Velas
Velas acesas no castiçal de prata velha,
lamparinas antigas de azeite a arder..
incenso misturado com óleo, numa taça
de cinzas que geram muitas vezes o tormento.
Rosa bela do jardim mágico, invejosa e triste
incendeia a paixão do tempo esquecido, perdido
quando a alma precisa de um momento de amor.
O passado passa, o futuro acontece no tempo que
existe, das tristezas que esquece, castelos floridos
sorrisos colhidos, amor de encantar que florescem.
Acaricio o doce, afago com a vida e embriago-me
solidão trancada de velhos cadeados enferrujados
palavras escritas num pergaminho de um caminhante
que deixa lembranças, do caminho tantas vezes percorrido.!!!
Oportunidades são como vento, pras velas de um barco, vivem mudando de direção.
Não deixe passar a sua antes que seja tarde!!!
Todas as atitudes se tornam eternas, só que não estaremos mais aqui para vê-las acontecer, e nem para nos orgulharmos de ter vivido.
Velas espalhadas pelo chão,
Aqui e além …
Um som suave daquela música
Que eu sei que te faz vibrar
Apenas a luz que dança
Lançando reflexos nas almofadas
Espalhadas pelo meu sótão do prazer
Espaço lúdico onde te espero
Na mais perfeita fantasia de amor
Danço, no meio da roda feita pelas velas
Que iluminam o meu corpo ainda vestido
Como uma segunda pele a delinear o corpo
Aquele vestido preto
Que tu sempre dizes deixar-te aturdido
No cabelo apenas um gancho, único acessório que uso
Equilibro-me nos sapatos de salto alto
Enquanto danço ao som da música
Que faz lembrar terras do oriente
Deslizo as alsas do vestido até ao cotovelo
Rodo o corpo e fico de costas para ti
A música continua a soar entre estas quatro paredes,
O cheiro a incenso no ar é cada vez mais intenso
E agora nota-se um cheiro a rosas.
As que me trouxeste porque sabes o quanto gosto delas.
Vermelho escuro, cor da paixão
Levas as mãos às minhas ancas
E começas a fazer descer o vestido por elas
Juntos numa dança de sentidos
Exploras a geografia do meu corpo
Reconheces todos os caminhos
Aspirando o meu perfume de mulher
E como me sinto mulher !
versos soltos...
as portas do mundo se abrem sempre quando desejamos vê-las abertas... mas quando será que nos dará vontade de sair do mundo?
seria quando bate aquele frio na barriga? talvez...
ou será que quando estamos indignados? outra possibilidade válida...
poderia ficar aqui gerando respostas, mas o pior, respostas que nunca nos levaram a lugar nenhum...
mas pensando justamente nesta hipótese me volto a um pensamento, se as portas abrem com o nosso simples desejo, porque não desejamos fugir sempre? por comodismo?
Ou receio de criar novos caminhos?
por que é sempre muito difícil visualizar coisas positivas no desconhecido? fato cultural ou simples vergonha de assumir que está na hora de mudar e seguir com novos ares!!!
Pois será mais prazeroso sentir a dor das chibatadas da vida quando buscamos as realizações do sonhos, que ficar sempre preso somente ao mundo doce da imaginação!!!
"E o navio segue, com velas içadas,
aos ventos de qualquer direção,
com um unico tripulante, a espera
da chegada a um lugar sem solidão"
Eu
Eu gosto de flores, velas, sedas
Gosto dos melhores perfumes, do melhor cheiro.
Gosto do beijo, abraço , amasso.
Gosto de olhares, de desejos
de jogos sedutores, dos hotéis, dos móteis.
Gosto do sorriso, das covinhas
do homem com jeito de menino.
Gosto da Noite, da maquiagem,
do som, da música, das luzes.
E de repente gosto mais deles
que de mim mesma.
Da princesa e do rei.
Dos sonhos, do futuro.
Hoje...
hoje quero mais de mim.
Sobre A Luz das Velas
Encontro-me com as mais valiosas
Ferramentas em minhas mãos
Pelos meus dedos escorrem letras
Em um mundo extremamente frio e amargo
Meus olhos fixam-se naquele pedaço de papel branco
A melodia escrita nas rimas
Refleta o mais puro dos sentimentos
Pois é fascinante a combinação
Do lápis e daquela folha
Mas por que as palavras ainda não fluem?
Resisto firmemente a amargura
Com uma armadura metalica
Com letras douradas
Que protege-me diante de tanta ignorância
De tanta bobagem e de tanta cegueira
Dirijo-me ao meu refujo
Onde encontro a liberdade
Junto a chave sagrada para os portões.
Negros que tentam bloquear meus pensamentos.
Voando por um mundo azul
Onde meu corpo movimenta-se
Conforme o vento toca as árvores.
De repente acordo
Com o vinho derramado sobre mim
E vejo-me no espelho
Refletindo A luz das velas
A luz de minhas ideias.
A minha paixão perdeu-se nas velas de barco, a minha alma afogou-se na areia e a minha tristeza é um deserto estéril.
Pensando bem, o que realmente conta não é se teve velas, se teve música de fundo, se foi cedo. Não importa se ele usava uma roupa esquisita e se tinha roubado o carro da mãe. O brilho no seu olhar, o barulho dos nossos corpos, sua pele macia e um 'eu te amo' suspirado é que fizeramm nossa história de amor. E eu disse sim.
Menina baiana o que é que voce tem?
que os homens estrangeros só em vê-las não se aguenta
se apaixona sem saber a rasão de tudo é saber o que fazer
Menina baiana o que é que vais fazer se alegria de todos é saber o dizer
Vejo pessoas passando. Vão passivas pro trabalho. Do céu só o sol a vê-las: seus raios a iluminá-las e a reconhecê-las... 'estrelas'.
- Conhecer as coisas como são, é melhor do que tentar vê-las como parecem! -"Eu não sou grande coisa, mas grandes coisas acontecem comigo
FOI POUCO TEMPO
MAS VALEU
VIVI CADA SEGUNDO
QUERO O TEMPO QUE PASSOU
Cada palavra que falei
lembra uma história
que eu nem mesmo sei
mas como o vento
vem tão de pressa
A verdade
é bem mais forte
Vou deixar
que o destino mostre a
direção!!!
Aos fazer suas preces e orações usar somente velas e materias
da Filosofia O Poder do Bem. Abençoada e Fluidas no ITROS ( recipiente de
madeira, barro e vidro).
DO BIG-BANG AO BANG-BANG (By Jeff Cruz)
O iluminismo das velas, terços e patuás.
Sinalizam a procissão se aproximando
Maquiagem natural de sofrimento no rosto
Vestígios de trabalho desenhados na mão
Mãos cravadas ao rosário
Acompanham o menino Jesus
Mãos firmes, no símbolo,
Carregam a cruz
Signos de morte na romaria
Existencial de vidas póstumas
Seguem em busca ritual
Da pós-fome, pós-sede, pós-carne, pós-alma.
Sagrada romaria de fé
Esse é o espírito tradicional
Enraizado no mundo materialístico
Onde o poder do homem robótico é mais holístico
Do big-bang ao bang-bang
Assistimos confortáveis no sofá
Homens compressos e miúdos
Em cenas esmiuçadas na TV
Guerreando por lucros entre as nações
Manifestando o luto nas emoções
E a luta de todos nós
Sobrevivendo à aventura lunática
Tomamos comprimidos
Para não regurgitar
Ingerimos toxinas de ganância e ódio
Injetamos venenos de prazer para no remediar
Respirar, voar, nos locomover...
São valores meramente convencionais
Estamos cada vez mais convencidos
Que a realidade de viver é consumir a vida
A propina empina o nariz e ensina
Que Deus é dinheiro no bolso
E muito dinheiro no bolso
É plástica no nariz
Assim, entramos numa cegueira coletiva.
Que nos impõem as imagens televisivas
Imaginem que ate mudo ficamos
Para não resmungar
Estamos regredindo ao tempo zero
Regularizando os parafusos industriais da cyberlogia
Se adaptando às condições
Da nova hipocondria social
Viva à antropofagia entre os homens cegos!
Viva ao homem entrando no pântano!
Viva as nossas prisões pessoais!
Viva cada vez mais aos carnavais!
Armaram um atentado para o amor
É o terrorismo entre os homens
Erguendo os muros altos de Berlim
E fazendo fronteiras pelas terras-do-sem-fim!
Solidificando-se...
Compressando-se...
Com pressa voltando à caverna
Escura e lodosa de Platão
Filas plantão nos hospitais
Para ver Madalenas apedrejadas
Para fotografar Joana D’Arc queimada
Rir do Judas condicionado à corda proposital
Estamos a um passo da cova
Covardes que somos,
Esquecemos Lutero
E pagamos indulgências pelo paraíso eterno
É que inventaram que existe
Imposto ate no céu
E o orçamento do purgatório
Parece estar em promoção
Que SUS-to! E vejo filas enormes
Parece o SUS!
Voltem depressa para a estrada
Certa e segura das romarias de JE-SUS!
Regozijem-se da herança prometida
Nas profecias de João
Porque o tempo... Ao contrario de Cazuza:
- O tempo pára!
Sou um navio cansado, que lotou contra fortes mares e ventanias. Mas, ainda há uma ou duas velas que levam.