha e solitária angústia
a estalar meu coração de vidro colorido

_ tira-me a liberdade
de colher ilusões

transbordando
.
.
.
.
transbordando

mal sei conduzir-me na vida,
sou brigue perdida
neste labirinto
- chamado VIDA.

Quem me dera cá dentro, muito a sós,
estrangulá-la pra sempre
e vestir munha alma de criança.

A casa parecia já velha, se deteriorando... Havia poucas pessoas... Formava-se uma forte tempestade, parecia que o mundo se acabaria em chuva... Foi aquele corre-corre para fechar as portas e janelas, o vento era muito forte... Todos temiam que as portas não suportassem a força do vento e da chuva... A chuva caía limpa e clara, mas as gotas que adentravam era turvas... Conseguiam fechar as portas e janelas, mas no interior da casa o chão se encontrava inundado de uma água barrenta, um verdadeiro lamaçal... Todos em silêncio... E junto ao medo a sensação de que algo de ruim estava lá fora, quando na verdade já estava ali dentro...
Ela acorda angustiada, e assim começa seu dia de pura angústia inexplicável... Sempre que algo de ruim estava prestes a acontecer, esse sonho estranho a atormentava, e sempre foi assim desde a sua infância....

Precisa de água limpa para remover toda lama, por que água suja só fará aumentar ainda mais a sujeira, mas para que isso seja possível é necessário deixar a tempestade passar...

Esta velha angústia,
Esta angústia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.

Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.

Um internado num manicómio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicómio sem manicómio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos
Estou assim...

Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu tecto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.

Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feiíssimo, era grotesco,
Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer —
Júpiter, Jeová, a Humanidade —
Qualquer serviria,

Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?
Estala, coração de vidro pintado!

A única coisa velha que não tem direito a se aposentar são as idéias.

a velha frase: " Quem com ferro fere, como ferro será ferido." é uma grande farsa, tem muitas pessoas que ferem e saem impunes, mas uma coisa é certa, quem com o ferro foi ferido jamais esquecerá!

Posso amar uma única mulher por toda vida, tanto quanto pode frutificar a velha árvore ainda enraizada no mesmo solo que lhe semeou!

A mentira é a irmã mais velha da inveja, o Amor é filho único.

Todo mundo sente um dia um jeito diferente
Ainda vive a velha vontade de estar inteiro

Quando você acha que enfim chegou, tropeça
Mas recomeça, pra estar inteiro, novas palavras
O sonho antigo que te acorda e te faz seguir
Novas estradas
Ouve o mar como se ouvisse a mim

Sou uma velha poetiza viciada em cigarros, esquecida em riffs de guitarras e rabiscos de desenhos.

⁠PAIXÃO

Semente da obsessão
Geradora de devaneios
Encantadora de imagens
Velha irmã da loucura

Manipuladora do caráter
Destruidora da razão
Indutora de vontades
Mescladora de sentidos

Por favor, apareça!
Mas que seja,
Que somente seja,
Quando for correspondida!

(Guilherme Mossini Mendel)

ADVERTÊNCIA

⁠Quando eu for velha vou usar roxo
Com chapéu vermelho que não combina e não fica bem em mim,
E vou gastar minha pensão em conhaque e luvas de verão
E sandálias de cetim, e dizer que não tenho dinheiro para a manteiga.
Vou me sentar na calçada quando ficar cansada
E comer vorazmente amostras grátis nas lojas e apertar botões de alarme
E passar minha bengala pelas grades de ferro dos parques
E compensar a sobriedade da minha juventude.
Vou sair na chuva de chinelos
E colher as flores dos jardins dos outros
E vou aprender a cuspir.

Jenny Joseph
VIORST, Judith. Perdas necessárias. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2005.

Após o choque inicial de estarmos juntos no mesmo ambiente, acho que voltamos a nossa velha rotina de brincar como uma família.

Alma Velha, Coração Novo

Nas costas curvadas, a dor dolorida,
Um fardo pesado, a alma oprimida.
Carrego um mundo, qual Atlas cansado,
Quanto tempo suportarei, ao peso ligado?

Sussurros ao lado, demônios ou anjos?
Quem julgará esses seres estranhos?
Sou um demônio com sorriso encantador,
Ou um anjo de coração podre, sem fulgor?

Em versos perdidos, noite após noite,
Peço socorro, na escuridão açoite.
Será que alguém vê, entre rimas e letras,
O ser que sofre por trás destas feridas abertas?

Um poço sem fundo, ou alma profunda,
Cada verso um grito, uma ajuda profunda.
Enxergará alguém meu ser aflito,
Através das palavras, meu sofrimento descrito?

Meu maior pecado, talvez seja a fraqueza,
No diálogo interno, a dualidade que atravessa.
Desculpa aos que esperam força em mim,
Alma velha, sangue novo, caminhando assim.

Em busca de descanso, de ombro amigo,
Entre sorrisos, risadas, meu fardo antigo.
Reconheça, por favor, meu pedido sincero,
Em cada verso, há um coração verdadeiro.