Vamos Tentar
Não adianta tentar mudar, eu sou assim. Valorizo o verdadeiro, acredito no amor, desacredito no perfeito, descarto o falso e guardo comigo tudo que me faz feliz.
Neste exato momento comunico em definitivo a minha desistência em sonhar:
Desisto de tentar;
Desisto de lutar;
Desisto da oportunidade da felicidade;
Desisto de fazer com que o hoje seja realmente “presente”;
Desisto de me apaixonar;
Desisto de surpreender;
Desisto de conquistar;
Desisto do ser humano;
Desisto da sinceridade;
Desisto de imaginar o amanhã.
Só assim, me tornarei realmente covarde:
Covardia que me impeça de tentar e não conseguir;
Covardia que me impeça de lutar e perder;
Covardia que me afaste da oportunidade da felicidade que não acontece;
Covardia que me mantenha na realidade;
Covardia que me faça viver apenas o hoje, sendo somente hoje;
Covardia que me faça ser realista e fria, a paixão está fora de moda;
Covardia que me acomode no básico;
Covardia que me impeça de tentar e não conquistar;
Covardia que me atraia para o material, e somente isso;
Covardia que me faça superficial;
Covardia que me mostre que o amanhã será hoje e assim sempre será, ele não vem;
E com isso e muito mais,
Não ousarei a felicidade plena,
Aprenderei a ser feliz com apenas o que o destino me guarda,
E aguardei serena e covardemente, que o vento sopre, que a chuva caia, que o sol ilumine, torcendo para que a lua seja sempre minguante frustrando boêmios e tolos apaixonados...
Só assim, pelo menos se não der certo, não me desgastei em tentar... e principalmente, jamais direi que perdi!
Só não desistirei da vida,
Pois chegará o momento que verei a derrota nos olhos daqueles
Que se acovardaram e desistiram antes de mim!
Tentar dominar o parceiro com medo da perda, só faz com que ele se afaste ainda mais. Esse é outro grande desafio da arte de amar: lidar com a possibilidade da perda, sem dominar o outro.
"A função geral dos sonhos é tentar reestabelecer a nossa balança psicológica, produzindo um material onírico que reconstitui, de maneira sutil, o equilíbrio psíquico total. É ao que chamo função complementar (ou compensatória) dos sonhos na nossa constituição psíquica."
Péssima mania
Tenho mania de tentar mudar as minhas manias. Implico com meu hábito de falar tudo que me vem à cabeça, detesto não conseguir segurar o choro ou as gargalhadas e simplesmente abomino a idéia de sentir ciúmes. Muitas vezes antes de dormir fecho os olhos e peço insistentemente para deixar de viver tudo de forma tão exagerada. Peço para sentir menos, sofrer menos. Adivinha? Em vão.
Só eu sei o quanto eu gostaria de ouvir alguém pedindo opinião e não dar logo meu pitaco. Queria ver alguma situação ridícula sem me indignar e soltar meu discurso. Queria não me empolgar tanto quando vejo ou faço algo que me deixa feliz, animada. Queria controlar o meu jeito de gargalhar compulsivamente quando alguém faz gracinha em lugares onde a gente pode (quase) tudo menos rir. Certamente eu iria evitar uma série de constrangimentos e confusões.
Se eu pudesse mudar algo em mim, pediria que a minha versão revista e ampliada viesse com um coração menos mole, dramático, tolo. Queria que as lágrimas não escorressem pelo meu rosto quando vejo alguém chorar, queria não me sentir como se estivesse morrendo por dentro quando sei que mesmo sem querer uma pessoa está triste por minha culpa. Queria não me machucar com tanta facilidade e também nunca magoar as pessoas que são especiais para mim, por mais que eu tenha consciência de que não sou nada perfeita.
Mas se eu tivesse apenas um pedido a fazer, gostaria de ser mais segura. Queria não sentir ciúme ou medo de ficar longe de quem eu amo. Já perdi as contas de quantas vezes li por aí que devemos deixar quem amamos em liberdade. Se realmente é para ser nosso, vai voltar, nunca foi ou deixará de ser. Dizem que é um peso muito grande para uma pessoa ser a razão de viver de outra e que nunca, sob hipótese alguma, devemos delegar essa carga a alguém. Entretanto, como também tenho a mania de não acreditar em tudo que eu leio ou escuto, penso um pouco diferente. Sinto diferente.
Para mim soa comodista o discurso de que haja o que houver tudo vai permanecer igual. Acredito que as coisas podem ficar da melhor maneira desde que eu faça a minha parte, aliás desde que todos os envolvidos façam as suas. Tampouco me assusta a idéia de ser a maior motivação da vida de uma pessoa. Claro que é uma enorme responsabilidade, mas que devemos abraçar com todo o coração, porque não é um pedido, mas uma necessidade. É um sentimento recíproco, chama-se amor.
Se não fosse pedir demais, também adoraria perder a minha péssima mania de chorar sempre que você olha fundo nos meus olhos e diz que sua vida já não tem sentido longe de mim. Queria conseguir dizer que eu sinto o mesmo sem antes ter que pedir um minutinho.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Nota: Trecho do texto "Quase", escrito por Sarah Westphal, mas muitas vezes atribuído a Luís Fernando Veríssimo
...MaisAo deixar de ser quem você é, na mera ilusão de tentar agradar os outros, você passa a ser escravo da vontade alheia. Amar é permitir que a outra pessoa saiba de VERDADE com quem esta lidando.
[...] Ninguém é de fato inteiramente bom.
Pelo menos é o que eu acho.
Tentar ser bom, ou ao menos tentar não ser mau,
provavelmente é o mais perto que conseguimos chegar.
Há grande diferença entre INSISTIR e NÃO DESISTIR. INSISTIR é tentar, teimando. NÃO DESISITR é tentar, mudando!
Por que não perdoo traição? Simples. Errar é humano, porém errar é tentar fazer algo certo e o resultado sair errado. Traição não é um erro, é uma escolha, pois, quando o fez, já sabia que o resultado estava errado, logo, não se tentou fazer o certo. Nesse caso cabe a Deus perdoar. Quem o fez simplesmente não deu valor na chance que teve pra ser feliz.
A gente cansa: a gente cansa de tentar, de fingir que tudo está de acordo. A gente cansa de agradar às pessoas e sorrir para que tudo pareça estar normal. A gente cansa, e chega um momento que você passa a não se importar com mais nada. Não se importa mais com o que vão pensar e nem mesmo com o que sentem. Porque cansamos de insistir no que nos fere.
Tem coisa que não volta, por mais que a gente queira. Você pode até tentar voltar o disco, repetir a música, insistir na letra, cantar o mesmo refrão por mil e um minutos, fechar os olhos. Tem sentimento que não volta. Mesmo que você se esforce, recorde, tente voltar a página, refrescar o coração. Alguns sentimentos são bem pontuais: chegam, esperam pra ver se devem ficar e decidem partir ou continuar.
Durante muito tempo me cobrei demais. Meu exercício diário é tentar relaxar, soltar os ombros. Quem me conhece sabe que não relaxo nunca. Vivo tensa, vivo querendo que tudo caminhe bem, dê certo, quero controlar tudo e muitas vezes perco o controle da minha própria vida (..) Quando deito na cama já começo a pensar em tudo que preciso fazer no dia seguinte. (…) Tem muita gente com energia ruim que fica tentando sugar nossa paz. Parece simples e básico, mas não é. Procuro lembrar disso diariamente: gasta energia no que realmente vale a pena e merece.
O medo de tentar viver um novo amor só destrói o coração de quem realmente está disposto a te amar e te respeitar por toda vida.
O amor é bom para os que aguentam a sobrecarga psíquica. É como tentar carregar uma lata de lixo abarrotada nas costas, nadando contra a correnteza num rio de mijo.