Veias
"Todo o azul que corre nas veias e capilares, caiu dos céus e afogou-se nos mares ...depois fez as ondas ir e vir. Quando o coração começou a bater,
mesmo sem o saber... foi de azul que se abriu e se fez florir "
As linhas das cartas de amor são lidas pelas veias do olhar, mas o conteúdo é sentido pela retina do coração.
No silêncio da dor...
A lágrima percorre a alma.
A angústia pulsa em minhas veias.
A tristeza perfura meu coração.
A solidão rasga minha pele.
A dor despedaça meu corpo.
Sobrou-me a esperança um vestígio inexiste.
"Se fizeres meu sangue ferver em minhas veias, me considere teu. Mas se deixá-lo esfriar, me perdeu."
Porque esse amor doentio
Essa dor sem sentido.
Uma pressão que corre nas veias
Triste, sofrido.
Porque não posso esquecer
Comandar os meus sentidos
Viver com minhas escolhas.
Esquecer o que nunca foi merecido.
Há uma voz que me percorre as veias
Se apodera de mim, me levanta como se fosse vento
Vai e vem como se fosse mar
Um abalo de ser e ter com tudo e a totalidade
Uma agitação do ambíguo
O que subsiste e o que cessa.
(Paixão)
É fogo que arde por dentro,
Alimenta esse desejo enfreado.
Que corre nas veias como veneno,
Nos faz ser brutal e amável
Em um só momento.
Chama que incendeia,
Como sol que desnorteia,
Ou simplesmente a maré cheia,
Que afoga a quem não sabe nadar.
A mesma torrente de vida, que dia e noite, percorre as minhas veias, percorre o mundo em cadenciadas maneiras.
Mar Rendado
Veneno...
Eu não passo disso para suas veias.
Eu corrompo tudo o que você pensa
e sente.
Como um vício,
que é capaz até de substituir outro,
pode ser algo bom
ou saudável?
Num futuro distante,
numa praia com ondas de espuma branca,
como o vestido que espero usar
para um propósito eterno,
eu me imagino ao seu lado
com ambos aceitando o futuro
até que a morte nos separe.
Porém, eu não consigo imaginar o meio disso.
Eu não consigo ver entre o hoje e o infinito.
Será que é pela distancia absurda...
...ou pelos caminhos tortuosos?
...ou pelo medo de pensar que meu amor
pode não ser suficiente para te provar que:
por mais que este veneno,
que aqui te escreve,
sem saber exatamente que palavras usar...
...que apenas por um impulso,
promovido por este vazio
e por esta saudade doentia,
resolve tentar palavrear tudo o que sente,
através deste poema que,
assim como eu,
não tem ritmo, rima, forma, conteúdo
ou perfeição.
Provar que,
como você,
meus defeitos e irregularidades
e, principalmente, inconstâncias
são apenas parte de mim.
E que você é o ar que eu respiro...
a metade da minha laranja...
meu cliche preferido.
E espero que seja
até o infinito e além...
Ou, pelo menos,
até que digamos "sim"...
... ao som de ondas com rendas brancas.
O Teatro pra mim, é a arte líquida que corre pelas minhas veias e salienta quem sou, porque burila com sua oxigenação espaços inimagináveis.
Medo
A morte em seus olhos
Em suas veias sangue frio
Silencio amedrontado
E seu quarto está vazio
Sozinha em pensamentos
Lhe provocam arrepios
Olhos arregalados
Criança assustada
De baixo das cobertas
A porta está trancada
Encontra uma lanterna
Mais está sem bateria
Respirava profundo
e nada ouvia
Ainda a procura
Ascende uma vela
Vê sombras no escuro
Atrás da janela
Medo real?
Engano ou ilusão?
Chorava na cama
Em meio a escuridão
Lagrimas inevitáveis
Pingavam no chão
O barulho ecoava
Piorando a sensação
Criança fraca
Não era nenhum exemplo
A janela rangia, batia
Com o vento
O escuro a prendia
Em noites condenadas
Lhe perseguia lhe encolhia
Fazia ameaças
Cobria a cabeça
Com lençóis encharcados
De lagrimas de medo
Pesadelos, assombrados
Mantia a cabeça coberta
Com medo do que podia ver
Não sabia se gritava
Não há nada que podia fazer
Criança medrosa
Não é o que queria ser
Mas continuava imóvel
Esperando amanhecer
A noite ia passando
E a criança cansada
Agora via a luz do dia
Pois amanhecia acordada
Falça felicidade
Era só o que podia ter
Acabava com o noite
Após escurecer
Só queria sair correndo
De lá poder fugir
Para onde não houvesse medo
Nenhum medo pudesse sentir
Mais em parte alguma
havia lugar seguro
Era um mundo de fantasmas
De terror
Um mundo escuro
Escuro imortal
Onde não existe vida bela
Não estava no quarto
Estava dentro dela
Medo cruel
Que a acompanharia
Pois se o medo não vencesse
Ele jamais a deixaria.
Sinto-me viva, meu coração acelera, minhas veias pulsam forte, inquietas, os pés e as mãos gelam, tudo voltou. Amo tua voz suave, amo teu olhar mesmo quando meus disfarces parecem inuteis e assim me descobre toda, amo mais ainda quando ele parece me aprisionar, me deixa sem saída, aí o pensamento padece, a boca cala, a respiração ofegante me atrapalha, não sei se quero amar, mas creio que já estou amando e incrivelmente, hoje tudo lembra você.
Há pessoas q nascem pra ser felizes... q tem ALEGRIA nelas, correndo nas veias, saltando dos olhos, transpirando pelo poros... A cada batida do coração um sorriso se esboça. A cada inspirar e expirar um brilho ilumina tudo a sua volta. É algo tão natural, tão inato q quem tem leva um tempo pra perceber (já aqueles a sua volta percebem rápido).
Mesmo q as coisas não andem boas... com o coração partido, o bolso vazio, a carreira estagnada, esse ser feliz por nascimento não consegue deixar de sorrir e fazer sorrir. E erra quem crê q eles gostam disso. Não, eles se esforçam arduamente pra ficarem tristes como os seres humanos comuns... em geral fazem dramas dignos de tv e cinema, se envolvem em histórias pesadas e mirabolantes para tentar experimentar a dor, o luto, a triteza, enfim qulaquer destas coisas q povoam esse mundo da gente, mas sabe-se hoje, q o máximo q eles experimentam é um pouco de melancolia, e tiram desse esforço vivência e sabedoria pra seguir vivendo FELIZ.
É uma benção nascer com esta capacidade. Ou seria com essa incubência? Ou seria ainda destino, karma talvez? Não sei. Mas ter olhos capazes de ver o positivo, ter ouvidos capazes de ouvir o q é bom, ter boca capaz de sorrir e gerar sorrisos, ter braços capazes de abraçar forte, ter uma mente capaz de ter bons pensamentos e desejos, até devia... mas não é pra todo mundo!
Alegria não é acessório, é item de fábrica
Eu acho que em minhas veias corre aguas cristalinas, de vez em quando eu acho que eu sou a propria mina.