Vale mais que uma Vida
Tem certeza que vale a pena você dar tudo de si em um trabalho que em troca de dinheiro sacrifica a sua saúde mental?
A pergunta que não quer calar.
Ele vale o que te dói? Talvez seja o momento de resignificar, de dar novo significado a vida. Aproveitar o aqui agora. Lembrar que tudo acontece em tempo real.
Não minta. Nada vale mais que a honestidade. Se isso não é suficiente para você, não minta porque a maioria das pessoas já sabe a verdade ou a descobre logo na sequência.
Não acreditamos que esta Terra é um vale de lágrimas em que o homem está condenado à destruição. Não achamos que a tragédia é nosso destino natural e não vivemos sempre temendo o desastre. Não pensamos no desastre enquanto não temos motivos específicos para esperá-lo, e, quando o encontramos, temos liberdade para combatê-lo. Não é a felicidade, mas o sofrimento, que consideramos antinatural. Não é o sucesso, e sim a calamidade, que consideramos a exceção anormal na vida humana.
O mundo é um bom lugar e vale a pena lutar por ele, e odeio ter que deixá-lo.
O rei Davi disse: ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei a mal algum.
Só se pode não temer esse tipo de "mal", quando se passa pelo vale da sombra da morte.
É o único meio para se saber se se está pronto para temê-lo ou não.
Aprenda que pouco vale mais do que muito, jamais corra atrás de pessoas que só lembram de você quando precisam de sua ajuda, as vezes precisamos pararmos de sermos idiotas, tome cuidado com pessoas tóxicas, elas fingem se importar com seus sentimentos ruins para se aproveitar disso e no final apunhalar você.
Tranquilize o seu coração, renove-se por dentro, fale sobre suas dores, sinta a grandeza da vida, silencie o que não agrega, agradeça as oportunidades para sorrir.
Tem Deus mais amoroso do que o Deus que me amou antes de eu O amá-lo? Vê se não vale a pena amar alguém que te ama tanto!
Não vale a pena você voltar atrás, o caminho pode ser o mesmo que se você seguir adiante e demandam o mesmo esforço. Persista!
Não se deixe levar pela péssima qualidade da foto, o que vale é a imagem e o sentimento envolvido nesse momento. Era um daqueles dias que tudo o que você mais quer é deitar na cama e descansar. Estávamos em meio ao furacão de um propósito de 28 dias cumprindo tarefas que fizessem de nós pessoas melhores.
Minha mãe era uma mulher como qualquer outra: tinha uma rotina, morava em um apartamento próprio quase na área rural de Porto Alegre, tinha meia dúzia de amigos e mais sonhos do que ela mesma poderia contar. Tinha também um cachorro feio e um emprego ruim. Está bem, a parte do cachorro feio podemos ignorar, para os olhos dela, ele era bonito (bem, eu também sou, aos olhos dela, então, ela não tem altos padrões de beleza).
Eu, se quer tinha uma vida. Não gostava de sonhar e nem imaginava que o amor ia além daquilo que eu já vivia. Meu coração não andava nada bem e eu havia perdido muito na vida, apesar de pouquíssima idade.
Cortei laços com minha família “fábrica” pois precisava crescer, sair do ciclo.
Em um dia como qualquer outro, Deus olhou para minha vida com a mesma misericórdia com que olhou para a vida da minha mãe e decidiu nos unir.
Desde o momento em que cheguei na vida dela, perdi as contas de quantas vezes ela me montou e desmontou em laços de amor, deixei de contar as tristezas e planejar meu futuro pelo dia de hoje. Ela trouxe a bagunça que só uma mãe que não gerou no útero pode trazer.
Ela tinha medo de errar, e por essa razão, errou muito. Errou mais do que deveria, mais do que poderia. Errou mais do que qualquer outra mãe erraria, errou por não ter recebido nenhum manual de instrução de como lidar comigo.
De tanto errar, começou a acertar. Acertou em todos os abraços, mimos, cheiros, beijos, zelos e cuidados. Me deu além do que eu merecia, além do que eu precisava e não me deixou crescer. Ainda não me deixa. Ela me quer por perto, tenho a impressão de que, de tão perto que ela me quer, provavelmente, se ela pudesse, me colocaria dentro dela. Me engoliria só para que eu estivesse tão perto dela que seríamos uma única pessoa.
Eu, errei pela idade, errei por temer, errei por conta dos outros, errei por culpa-la e errei por exigir demais. Errei em cada noite que não lhe dei um beijo antes de dormir, errei nas orações em que pedia a Deus para que ela fosse uma boa mãe para mim. Eu deveria era ter pedido para ser uma boa filha.
Até que, após vários anos, atravessando nossos vales mais extensos, decidimos acertar.
Oramos, choramos, passamos fome, contamos moedas para pagar a conta de energia, vendemos nossas coisas e mudamos de estado. Sem grana. Tomamos banho direto do cano pois não tínhamos chuveiro, dormimos no chão e quando tínhamos grana, decidimos não investir em nada, deixamos de comprar até mesmo um prato para comer. Ao invés disso, compramos umas passagens de avião e fomos para a Argentina. Trabalhamos, sorrimos, brincamos, fizemos amizades, erramos. Passeamos muito e comemos mais ainda.
Trabalhamos freneticamente, juntamos muita grana e construímos um sonho maior do que todos os sonhos. LIBERDADE.
Juntamos muita grana e jogamos fora. Recolhemos tudo, dissemos adeus e partimos. Outra vez. Acertamos, dessa vez.
Mudamos de país, adotamos uma gatinha rançosa e bipolar, compramos um carro mais velho que sobrevivente do Titanic e mais enferrujado que prego contaminado com tétano. Aprendi a dirigir.
Construímos uma casa dentro de um carro, moramos nela. Odiamos!
Viajamos por muitos lugares, comemos coisas diferentes. Coisas ruins e conversamos com gente boa. Boa demais. Fizemos família ao redor de muitos lugares.
Perdemos, ganhamos. Ficamos enlutadas, ficamos longe. Mas, o coração é como um imã com polaridades opostas, sou atraída pela energia gostosa que minha mãe tem, e ela pela minha.
Reconstruímos pontes, vivemos em família. Fomos família.
Reconstruímos, gastamos dinheiro, jogamos ele fora. Criamos laços, rompemos laços. Aprendemos coisas novas, bebemos até cair. Caímos de tanto beber. Compramos uma cachorra.
Mobiliamos a casa, pintamos tudo, equipamos e desfizemos tudo. Nos isolamos, crescemos, nos desafiamos.
Reconstruímos.