Vandalismo

Cerca de 108 frases e pensamentos: Vandalismo

O que ludibria nossos olhos
E cega o coração
Estrela em comerciais
E em frases de caminhão.
Em cigarros importados
Perfumes falsificados
Na falta de um senso critico
Se torna nosso vicio...

Inserida por VandalismoPoetico

Ele, um jogador
Que apostou tudo no amor,
Acabou em um sallon
Ao som de John Coltrane.
Ela, cartomante,
Com pinta de farsante,
Pede outra dose
E brinda a má sorte.

Enquanto ele embaralha
As cartas no balcão,
Ela faz leituras
De mãos no saguão.
Os dois nem imaginam
O que o futuro lhes reserva:

O mago, o enforcado, a morte e o ermitão.

Inserida por VandalismoPoetico

Dentro de um fusca 78,
bege jangada,
com um lirismo niilista,
dentro da alma.

Não me defino substancia,
Nem mesmo substrato.
Mas sim, coisa coisificada,
Às vezes, nada nadificado.

Não sei se creio no motor imóvel,
Em demiurgo
Ou que deus esta morto.

Só creio na minha filosofia,
Escrita como poesia,
Como um pensar estético, marginal e torto.

Um cheira cola,
cheirando cola
numa garrafa
de coca cola...

Primeiro mundo,
Terceiro mundo,
eu aqui abismado
no plano de fundo.

O amor
É uma decadência poética,
O fim de toda inspiração.
A última cena da última peça.
Da última ceia,
O último pão.

Categórico,
Faço justiça poética, divina e com as próprias mãos,
Meu pessimismo é de modo grego:
De superação.

A sete palmos,
No Mineirão,
Enterraram o sonho
De ser campeão...

Nem o acorda na guitarra,
Nem o solstício de verão,
Não há Sol que de cabo,
Dessa minha Solidão.

Cheguei ate aqui,
Para no meio do caminho,
Perceber que nasci
Para seguir sozinho.

Eu sujeito,
Na ausência
De um verbo,
Me sinto tão objeto...

O Galo

As sirenes gritam entre vielas e becos
Enlouquecidamente.
Já eu carrego sentimentos
Separados em gavetas.
Minhas lembranças pueris rimam com a poeira nos móveis.
Neste final de tarde
A velocidade da cidade
Não me faz vítima.
De longe ouve-se
O desespero de uma gata no cio.
De cá nenhuma resposta.
Sei que as seis acordarei
Com o galo da vizinha me lembrando
Que habito uma metrópole provinciana.

Inserida por VandalismoPoetico

Felizes de nós, esquecidos,
Pois sabemos tirar proveito
De nossos equívocos,
E nos alegremos por sabermos
Que a culpa e a moral
É o que temos de menos natural.

Para viver é preciso esquecer
E somente assim
O novo sempre poderá vir a ser.

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Politicamente incorreto,
Adormece minha alma,
Ditosa lira,
Desperta na madrugada,
Ressaqueada,
Do pudor que a poluíra.

Inserida por VandalismoPoetico

como para Drummond,
há uma pedra em meu caminho,
e uma quadrilha na qual
sempre acabo sozinho.
quero ir embora como Bandeira,
para uma terra na qual sou amigo do rei,
onde por poetas e filósofos é guardada a entrada,
e o amor das mais belas prostitutas provarei..

Inserida por VandalismoPoetico

Nem mesmo milhões de margens gráficas
comportariam minhas imagens pornográficas...

Inserida por VandalismoPoetico

Poesia feita de pó de histeria,
com pitadas de revolta e anarquia,
duas colheres de insatisfação coletiva,
untada com distorções e microfonia
dissolvidos em um megafone que berra
contra o inerte e apático padrão de vida pseudo estético
e esta pronta a receita de um Vandalismo Poético...

Inserida por VandalismoPoetico

Febre da alma,
tarde de cama,
um trago no café sem sabor -
inflamação na garganta.

Manoel Bandeira
me acompanha,
pelas horas entre cobertas,
no rádio noticias me atingem
de falcatruas descobertas.

presos políticos de outrora
são políticos presos de agora,
e nada mais me surpreende
nem a desilusão cada vez mais frequente.

dormente,
não vejo nada que mereça meus versos com urgência,
a não ser um maldito mosquito
Com quem travo uma luta por conveniência...

Inserida por VandalismoPoetico

Não da para ficar falando
das palmeiras de nossa terra,
quando o povo não tem acesso a ela,
para sobreviver ou se enterrar.

Não da para ficar falando
do canto do sabiá,
quando a saúde pública é saúva,
e aquilo que a pátria recebe
não é o que a pátria nos dá.

Inserida por VandalismoPoetico

É em noites como essa que pessoas se matam,
noites de insight's, noites de insonia,
noites que não se acabam.

Noites em trevas,
Em uma cidade que é um cú,
e nós, suas pregas.

Nós que nos esbarramos,
em grupos, como gados,
acorrentados ao cotidiano,
nós nos encurralamos.

Noites em que a vida, sem via,
segue seu plano,
enquanto nós ingenuamente acreditamos,
que somos nós que a planejamos.

Inserida por VandalismoPoetico