Vampiros e a Solidão
A Amizade não resiste ao tempo, nem mesmo a vida resiste.
No fim, só há vácuo, solidão e escuridão.
Muitas vezes olhamos pelo espelho e não nos reconhecemos. Só vemos a vastidão da escuridão que habita em nós.
Uma escuridão que por muitas vezes tentamos ocultar, mas não adianta ocultar, ela vai estar lá, vai te acompanhar até o fim dos seus dias.
Sim, a escuridão é a ausência de luz, alguns podem achar isso algo ruim, mas nem sempre a luz é boa, a luz excessiva cega, a escuridão lhe traz a reflexão do seu eu, onde o ego se encontra com o desespero.
Somos incógnitas tentando ser notórios, numa eterna briga interna. Onde luz e escuridão se encontram para tomar uma dose de whisky.
E enquanto isso tudo acontece aqui dentro, eu observo o reflexo nesse vidro.
Texto: Tatiana Corrêa ©️
"Então, a névoa obscura, cuja densidade ofuscava a lua em meio às nuvens, se sobrepôs sobre sua cabeça enquanto contemplava o celestial, e o coração dele não se continha mais em seu peito, aquele sentimento de inquietude que pairava em seu interior como um beija-flor que arduamente sugava seu coração como o pólen de uma flor, exalavam reflexões contínuas sobre sua amada, tornando-o melindroso, e ele, sentindo-se imerso e submerso em sua própria introspecção, enxergava no horizonte o brilho das falsas estrelas da lucidez. E tomado pela tormenta dessa mistura, eis que percebeu que seu interior espelhava seu exterior, pois tudo que ali estava ao seu redor, continha um pedacinho de memória da sua amada, e mal terminou o raciocínio quando, de repente, o céu lhe pareceu melancólico: chorava a chuva, engasgava o trovão, suspirava o vento, e ele percebeu que tempestade ocorria naquele momento, não lá fora, mas ali dentro. E o algoz daquela brisa invasiva chamava-se: Saudade."
PÁLIDA À LUZ DA SOLIDÃO SOMBRIA
Pálida à luz da solidão sombria
como a dor na alma dilacerada
sobre o leito de ilusão reclinada
a amargura e uma paixão fria
A satisfação que na perca jazia
e pela melancolia era embalada
a ruína e alegria embalsamada
no desprezo e, na beira dormia
Prantos, e as noites palpitando
gosto amargo no peito abrindo
os olhos esverdeados chorando
Não rias de mim, sentir infindo:
por ti – o amor busquei amando
por ti – na teimosia eu vou indo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Setembro, 2020 – Triângulo Mineiro
Nunca soube o que era a solidão ou a tristeza, sempre fui uma garota feliz e muito bem resolvida. Mas é como dizem, a vida não é um mar de rosas! Eu entendo que passarei dificuldades, mas queria ser apoiada. E se não posso contar com minha própria família, com quem poderei contar? Tá tudo tão confuso, não me reconheço mais. “Aquela garotinha gentil e paciente, onde ela está?” “O que aconteceu com ela?“ São perguntas que sempre fazem sobre mim, mas nunca fizeram a pergunta certa: “Você está bem?” “Por que você está assim?”. Talvez se tivessem feito a pergunta certa, entenderiam a resposta
Os céus das minhas noites
Tem mais noites que estrelas
Às vezes as estrelas do meu céu
Deslizam pelo breu da noite
e se afogam no mar
São estrelas cadentes
metamórficas
Passageiras
Levam consigo a luz
Deixam rastros de poeira
Então eu fecho os meus olhos
por puro medo do escuro
e no escuro
rezo uma prece as três Marias virgens
É madrugada profunda
o vento das relvas bafeja
como se chamasse pelos guardiões da noite.
Meu peito é tácito e meus pulsos trepidam
Meus olhos são vaga-lumes encandecidos pelos faróis dos portos
Nenhuma luz trasmontana
Nenhuma estrela fugaz
Tudo é silêncio, escuridão e vazio.
Acenderei mil velas e farei penitências
Queimarei meus lábios com vinagre e abrirei meu peito
com mil navalhas.
Meus olhos arrancarei e atirarei aos corvos.
Eloi! Eloi! Derramei uma lágrima de meu sangue impuro sobre o pó da estrada.
Eloi! Não vejo tua face.
Cuspirei no chão, farei lodo e cobrirei minhas chagas.
Eloi! Meu peito inflama e minha alma abrasa.
Eloí, Eloí, lemá sabaktani?
Sempre me perguntei o que era a solidão.
Nunca obtive uma resposta através dos outros,até que um dia em minha cama sozinha no meu quarto apenas observando a escuridão no meu quarto foi que me dei conta.
O que senti olhando aquela vasta escuridão e vazio no meu quarto foi o que me realmente me mostrou que naquele momento, naquele exato momento ali o que eu estava sentido era a solidão,e eu já havia a sentido em vários momentos e lugares,não apenas lugares vários e escuros,mas também lugares lotados e cheios de pessoas,a solidão e algo que nos carregamos no coração e somente nos podemos fazer ela ir embora,e não um objeto ou amigo.
POESIA COMPLETA
TÍTULO: OUTRO TEMPO
AUTOR: SAMUEL THORN
Não tenho um lugar para ir!
Quase tudo deixou de existir.
Apenas ficaram as vozes
Desta escuridão
Olho para todos os lados,
Só vejo um grande vazio.
Parece que estou no meio
Desse mundo carecido
O Sol já não existe.
Só vejo o vulto da lua.
Não existe nada ao meu redor.
Apenas a noite soturna
Desejo muito a solução,
Mas até ela foi embora.
Vou seguir sem direção
No meio dessa escuridão
Solidão; relaxante mais também muito perigosa, aparti do momento que você percebe como e bom estar sozinho você não consegue mais se "socializar" tudo lhe irrita tudo lhe incomoda, quanto mais sozinho você fica, mais relaxante você acha e mais sozinho você vai querer estar, isso é extremamente relaxante e perigoso....
Luz Obscura
Que Clareia a escuridão
E da alma mais pura
Paira em mim a Solidão
Nos meus lábios, tocam o nada
Em Muitos morbidos a satisfação
E a luxúria destes saciada
Prevalece o vazio em meu profano coração
Aprendi o ódio com o amor
A loucura inválida
Filho da noite eu sou
Em minha face a figura pálida
Negro Interior
Frestas de luz
Minha inferioridade Superior
Que as trevas me conduz
Amor, solidão.
Em uma estrada escura, sombria, um homem caminhava em rumo a uma casa, chegando La bateu na porta e chamou:
-Alguém em casa?
Uma mulher apareceu na porta e disse:
- o que queres meu senhor?
- estou sozinho, não tenho onde ficar esta noite, minha casa e muito longe, não tenho como chegar La tão rápido, se a senhora puder arrumar um cantinho em sua casa pra me passar a noite eu serei eternamente grato!
- sim! E claro que tem entre, por favor!
A noite passou! No dia seguinte quando o homem ia embora a sujeita bondosa perguntou:
- qual o seu nome meu caro amigo?
- meu nome e aquele que muitos conhecem, mas poucos dão valor, sou aquele que muitos dizem ter, mais pouco sabe cuidar de mim, sou aquele que muitos usam com falsidade, mais poucos usam na verdade. Resumindo meu nome e amor.
- mas onde e a sua casa?
-minha casa e onde as pessoas me deixam entrar, vou de porta em porta pedindo pra ficar, poucos deixam, mais os que deixam sempre são felizes, são os que me conhecem e dão valor a mim. Você e uma pessoa que merece toda felicidade do mundo, pois me ajudou quando eu precisei. Mas ainda não sei o seu nome minha senhora?
A mulher bondosa cujo nome ainda era oculto, escorrendo lagrimas nos olhos disse!
- não sei se você percebeu mais minha casa e em um lugar, solitário, escuro, moro sozinha, ninguém me visita, vivo nos cantos, sabe por quê? Porque sou aquela que fica onde você passa, fica por alguns dias e vai embora, deixando a pessoa arrasada, sem rumo, sem coragem pra viver, eu fico com essas pessoas, sofrendo com elas, meu nome e solidão.
Mais a real não e culpa do amor, ele vem ate a pessoa cultiva a semente do amor e vai embora, agora cabe a pessoa que diz ta amando regar aquele broto todos os dias para que ele não morra e de lugar a semente da solidão.
“Se você ta amando não esqueça a solidão e prima primeira da morte “
Conte-me sobre a forma da noite escura
Na solidão do apartamento sombrio e
estranho
Ironia ouço uma canção de amor
que parece anunciar uma profecia ...
É o hora da partida..
Diga-me uma história de separação,
A amargura da harmonia perdida.
Como se já sentindo saudades no adeus
O Sufoco, agonia ...
..
Calcificados passos
Paranoia obscurecida, solidão meio a multidão,
sombras e traças a corroer minhas vestes,
vestido de negro, remedi-o o medo...
Vão figurinhas desfiguradas, pessoas me chamam,
pelo nome, não sei, onde estou, donde vem,
choramingo nas estradas, seguem revoos...
Sou um sopro de vida, decorrida das réstias,
bramei-a, e, seca chuva em seus pingos deliras,
não se importa com os céus, perdido sonho á esmo...
A solidão entorpece o coração, escurece a mente e faz a alma vagar sem rumo dentro desse mundo sombrio chamado desilusão que criamos dentro de nós.
Solidão
A solidão me assombra.
Vejo sua sombra
Na escuridão da minha
Triste existência.
Ela daninha
Persiste sem evidências
A me condenar no degredo
De sua amarga clausura.
Tenho um medo
Que se propaga
Cada vez mais
De não haver cura,
De não poder ver
A outra parte dessa
Figura chamada 'amor'.
Mas, o meu cenho
Com sua arte, engenho
E humor bem disfarça
A dor que me vem e trespassa,
Beirando ao imenso pavor.
Beijando intenso
O calor dos meus lábios
Com sua hábil frieza
Para a tristeza de todo
O meu Ser amante.
Me deixe viver
Por um momento,
Um breve instante,
Nem que de leve
Esse sentimento
Inebriante.
Quero ofegante
Andar de mãos dadas
Sem falar quase nada,
Com a ilusão da paixão.
A solidão me tortura
E a depressão parece
Sem cura, indo e vindo
Quando lhe convém.
Não há prece a Ninguém.
Somente chorando alivia
As angústias de assim viver
Em agonia, por demais desolado.
Mas não mais tenho chorado.
Apenas desenho letras tristes
De se ver, de se ler, elétras,
Cheias de energias dessa feia
Melancolia que em mim existe.
Na quietude do vazio, eu sinto a solidão,
Um eco solitário, uma sombra na escuridão.
Palavras ecoam sem resposta, o coração anseia,
Um anseio por conexão, uma busca pela ideia.
Caminho solitário pelas estradas do pensamento,
A solidão me envolve, um sentimento lento.
No silêncio das horas, meu ser busca companhia,
Um toque de empatia, uma luz que me guia.
Mas na solidão também encontro espaço para crescer,
Explorando meu mundo interior, aprendendo a compreender.
É uma jornada solitária, mas não sem valor,
Pois é na solidão que descubro meu próprio clamor.
Assim, abraço a solidão como parte do meu ser,
Uma oportunidade de reflexão, de me conhecer.
E enquanto busco conexões que possam me abraçar,
A solidão continua a me ensinar e a me transformar.