Vampiros e a Solidão
Quando sopraram minha luz...imaginei a infinita escuridão de solidão, mas sem esperar a brasa se ascendeu...aquecendo o coração meu! Sorri e senti o amor incondicional do calor de quem és sol.
A vela acessa pra direcionar
O sol aquecendo pra revigorar
Em infinitas possibilidades de criar.
Na tapeçaria noturna, onde os ecos da solidão bordam silhuetas obscuras, cada fio entrelaça-se com a sombra sutil do isolamento. Caminho por corredores de pensamento, onde as paredes são adornadas com retratos de reflexão e introspecção, guardando no âmago uma melancolia elegante. O silêncio é meu companheiro constante, um confidente que escuta sem interromper, que observa sem julgar.
A solidão, essa dama enigmática, dança ao redor, seus véus sussurrantes tecendo a fria beleza de sua presença inescapável. Ela me ensina a linguagem dos não ditos, as sutilezas das pausas entre palavras, onde o verdadeiro significado muitas vezes se esconde. Em sua companhia, aprendo o valor da autocontemplação, do mergulho profundo nas águas tranquilas do próprio ser.
A sofisticação da solidão não reside na dor que pode infligir, mas na clareza que oferece, um espelho implacável revelando quem verdadeiramente somos quando despidos das distrações do mundo externo. É no reino do silêncio que as verdades mais profundas são sussurradas, onde os segredos mais guardados são revelados ao coração que sabe ouvir.
Assim, enquanto me deleito na austera elegância deste isolamento, reconheço que a solidão, com sua presença tanto austera quanto instrutiva, não é meramente um vazio a ser temido, mas um espaço sagrado de crescimento e descoberta pessoal. Com ela, sou tanto o escultor quanto a escultura, moldado pela quietude, revelado na tranquilidade de um mundo que se cala para que eu possa verdadeiramente falar.
Em meio à escuridão que me envolvia, à tristeza que me oprimia e à solidão que me acompanhava, eu despertei para a minha própria importância. Pois, naquele momento, percebi que ninguém estava lá para me salvar, apenas eu mesmo.
A VOZ DA SOLIDÃO
No vão da noite sombria, deserta
Tão silenciosa, envolta em arrelia
O repouso torna a cena irrequieta
Em um tenso sussurro de agonia
A enodoada alta noite terrificante
Povoada de uma vontade, irradia
Aperto, onde não há o que cante
Nem o poema sem a melancolia
Na treva da escuridão a coruja pia
Rompendo o vazio no tom dolente
Tal um cântico de acerba sensação
O pensamento da gente silencia
O coração arrepia tão vorazmente
E, merencória fala a voz da solidão.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 abril, 2024, 13’58” – Araguari, MG
ASSOMBRAÇÃO
Tenho uma solidão, tapera sombria
Assombrada, de sonhos penitentes
Onde anda a ilusão tristonha e fria
Na saudade, poetando os ausentes
E no vazio, a alma sem doce poesia
Tal paz duma sepultura, os poentes
Sois, num entardecer de melancolia
Tatalam as mãos, olhar e os dentes
No silêncio o ranger da imaginação
Pelos cantos os vultos em prantos
Das lembranças, tal qual fiel serva
Que invadem as órbitas da emoção
Soturnos fantasmas e, quebrantos
Segregando o espírito na tênia treva
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
RONDA SILENCIOSA
Solidão cerrada, aquietada, escura
Afora a janela, o cerrado tão calado
Na imensidade do céu não fulgura
Um só brado, um ermo imaculado
Cá dentro, a mudez flébil murmura
E a melancolia no vento é fustigado
Escoriando a alma, áspera candura
Em um rasgar do silêncio denodado
Ecoa surdamente sôfrega bofetada
De escora frouxa, completamente
Aflando ali a apertura tão abafada
E, a letargia, assim, vorazmente
Faz tácitos claustros de morada
Em ronda silenciosa, lentamente
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 5 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando
A amizade é a luz que dissipa as sombras da solidão. É na presença de um amigo que descobrimos que a vida, por mais desafiadora que seja, nunca precisa ser vivida sozinha.
Há momentos que o mundo parece cair em cima de nós...tudo fica escuro, frio. Bate solidão, desespero...parece que toda a humanidade partiu para outro planeta, galáxia...ficamos só, para escrever o final da história.
A solidão traz muitos fantasmas de volta a vida. No escuro de uma noite congelante e sozinho, os vultos atravessam as paredes do quarto e do meu corpo. A solidão não me tira nada mais, muito apressada, ela me tirou tudo de uma única vez. Hoje ela e eu nos olhamos olho a olho e ela se foi. Finalmente entendeu sua inutilidade para mim
A Canção Silenciosa da Solidão
Na vastidão da noite, onde as sombras dançam,
A solidão se aninha, um abraço frio e denso.
Um eco silencioso, uma melodia triste,
Que ressoa na alma, um lamento persistente.
No vazio do quarto, as paredes sussurram,
Histórias não contadas, segredos que se acumulam.
O coração anseia por um toque, um olhar,
Mas encontra apenas o reflexo de um vazio sem fim.
As lágrimas caem, como pérolas noturnas,
Iluminando o caminho da dor e da angústia.
A alma se curva, sob o peso da ausência,
E a solidão se torna a única companhia.
Na escuridão da noite, a esperança se esvai,
E a solidão reina, um manto de melancolia.
Mas, no silêncio profundo, uma voz sussurra,
Que a solidão é apenas um capítulo, não o fim da história.
Pois, mesmo na escuridão mais densa,
A luz da esperança ainda pode brilhar.
E, no tempo certo, a solidão se dissipará,
Como a névoa da manhã, revelando um novo amanhecer.
O amor é luz na escuridão
Bálsamo que cura a dor e a solidão
Alquimia divina que transforma o coração
Elevando-nos ao alto, em busca de redenção
O amor, sublime das canções
É a matéria-prima dos trovadores
Chama que arde em nossos corações
Nos faz acreditar em impossíveis amores.
Assim, é nas rimas de um soneto singelo
Que manifesto minha gratidão ao amor
Por tê-lo em minha vida como um elo
Unindo sentimentos em sintonia e fervor
Que seja sempre presente noite e dia
O amor, fonte de paz e harmonia
SOLIDÃO
-Te amei no escuro, onde não pude ver seu rosto
-Te amei no silêncio, onde não pude ouvir a sua voz
-Te amei no passado, onde pude me lembrar de você...
Não abandone a sombra na solidão da estrada deserta, asile ampare gasalhe no calor de você até que ambos se fundam.
#Quem Eu Sou
Meu nome é solidão
Sou eu quem veio da escuridão
Com planos de iluminar o escuro
Hoje vejo que é impossível quem sabe no futuro
Quem eu sou
Sou o ar
O ar que você precisa para respirar
Num lugar sem oxigênio
Sou a paz num lugar tão cruel
Onde não há paz
Quem sou eu
Sou um poeta da tristeza
Uma pessoa que não sabe o que é ser nobre
E mesmo assim opta pela nobreza
Quem Sou eu
Eu sou um poeta tão triste
Um poeta que viu sua felicidade sendo levada
E o pior foi não poder fazer nada
#PrimeiroMcPoeta
"A face do amor"
Hoje as chamas nos chamam
Luz e a escuridão
Amor e a solidão
Tão complementares quanto o meu e o seu coração
Feliz ou Triste?
Se eu disser Feliz
Você irá partir o meu coração
Se eu disser triste
Você irá deixar-me na solidão
A face do amor
Amor tão dolorido
Em mundos sem cor tão colorido
O vermelho sobre a parede e o telhado
O meu coração tão quente e tão molhado
Dor por dentro
E fingindo amar por fora
Solidão se tornando em paixão
Mas a ilusão nunca deixará de me prender nessa ficção
Últimopensador
Não sei por quê mais a escuridão me traz paz, acalenta meu coração, mas ao mesmo tempo me da solidão.