Vazio Existencial
Nesses últimos tempos em que meu vazio existencial se tornou quase o gene dominante de todo o meu ser, a recessividade tardia quase consegue me comandar. A madrugada se apresenta como um refúgio, ninguém tem medo dos monstros quando se vive no meio deles. Meus demônios a muito lutam para se libertar. Tenho aceitado as forças de atração que me puxam para a terra. Agora vejo que meu fim não está tão longe quanto pensei ser. O atrito de minhas moléculas é a única coisa que mantém meu coração aquecido nesses tempos de um inverno tão rigoroso.
Sinto como se os polos magnéticos estivessem agora situados em meu peito, e como opostos, se atraem, tomando-me por uma implosão sem limites, explodindo de fora pra dentro, sendo corroída massivamente a cada novo pôr e nascer do sol.
O movimento das marés, que tanto me encantava já não tem mais um efeito tão positivo. Sou mais sal do que açúcar, ainda assim, insolúvel. Indescritivelmente heterogênea acerca de qualquer outro componente que não seja você.
Thaylla Ferreira {Poesias sobre um amor inatingível}
A humanidade busca desesperada pelo preenchimento do vazio existencial. Quanto maior a diversidade de distrações, maior o vazio interior. Aprender a atravessar o deserto e dar as costas ao efêmero requer muita disciplina interna e vontade para superar a si mesmo. Quem tem olhos para ver que trate de sair deste ciclo vicioso e condicionante das ilusões tecnológicas. A máquina mais maravilhosa e complexa que existe é o homem e isso deveria bastar. Sem despertar a consciência não tem como deixar de ser escravo do sistema e das ilusões. A liberdade cada um precisa encontrar dentro de si mesmo.
"Em nossa condição original existencial. Buscamos o significado do encontro com o vazio. E nos deparamos com a solitária liberdade."
O que causa grande vazio em nossa existência, não é o tamanho dos nossos sonhos e sim, o tamanho da nossa pretensão.
Vazio existencial
Antes estar morto do que só
Em seguida de nascer o sol
Deveras penoso a quem ama
Tanto espaço em uma cama
Para sofrer, basta ter desejo
Se cegar de luz no lampejo
Imaginar um começo e meio
Sem pensar no fim, ele veio
Inútil culpar a circunstância
Se afogar na sua arrogância
Ou estar ébrio de desilusão
De tanto apanhar o coração
Equilíbrio é a dica do amigo
A um leigo que corre perigo
Que desconhece o buraco
Se acha forte, mas é fraco
Existem teorias fabricadas
Especialmente aos “nadas”
Do vazio existencial, hábito
Mas a autoajuda é um parto
Não deve ter saída mesmo
Viemos ao mundo a esmo
O que eu vejo, um outro vê
Nos seus fatos e no que lê.
Trilha sonora
Preenchendo as lacunas do vazio existencial
Oportunidades dispostas num mundo desigual
A realidade dividida entre o sério e o incrédulo
Na trilha do caminho que aponta para o certo
Nada cultivamos além de boas amizades
O resto perde-se ao vento e à trilha sonora
As sinfonias revelam uma outra condição
Acalmando os que jazem no clarão da aurora
Cumprimentes apenas de gesto suficiente
Sem mais delongas ou risos dissimulados
Estamos fadados a pensar como escravos
Vivendo como tal gente de toda a gente
Faças para ser recordado na história
Como alguém que marcou nos seus passos
Deixando um legado envolto em paz
O que é rico e nobre não se perde jamais!
A necessidade, não realizada, gera o desejo, desse vazio, a angustia surge nos existencializando, desse processo, e desse “mal estar” dar-se o aparecimento ou criação do inconsciente e da consciência, dessa “presença” de consciência surge à subjetividade, e daí meu olhar no mundo e do mundo transformando a realidade no real do tamanho da minha angustia, e assim vivencio a sociedade como o irreal da fantasia do outro no qual não se conhece.
Qual o nível fundamental da existência humana? Nenhum! Estamos no vazio! Somente a palavra de Deus para aqueles que nela creem!
Tanto o vazio existencial, quanto o desejo, antes preenchidos pela fé dogmática, cederam espaço, nesta era de pragmatismo tecnológico neoliberal, ao prazer compulsivo, e ainda assim, continuamos perplexos, insatisfeitos e vazios.
O espaço não esta vazio, ele esta cheio de existência, a função do espaço em relação ao tempo é a possibilidade da existência.
Intenção
O familiar vazio existencial; encaro-o assim como vejo a face de um velho amigo o qual seu nome desapareceu de faladas frases por tantos anos, mas que agora volta ao meu viver com todas as suas características alteradas e embaralhadas pelo tempo.
Vagas idéias funestas passeiam de um lado para o outro em meus pensamentos, em um sádico jogo de imitação, tais idéias têm sua própria ciência do que se passa no distante eu, elas aprenderam a executar passo a passo de minhas ações desprovidas de progresso. Condeno-me a ser um mero fantoche controlado pelas cordas de minhas ocultas impurezas. Estou perdido, totalmente a só.
Tudo não passa de rasas razões, minha intenção está além do que empoeirados sentimentos possam oferecer-me em antigas tentativas de alcançar ao menos um pequeno pedaço de um amor fora dos padrões que para mim mesmo crio, procuro uma jóia rara que esteja enterrada neste solo morto que é o meu ser.
Nunca disseram-me que a chuva duraria para sempre, nunca disseram-me que seria para sempre nublado, para sempre cinza, para sempre frio, para sempre uma cruel atmosfera que suga por inteiro as cores que criei e pintei nos muros e planos brancos dentro de mim.
Corro em imensurável rapidez para a neblina que cobre o que está em esquecimento. Quero esquecer-me, ser esquecido, ser apagado pela borracha do universo que conspira contra o resto de mim, ser uma amarga memória descartável que não pudera encontrar uma doce consistência para habitar nos corações de faces, decepções e paixões que não lembrarão dos meus passos cobertos pela neve.
E pergunto-me: Por onde anda as lembranças que atingem o limite da saudade? Encontraram seus próprios caminhos no silêncio, ou apenas se perderam entre tantas ruínas de passados os quais marcam seus momentos em cicatrizes do enfermo presente?
Segredos que habitam meu reflexo; O que se esconde por trás dos úmidos olhos cristalinos que não aprenderam a viver em catatônica turbulência? Pode ser que de repente depararam-se com o atordoado ébrio se questionando se tudo o que se passa em sua cabeça é real?
Fantasia distópica, não há saída para as coisas que eu mesmo crio. Mártir desconhecido sou de minha própria criada odisséia, tenho muito a dizer, tenho muitos nadas a dizer aos que lêem a história de dor e lastimável superação do espiral descendente do que leva-me a pôr palavras na pele pálida do papel.
E enquanto o paraíso desmorona, o mundo cai, sou o único a sofrer as consequências, pois sobre mim é o lugar onde a existência desaba seus escombros. Tudo o que eu criei em minha própria mente esvai do que é realidade, torna-se apenas mais uma escassa intenção.
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O homem vendo-se nos retalhos da sua existência estagnado em sua angustia, e abraçado por seu vazio percebe algo tão profundo que não pudera ser expresso, o próprio nada de seu ser.
Guerras são destruidoras de lares, vazio de família, trauma na existência, covardia , guerra de poder, manipulações em massa detida por honores pessoais.#11;
Queremos que o futuro seja o sorriso de uma criança...#11;
Não a morte sem esperança!#11; Não somos livres com guerras e brigas por religião e preconceitos.#11;
Mais juntos sonhamos um mundo de paz
Vazio pode até tomar conta, mas não vou sofrer por um que mal lembra da minha existência. Se você se importa, bom para você. Que agora, me dê espaço, vou passar, e a solidão vem junto. Seja bem vinda Solidão, vou ser tua compania e você a minha, até que alguém de voz suave, com um jeito apaixonante te leve pra longe.