Vazio não Preenche
Eu não sou a poesia, eu vivo a poesia, ela brota de algum lugar e preenche o meu vazio.
Eu choro, eu sorrio, me armo e desarmo, eu dito e desdito o que por mim foi escrito.
Me calo, eu grito, me sinto e me desminto, me entrego, me afasto, me faço e me desfaço.
Assim vivemos eu e a poesia, nos amando, nos odiando, nos querendo e nos repudiando.
Não busque nos outros a felicidade pra sua alma. O que preenche o vazio do peito, chama-se amor-próprio.
Sinto um aperto no peito e, não importa o quanto eu respire, esse vazio não se preenche porque é tudo em vão.
Entre o Espaço e o Tempo, Amor
Há um vazio que o tempo não preenche,
Uma ausência que a alma sente.
É como um céu sem estrelas,
Ou um mar sem ondas para aquecê-las.
Estar longe de você é não ser inteiro,
É ser barco perdido sem paradeiro.
É ter o coração preso em um grito,
E viver de memórias, onde habita o infinito.
E quando meus olhos fecham para sonhar,
É o seu rosto que vem me abraçar.
Porque mesmo na dor da distância cruel,
Nosso amor é ponte que toca o céu.
Eu te amo no vazio que o tempo cria,
No silêncio frio de cada dia.
Te amo na dor que quase me vence,
Pois o amor é maior do que o que se sente.
E quando enfim os caminhos se cruzarem,
Quando o espaço e o tempo se dobrarem,
Seremos inteiros, livres da dor,
A prova eterna do nosso amor.
Não existe cura para o vazio existencial, faz parte da incompletude humana.
Tentar preenchê-lo com trabalho, religião, jogos, futebol, bebidas, festas, rede sociais, entretenimento... Não resolverá.
Precisamos aceitar e aprender a lidar com esse sentimento.