Valente
Levo minh'alma pra dançar contigo
Cada vez que te imagino puro
Que te quero duro
Recostado na maciez do meu sorriso enebriado
Depois
Banho meu corpo com muito cuidado
Pra não apagar as marcas que tu imprimes em mim
Ao me afagar de longe
Esquece
Tua face pálida, tua melancolia cálida
E dança comigo?
Teus dias mal passados
Teus poucos momentos alados
e dança comigo?
Esquece
tua aflição e dor
Agonia e solidão
Pega na minha mão
Dança comigo?
VERMELHO
No vermelho complexo das tuas rimas
Desbravei mares
Conheci lares, escalei montes
Dancei nos teus versos, sorvi tua fonte
Arrepiei o plexo e me prendi a ti.
Me cortou com a faca
Mostrou que o amor do poeta fecunda com sangue
Teu poema vermelho me fez concordar...
É...
Um barco grande, deslizando com força
Também faz carinho no mar.
ESPIRAIS
Somos dois espirais
Que se formaram já faz tempo
Vamos rodando, desprezando fragmentos
Do que deveríamos ser e não somos.
Quando giramos
Gira junto o universo
Cíclico,cínico, submerso
Na imensidão do que fomos
Roda pra esquerda
Que eu me defendo e rodo em sentido contrário
Lutando contra as fagulhas
Que desprendo quando encosto em você.
Rodo um "eu" híbrido
Metade focada na lua
Metade jogando na rua
Pedaços de mim que você nunca crê.
Na insensatez despida dos poetas
No desequilibrio tolo dos sensíveis
Te encontrei
Me encantei por teus anseios híbridos
Me alimentei dos teus olhinhos tímidos
E gritei
Gritei calada em cada verso que escrevi
Loucura vã...
De me fazer ouvir.
No jardim dos teus olhos sou flôr rara
Sou jóia cara nos porões do teu ser
Sua deusa, seu ar, a luz que pretendes ter
Eu aqui imóvel,longe
Sem saber que rumo tomo
Sem saber achar meu prumo
Sou devassa, me entrego a ti
Sou casta, minha mão me basta!
SEMPRE
Quero você assim
Risonho, claro
Homem raro
Quero um querubim
Quero você sempre em mim
Em cima, embaixo
Qualquer lugar bem perto
Num vai-e-vem sem fim
Deita, recosta, toma pra ti o que é teu
Bate, maltrata, xinga
Pra que serve o amor se ele nunca doeu?
Agora você é meu
Vou transformar seu mundo
Tragar você num segundo
Como faço com minha verdade, ainda que tardia
Transformo tudo em poesia.
REPARTINDO OS BENS
Deixo pra você, não discos nem livros
Nunca dividimos nada físico..
Deixo pra você, não cabides vazios
Nem espaço na cama...
É tudo teu...
Pega pra você os sorrisos que eu te dei
O tempo que eu dediquei...
Leva..é tudo teu!
Fica com meus olhares, minhas caretas
Leva...eram teus mesmo.Não dava pra mais ninguém...
Só queria que você me devolvesse meus arrepios..aqueles, que sentia quando você chegava.Estão com você? Não sei realmente onde os perdi...
Comigo, aqui, seu,ficou só tua alegria, tuas bobagens; Mas já te aviso que não vou devolver
Ainda me fazem falta.
Ah! O teu silêncio ta aqui tambem.Uso ele todo dia pra esquecer você...
Sem beijos,sem medos, sem nada...
Faz assim...vai seguindo o fiozinho
Que vai dar no ninho
Que preparei pra ti
Faz bem de levinho
Que é devagarinho
Que se chega breve...
Faz só um segundo
Que eu te dou o mundo
Na ponta da língua
Vem do teu jeitinho
Que é pra você ver
Como isso tudo vinga...
Tenha medo não
Dá aqui tua mão
Que eu te ensino o caminho
Se eu to aqui contigo
Por que você insiste
Em fazer sozinho?
Segue o fiozinho
Que ele é o caminho
Da felicidade
Se a gente tem carinho
Por acaso, diz
Isso parece maldade?
A gente não tem tempo
Nem idade e o vento
É quem sabe a resposta
Se encosta aqui benzinho
Que eu sei direitinho
Do que você gosta....
Segue o fiozinho que ele te mostra
Ta?
No fio da faca eu afio meus medos
Enfio estacas, alicerço os segredos
Construo muros de seda tal qual camisola
E nos teus dedos minha alma rebola
Se sou brinquedo me guarda direito
Os meus defeitos, não conte a ninguém
Meu corpo suado,teu nome tatuado
Teu cheiro cravado no meu misturado
São teus por direito,não dou a ninguém
E se por ventura, faltar a candura
Duvidar da pureza que em mim você tem
Procura ai dentro, meu nome gravado
Com o fio da faca , com o lado do corte
Antes da nossa morte,por acaso, por um triz
Você vai me achar inteira, como ferida curada
Em forma de cicatriz.
Cada vez mais quando envelhecemos vamos nos conhecendo melhor e nossos limites e isso ajuda também a avaliar melhor as críticas e palpites ....
O Perdão é um santo remédio e o mais favorecido é quem aprende a reconhecer seus erros , dialogar e não ignorar o que fez ,tem pessoas que ofendem ,agridem e depois de um tempo vem falar com a outra pessoa como se nada tivesse acontecido e não pedem perdão, tem vergonha talvez,não tenha vergonha de pedir perdão, perdoe e Deus vai abrir seus caminhos e melhorar mais ainda seu coração
Não deixe que a decepção tire seu chão
Mine sua compreensão e acabe com seu coração,
bons sentimentos
Antes de tudo lembre de Deus !
Corre vai e faz uma boa oração !
Covardia...
Nos últimos dias tenho presenciado dois tipos de
covardia: do forte que se aproveita do fraco para
dele tirar proveito e, ao mesmo tempo deseja tirar
proveito de alguém mais forte que ele e não ousa
fazê-lo, por medo. Em nosso dia a dia encontramos
muita gente que é valente diante de um fraco, mas
se encolhe diante de quem é mais valente que ele.
A covardia seja em relação ao fraco seja em relação
a um mais forte é sinal de fraqueza de caráter.
O corajoso, mesmo tendo um físico frágil não
foge de nenhum e tenta garantir seus direitos
através de argumentos que poderão ou não ser
aceitos por seus adversários. Mas tenta.
Sejamos sempre essência, nunca
aparência, isso faz a diferença!
Sou talvez a visão que alguém
sonhou, alguém que veio ao
mundo pra me ver e que
nunca na vida me
encontrou. (¯*♥*¯)TEREZA(¯*♥*¯)
O Paraíso
Eu tenho um paraíso muito lindo
Além de ser lindo é infinito
Um paraíso sem fruta proibida
No meu paraíso a tristeza é proibida
Paraíso que nunca existiu
Um paraíso lindo e formoso
Este paraíso é...
Meu coração!
As crianças são os únicos filósofos valentes. E filósofos valentes são necessariamente crianças. E é exatamente assim, como as crianças, devemos sempre perguntar: e depois?
No raiar da alvorada no começo do roçado
Quando canta o zabelê tendo o dia começado
Me levantando da rede peço pra o nosso Senhor
Um dia de esperança na luta do sofredor
No sertão de terra seca tudo tem sua beleza
O valente pode ver mesmo não tendo certeza
Botar sentido na vida com o pouco que Deus dá
E lutar por quem precisa até a chuva voltar
QUATRO TIPOS DE CABRA
O fraco fica na escora
Pensando que não tem jeito
Pois não quer meter o peito
Nem fazer uso da espora
Parte do dia se escora
Fugindo da lida sua
Da verdade nua e crua
Que ninguém vem lhe ajudar
Ele que vá encarar
Botar a cara na rua
O covarde se espreme
Fugindo do que não viu
Se nada lhe atingiu
Vai vazando que nem creme
Até os joelhos treme
Verga que nem vara verde
A toda hora tem sede
Porque lhe seca a garganta
A acanhação é tanta
Que já se deita na rede
O astuto antecede
Procurando não errar
A ninguém quer aperrear
Fala que nada o sucede
Ao desatento precede
Porque ninguém lhe engana
Assovia e chupa cana
Mata a cobra e mostra o pau
Assume o leme da nau
Mostra a todos que é bacana
O valente quer vitória
Porque nada o detém
Sua bravura o mantém
Não dá a mão a palmatória
Tem força, mas tem memória
Lembra-se de quem caiu
A desilusão não viu
Porque luta pela vida
Não se escora na lida
E atrás do que é seu partiu.