Veio e Passou como um Cometa

Cerca de 437775 frases e pensamentos: Veio e Passou como um Cometa

TARTARUGA

cada vez ligeiro
eu me pego mais
num desejo besta
de ser tartaruga...
jabuti

ter mosaico em
meu casco
mastigar sem pressa
sentir chão frio
um tal colchão quente
y carregar o peso
da minha fleuma

deixar que lebres
seam libres
como
vos

Inserida por FabricioHundou

AVIÃO-GIZ

Há mais labra
no teto desta cidade
y o maior risco
que há no céu é feito de avião-giz

registro de minha
perniciosa
liberdade

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PRAXE II

Tenho uma poesia
Pra cada dia y
Velhas roupas me
Sobram pra
Lavar

Inserida por FabricioHundou

FARDO

Hesito e vou (já)
Êxito em ganhar
Pois meu fardo
É pensar
Que te
Esqueci

Inserida por FabricioHundou

MANDACARU DE SAUDADE

Mandáááá-carú
Ou manda sol
Ou, logo, logo,
tu

Mandacaru
Saudade tua
Espinheira bonita
Nunca vi o dia acabar

Mandacaru
Valhe-me toda a fé y riso
Valei-me, Oxossi
Ele é de Odoyá

Mandáááá-carú
Ou manda sol
Ou, logo, logo,
tu

Mandacaru
Teus braços se alevantam
Pr'algo (plural) tão divino

Pacto ou cacto
Se aceitei: bem sei
Fiquei torpe contigo

Quando eu der flor
Volte pra me
Cheirar

Inserida por FabricioHundou

ALGUM CANTO

ainda que longe
planalto de Todos Los Santos
hei de me anelar
na tua griz juba
ser sol, sal y chuva
tatear a tua beleza
piano em teu riso
tu-eu (o banzo)
eu-tu (encantos)
afetados
n'algum
canto

Inserida por FabricioHundou

O JANE-IRO-

Teus dedos

dedos de figo, topázio y malagueña
verão,
carnaval em jardins

O Corcovado em teu dorso
o arqueiro cavalga na Lapa
- arcos de íris -

circunflexos, vossos gemidos são preces
Epa babá! quara (o sol) em tuas asas

voltei outro,
toquei harpa em teus fios
tenho fiapos das mangas
da tua flora-blusa de chita

só Guanabara já sabia
meu nado contigo: sincroniza o sismo

podem mar y rio
ser simbióticos
quando dançam
com
liberdades

de

rimar

Inserida por FabricioHundou

MARÉ ALCALINA

Calma
Calmaria
Teu cangote: camomila

Com a alma
Calefação, ar rarefeito
Maracujá cuja calma


Levezas de Maria (calmaria)
Cafunés de minha mãe
Cachoeira em meu dorso
Água, chá, abraço ou sopro

Y na fobia - ou roer de unhas
Qu'eu me embrase
Na azia de baleias

A maré alcalina
Toca meu barco -
Odoyá, em teu mar
me
receba

Inserida por FabricioHundou

CARROCÉU

Vela que amarela (o verbo)
Rejunta cores em meus ventos
Alecrim alfineta - Oyá qu'exala:
É na gira qu'eu acho o
Meu
centro

Inserida por FabricioHundou

HORÁRIO DE PAIXÃO

Dou-lhe beijos
demorados - assíduos
em atrasos até que
as línguas percam as
horas em paixões
sem con(fusos)
horários

Inserida por FabricioHundou

FRUTOS DA IMAGINAÇÃO

sem fome de algo
sacio-me y
digiro boquiaberto
o que provei no pomar
dos frutos da tua
imaginação

Inserida por FabricioHundou

FOSSE LIGEIRO

Tu
Presente duma vida
Que vive há dias em
Nublados que me quaram
Embrião de cambaxirras
Eco alto que se ouve em futuro
Passado ligeiro
Passou, por mim, engomado
Vestido em minha roupa
Façamos tranças
De nossos pêlos eriçados
Contato com contato
Envaidecidos (ego sem dolo)
Em leões lunares:
Pois há beleza nesse
nosso
(a)temporalizar

Inserida por FabricioHundou

ASÉ FÉ

Laroyê bará
Abra caminho tranquilo pr'eu passar
Sopra vento, Oyá
Levai-me corpo y alma
Eparrey: Queira qu'eu
Esteja onde puder estar
Kaô Kabecilê
Justiça y martelo firme
Em dias de se padecer

Inserida por FabricioHundou

QUE PENA

Uma pena só: que pena!
Fragmento de liberdade
Fruto maduro da asa branca que
Por falta d'água
bateu em nuvens carregadas
y fez
Lufadas pra
Minha saudade
Voar

Inserida por FabricioHundou

Me curando em voz alta, porque quase morri em silêncio

Inserida por sujeitoatrevido

⁠"Ela apenas curte uma boa conversa sem nenhuma pretensão, aposta em troca de experiências, pois sabe que não viverá o suficiente para viver todas elas".

Inserida por jennece

⁠Ela ama trocar figurinhas, ontem mesmo deu a um menino seu sorriso, que em troca logo deu-lhe o coração.

Inserida por jennece

Infiro os transeuntes e suas relações insociáveis...
Aquele que nos livros procurava esquecer o profundo ermo e o distúrbio inato e incurável.

Inserida por PoetOfTheBlues

Os ventos murmuram o padecimento da tramontana, pensamentos batelados vagam ermos de si mesmos sobre está choupana velha, em deslumbre
dessa antropofobia que em momento algum já olvinado
atrás de devaneios e euforia.

Inserida por PoetOfTheBlues

Não, não foi por causa da busca de uma volúpia culpada e preguiçosa que ele começou a usar o ópio, mas simplesmente para abrandar as torturas do estômago nascidas do cruel hábito da fome.

Inserida por georgiachagas