Velas
OBSERVO-TE COMO GOSTO
Velas por mim nas horas amargas de dor
Adoçando os meus dias das tempestades
Das lágrimas ficamos no silêncio tão nosso
Oiço a tua voz rouca que murmura ao ouvido
No toque das memórias da minha pele na tua
Que o tempo nunca conseguirá sequer apagar
De tantas primaveras que já nos enriqueceram
No teu rosto o brilho dos teus olhos nos meus
Temperamos a nossas bocas de frutos exóticos
Onde pernoitas com a tua mão nos meus cabelos
Como eu gosto de observar-te enquanto dormes
Os meus olhos ficam embriagados de tanto amor
As minhas mãos percorreram o teu corpo a tua pele
Enquanto dormes, o meu coração voa ao teu redor
- E quando partes, deixas bocadinhos de ti em mim.
Antes que a noite chegue deixemos velas à vista..., visto que, o ‘apagão’ não avisa!... AJCMusskoff.
O meu desejo é:
Vê-las caminharem para uma vida feliz ...
essencialmente onde eu possa observá-las!!!
Donde estou não avisto as estrelas
Teria que sair lá fora para vê-las
Mas o lá fora nesta hora
É tão solitário no meu imaginário...
Melhor deixá-las irem embora...
mel - ((*_*))
06/06/2014
O aroma das flores .
O calor das velas.
Nos remetem a pensamentos.
Que são tão íntimos .
Trazendo as nossas memórias.
Lembranças de um passado.
Milenar em nossa existência.
LETRA MORTA
Que tristeza a letra morta.
Como é duro vê-las pisoteadas como formiguinhas em um papel branco. Ali, alinhadas apenas para fazer sentido, não sentindo, só sentido, em uma frase igualmente morta. Letras exangues, pálidas, estéreis... letras figurativas nos cemitérios dos documentos. Ali elas não falam, só calam, e caladas, estáticas, cedem, inertes, suas exuberâncias. Cedem o que poderiam ter sido, cedem seus corpos, feitos para viverem das encarnações de mistérios desconhecidos, cedem sua majestade apenas para fazer sentido. A letra fria, tão amada pela burocracia. A letra que não diz nada, que só aponta, com seu cadáver, aonde vai a fria estrada. Letras que não desabrocham nem voam, sem beleza nem desespero, letras sem gosto, sem tempero! Múmias cravadas no deserto, sem nenhuma ideia por perto. Agrupadas em palavras com esmero arranjadas, palavras que não se defendem e que já não podem nada. Letra, palavra, frase, parágrafo, item, inciso, o raio que o parta! No jazigo do documento a letra sinaliza, mas não fala!
Sua sonoridade não canta!
Sua sinuosidade não encanta!
Dissecadas até o talo, parecem dizer: a partir daqui eu me calo...
Ah, mas não há de ser nada, essa morbidez passa...
Que a metafísica do sentido é eterna.
E a letra que no documento jaz morta a dar coesão aos esquemas, há de renascer vitoriosa, flor de Sol, no jardim dos poemas...
A lua inspira conversas, as estrelas seguram velas, o vento assobia e faz as árvores dançarem. A natureza criou todo o clima e você, não apareceu.
Quando não é pra ser não adianta ficar remando contra a maré; mais sábio é ajeitar as velas, mudar o rumo e navegar em outros mares com outras marés em busca de novas paisagens, novos ares e novos amores!
Todo ano antes de soprar as velas, sempre faço o mesmo pedido: que se esqueçam de cantar parabéns no ano seguinte!
Em algumas situações da nossa vida,feito um filme,queremos voltar a vê-las e queremos editar,copiar e até colar e em outras, excluí-las definitivamente!
Icemos nossas velas para a construção de um mundo mais justo, onde impere a paz, a solidariedade e o amor
Sempre haverá pedras no caminho, mas não devemos vê-las apenas como obstáculos, ao invés de apenas lamentar ou tentar atirá-las em outros, podemos guardá-las, pois elas também podem servir para construir caminhos e até podem fazer parte de grandes construções!
A vida muda quando mudamos,se para melhor ou pior,
depende de nós mesmos.
Na dúvida, pense que estar em paz e de bem
consigo mesmo é um indício do caminho certo.