Velas Acessa
choro por ti....
segura de mim....
Sinto-me na lua....
fico a sonhar....
ardo como o fogo...
estremeço de frio....
voo com o vento....
derreto com a neve...
ponte velha,antiga....
candeeiros acesos...
sinto-te no meu corpo...
velas queimadas....
sinto-te em mim....
choro por mim...
acordo a pensar em ti.!
Luzes que encantam,
deslumbram nossos dias
Velas acesas,
chamas de alegria
Fogo brando que recria
histórias esquecidas...
O veleiro
Somos como um veleiro
Em um mar revolto a atravessar,
De início com casco forte
E velas firmes a içar.
Mas eis que o tempo da viagem
E as peripécias do vento,
Vão moldando o veleiro
Aos poucos e a todo momento.
E então chegamos em terra firme!
Com orgulho podemos mostrar
As marcas e avarias
Que a história de um veleiro,
Um dia jovem
Podem nos contar!
MARÉ CHEIA
Em dia de maré cheia
Descubras como é ser embarcação
Se perderes o leme
Navegue à velas
Sejas um simples barquinho
Jamais sejas âncora no cais.
Hoje eu não quero apagar as velas. Sei que é tradição, que todo mundo faz, mas eu, sinceramente, não ligo. Quero acende-las e deixar que queimem. São 29 anos que apesar dos pesares, foram bem vividos e devidamente aproveitados. Hoje eu sou quem sou. Amanhã eu já não sei. Eu aprendi a duras penas, coração doeu, mas eu aguentei. Sou uma sobrevivente nata. Que não importa a situação, resiste. Sou fera enjaulada com cara de boba. A criança cresceu, mas o coração permaneceu. Sou a sensibilidade dos detalhes, a delicadeza de uma flor e a intensidade destes cabelos, hoje vermelhos, amanhã?! Quem sabe.... Sou essencialmente, honestidade e coração. Só consigo ser inteira quando o escuto, sei que as vezes ele não segue os princípios da razão, mas quando não o ouço, eu deixo de ser. Tenho em mim toda a insegurança do mundo e toda a segurança de não deixar transparecer. Uma metamorfose, uma aprendiz, uma pensante. Sou um milhão em uma e uma em um milhão.
Valor escondido
O que eu tenho, o que conquistei
Foi tudo Deus que me ofereceu
Entre papos e confissão
Ajoelhado em oração
O que eu fumo, o que eu bebo
Não fazem parte da questão
O que está a se observar
O que eu quero ressaltar
É a fé que me salva
No subúrbio ou no Baixo Gávea
Não basta ser opinião
Tem que ter reflexão
O valor escondido em mim
Que procuras tanto assim
Não está em meus bolsos
Nem ingeri só pra ter
O prazer de cuspir
Precisará de joelheiras
E muitas velas acesas
Derreterá em cera
Valorizando a sua fé
De sab a dom
E nos dias de feira.
Não acenda vela em casa. Atrai almas sofredoras; anjo já tem Luz! Que o faça em lugar próprio para tal.
Devíamos arrumar e ajustar as velas do nosso coração, assim como o fazemos com as do nosso cotidiano.
Saber para onde vai é ter o vento a seu favor. É olhar para o oceano e, mesmo com tanta incerteza, baixar as velas para que o vento nos faça velejar para onde ele quer nos levar. É entender que não podemos mudar o caminho que o vento percorre, mas sabemos que ele é nosso aliado. Porque ninguém melhor do que nós para controlar o rumo da nossa felicidade.
Ajustando as vela
E de tanto castigar-me eu alcei a minha âncora
E zarpei novo destino navegando em outros mares
Quis chegar a um novo rumo onde nunca navegares
Mas o vento ainda sopra.
Eu passei por tempestade navegando águas sombrias
Com o mar entrando a popa e na proa a ventania
Eu busquei Porto Seguro, Precisava calmaria
Mais o vento ainda sopra.
Expandindo outros horizontes, oceanos de incertezas.
Me encantei novos romances que confunde os sentimentos.
E busquei amores rasos pra livrar o meu tormento.
Mas o vento ainda sopra
Pra esquecer o teu sorriso eu foquei todas as faces.
Mas a ti vento me leva não importa o caminho
Não adianta muitos amores é melhor viver sozinho.
Pois o vento ainda sopra.
Eu quero seguir em frente mas pra traz vento me leva.
Fiz da arte minha vida, fascinei na melodia
Pra acalmar meu coração e conter a ventania
Mas o vento ainda sopra.
Sei que o vento ainda sopra bate forte a emoção
Mas preciso fazer algo pra pra acalmar meu coração.
Se navego o meu destino mas ainda vivo por ela.
Tenho que rever a bússola ajustando minhas velas.
amor_in_versus
Que adianta acender velas para os santos, quando a sua alma deveria ser iluminada pela luz de Cristo!
Acender velas e venerar os santos da mobília e da parede é o mesmo que iluminar o terreiro, onde sua luz não toca nem retira as trevas do coração.
DIÁRIO DE UM ALMIRANTE
Da nostalgia do último sopro
vive as apagadas velas
dessa pobre embarcação
Veste luto na bandeira
e pelas águas que vagueia
traz pesar em seu timão
Por ironia do destino
viu a frota naufragar
Por que só os meu amigos
falta água nesse mar?
Não restaram dias de glória
navegando essa memória
até Netuno apagar
A mocinha da fazenda corria livre e sem perceber encalços pelos caminhos. Seguia por musgos macios, beirando ribanceiras, arriscando-se a cair, mas loucamente prosseguia. Vestia suas asas de borboleta e voava sobre as paisagens, recolhendo a beleza que conseguia captar. Suas tranças eram velas ao mar em aventuras infantis ou seriam asas de um colibri em busca de néctar? Ela não percebia isso ainda, apenas voava em sua imaginação - ao sol cantava, as estrelas do céu apanhava e um colar fazia. Se enfeitava toda, não para aparecer, mas porque já viera ao mundo como poeta e assim seria, toda e qualquer poesia.
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