Valores
Um mercado é insólito permissivo e especulativo desonesto, quando o atual valor atribuído a um bem é menor que a soma dos valores dos materiais empregados, adquiridos hoje.
Envergonho me por viver neste tempo utilitário, sem ética, sem moral, sem princípios familiares, sem honestidade, sem temor a justiça dos homens e a de Deus. Tempo de declino de humanidades, falência da sociedade e lendas marginais, subjugadas impunes passam a mais valer.
A maior gloria dos vencedores é sempre respeitar e não retaliar o oponente perdedor. Distante disto não há vencedor e todos os lados, muito perdem.
Em qualquer exercito do mundo, um Coronel que aceita e responde uma indagação feita a ele como General sem fazer a devida correção. Não passa de um militar equivocado e deveria estar abaixo da patente de soldado.
Parece me que a ingratidão é o mais injusto defeito da humanidade. Tenho por habito, um grave defeito desde muito cedo. Ser generoso e atencioso, quando um amigo está por baixo, dou lhe todo meu carinho, apoio, valores e abrigo, na triste certeza infalível, que quando tudo passar, e ele melhorar terei conquistado mais um grande inimigo.
Eu não acredito no Estado, nas Politicas Cambiais e nem no Sistema Financeiro. O único meio verdadeiro gerador de renda é o trabalho e a ele devemos dedicar o maior tempo hábil possível, quando se está bem, todos os dias.
Os homens de honra vivem seguros pela suas próprias escolhas, agradecem a Deus por tudo em sua vida e nunca fogem de sua verdade.
O Brasil atravessa nos últimos anos uma crise ética, moral, social e familiar, sem precedentes, todos os valores institucionais sobre o bem e o mal, do certo e do errado ficaram a mercê do hoje, do dinheiro e da falsa e fugaz felicidade. Como agravante para piorar, a liberdade refém do farto consumo.
A liberdade e a independência não chegam de graça a ninguém, custam caro. Costumo pagar altas parcelas por elas, todos os dias.
O sonho rentável não tem valor algum, pois os mais valiosos são sempre os generosos muito além de todos os valores materiais.
Antes dito e hoje feito. O mercado de arte contemporâneo brasileiro, resinifica se e hipervaloriza obras e artesanatos caboclos, indígenas e de artistas ingênuos. Reconhecendo como o mais valoroso na arte e na genuína cultura brasileira.
O mundo contemporâneo, é um momento histórico da quebra do bem e do bom, baseados filosoficamente em antigos valores, fundamentos pela razão e dos questionamentos existenciais. Da mesma forma aliena se o papel individual de cada um para melhoria do todo na sociedade. Vive se a perda gradativa hegemônica dos tradicionais princípios liberais naturais, colocando a força politica não representativa na manipulação de resultados e a movimentação social baseadas muito mais no lucro, mesmo que imoral de todo o poder financeiro, afastando se por completo do que nos tornaria ter melhores índices de humanidade, diversidade e liberdade.
Quanto mais generoso, sábio, bom e iluminado um espirito é nesta dimensão, mais mesquinhez, ignorância, mau e sombrio ele atrai para si em sua existência. Como se o inverso fosse a auto-afirmação persistente de tudo que não vive.
Pelo analfabetismo crescente do Mercado de Arte brasileiro, costumam aparecer varias oportunidades. Pois na verdade, sabe se que nem tudo que é muito importante para uma cultura, tem que ter um valor muito elevado.
A falta de valor das pequenas conquistas verdadeiras, fomentam os abismos da insatisfação e os desesperos frente as camuflagens das aparências e todo mega mundo midiático de sucesso imaginário.
Não existe na historia da arte universal, a menor relação entre o preço comercializado originalmente e o valor criativo de uma impar obra de arte que se destacará como uma obra prima para toda eternidade.
Costumamos dizer que estamos em casa ou que vamos para casa, ao invés de dizer que estamos no lar ou que vamos para o lar. A casa faz-se de tijolo e cimento, o lar faz-se de princípios e de valores morais.