Vale mais que uma Vida
A DOR DA SAUDADE
Um dia eu fui feliz, mas não percebi. Saí em busca da liberdade, foi aí que a perdi. Sentindo-me preso e angustiado eu quis voar alto. Sem pensar me joguei num abismo, foi apenas um salto. Lá encontrei prazeres, sorrisos e muita falsidade. À noite tem festas, encantos, mas também tem maldade. Perdi a família, amor, dinheiro e até a dignidade. E quando acordei já não tinha mais tempo, infelizmente era tarde. Não sei onde busquei, também nunca encontrei essa tal liberdade. Hoje vivo sozinho, doente, velhinho e com a dor da saudade.
Eu sou a flor que o vento jogou no chão
Mas ficou um galho
Pra outra flor brotar
Meu samba é a voz do povo
Se alguém gostou
Eu posso cantar de novo
Ver meus amigos "doutô" basta pra me sentir bem
Mas todos eles, quando ouvem um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
Um dia desse
Eu fui dançar lá em Pedreiras,
Na rua da Golada,
Eu gostei da brincadeira
Zé Cachangá era o tocador
Mas só tocava Pisa na fulô
A onda quebrou na praia
E voltou a correr no mar
Meu amor foi como a onda
E não voltou pra me beijar
Lá no sertão, quase ninguém tem estudo
Um ou outro que lá aprendeu ler
Mas tem homem capaz de fazer tudo, doutor
E antecipa o que vai acontecer
Rosa amarela quando murcha perde o cheiro
O amor é bandoleiro, pode inté custar dinheiro
É fulô que não tem cheiro e todo mundo quer cheirar
Às vezes, é necessário dar uma pausa, mas não pause por muito tempo! Falando em tempo... ele não pausa.
O tempo voa e ele não envelhece, as coisas ao redor envelhecem com o poder do tempo. O tempo cura, o tempo leva, o tempo cria mas o tempo destrói, o tempo deixa mágoas de um mundo onde éramos felizes quando criança, mas pode curar suas raízes, sendo essa raízes não boas, ele muda as coisas, transforma as coisas. Mas pare e lembra que só se vive uma vez, e tente ser melhor, aproveitar e ou parar de pensar demais por enquanto.
O amor é aquele tipo de sentimento que é assassino, pois por um momento, o coração assassina o cérebro.
Do que vale a inútil certeza de existir um amanhã,
se agrido e mato o vivo suspiro que se expressa no hoje!