Vazio
Domingo Vazio
o domingo é um dia seco as vezes.
Seco de vida,
que seca a vida.
Ressacas em apartamentos apertados,
cerveja e pagode rolando solto numa laje ao lado,
supermercados que fecham ao meio dia
e o mendigo ainda de barriga vazia.
Dia vazio
de rua vazia.
Tarde vazia
de alma vazia,
mas um vazio que não é pena
é vazio que pesa,
que tira a paz
e não cessa
até o vazio
do domingo
encontrar as 0 horas da segunda feira.
Lagrimas escorrem pelo meu rosto,
Ninguém compreende o que sinto,
Meu olhar de um mundo vazio
Em peito feridas sangram,
Ninguém compreende meus sentimentos,
Meus desejos pairam por um mundo
Cheio de vida aonde somos iguais,
Quem disse podemos ser iguais,
Não existe um lugar que me encaixe,
Meus pensamentos são tão profundos,
Ninguém sabe, o que sinto...
Apenas um controle de emoções e sacrifícios,
Que importa?
Dentro de um caixão frio cobro o tempo que passou!
Para as lagrimas que secaram no estante que me deixou...
Na solitude, muitos sorrisos nas magoas,
Que foram deixadas num tempo que nunca passou,
Congelado para sempre, o amor infinito,
Lagrima e mais lagrimas para deferir
Unicamente o destino que nos deixou nos levar,
No inicio ao pouco correando cada vez mais até
Não existir mais vida.
Ela prefere uma carteira cheia, e o coração vazio.
Prefere a Fama e ignora o Caráter.
Prefere o vilão que não o Ama, e ignora o Herói que daria a vida por ela.
Prefere Passar a vida ao lado de um Homem que pra ele, ela é só mais uma, mais ignora o que faz dela a única no mundo.
NADA SERÁ...
Se a vida for um vazio,
um vazio de vida será...
Se o gesto for sem brio,
hostil o gesto será...
Se o ter lhe for tardio,
o possível não lhe será...
Se o existir não for sadio,
a existência nada será!
Pois, ser é tornar o amor luzidio,
aí a vida proverá..
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
EXILADO DE MIM MESMO
Na atração da acrópole
Gastei exorbitâncias;
O vazio e a solidão apavora...
Há de faltar-me a morte,
E estarei eternamente tentando me encontrar.
Contando com a sorte,
Viverei nos confins da minha infância:
Exilado de mim mesmo,
Em jardins suspensos,
Sobre geografia inconstante.
Só as fantasias megalômanas,
aborrecem-me.
Mas anjos bacanas me confortam.
Ouvi o som de muitas águas,
No relâmpago do trovão.
Em meio à roda de luz,
Beijei medalhas;
E transpus
O exílio de mim mesmo.
04.11.16
É frustrante ecoar no vazio das emoções de alguns seres que não conseguem compreender a emergência que o momento requer.
O que resulta do grave erro de menosprezar é o vazio... Assim como a cobra tem o que te mata, ela possui o que te salva.
vejo estrelas no ceu , mas o cinto vazio , vejo todos junto e eu sozinha fico imaginando voce aqui ao meu lado , mas so imaginando por que não sei se ainda tens algum sentimento por mim ou se ve e o ceu vazio quando na verdade eta estrelado
“Encontrou espaço
no vazio para se pertencer
conversou com a solidão
abraçou apertado o coração
que insistia em doer
Recolheu os pedaços
que foram quebrados
pelas expectativas que criou
chorou todas as lágrimas
até lavar as angústias da alma
e novamente recomeçou.”
Viviane Andrade
O meu AMOR é
Um poema inacabado
Um vazio descortinando
Um coração machucado
Um passarinho enjaulado
Um matuto acabrunhado
Um passo desritmado
Um pedaço dolorido
Um palhaço sem riso
Um silêncio açoitado
Um retalho descolorido
Um caminho cansado
Um passado ferido
Um sonho alado
Um choro calado
Um grito mudo
Um desejo aluado
Uma saudade por ser esquecido .
Sentindo-me infiel entre amores e desilusões, procurei um bom motivo para não cair no vazio do lado errado!
Bate no peito
o coração acelerado.
De estômago vazio, custa respirar.
Dói como tudo,
ter o corpo trespassado.
A imaginação mergulha num buraco sem fim.
Perdi-me até ver que caí.
Indiferente á vida, indiferente a tudo,
cheio de medo, senti o corpo tremer.
Vozes na mente, olhos que choram sem se ver.
Lágrimas invisíveis, vontade de morrer
Nesses últimos tempos em que meu vazio existencial se tornou quase o gene dominante de todo o meu ser, a recessividade tardia quase consegue me comandar. A madrugada se apresenta como um refúgio, ninguém tem medo dos monstros quando se vive no meio deles. Meus demônios a muito lutam para se libertar. Tenho aceitado as forças de atração que me puxam para a terra. Agora vejo que meu fim não está tão longe quanto pensei ser. O atrito de minhas moléculas é a única coisa que mantém meu coração aquecido nesses tempos de um inverno tão rigoroso.
Sinto como se os polos magnéticos estivessem agora situados em meu peito, e como opostos, se atraem, tomando-me por uma implosão sem limites, explodindo de fora pra dentro, sendo corroída massivamente a cada novo pôr e nascer do sol.
O movimento das marés, que tanto me encantava já não tem mais um efeito tão positivo. Sou mais sal do que açúcar, ainda assim, insolúvel. Indescritivelmente heterogênea acerca de qualquer outro componente que não seja você.
Thaylla Ferreira {Poesias sobre um amor inatingível}