Vaidade
Lamentar-se pela vida dos outros é sentir-se superior a elas. Acharmos que podemos ajudar a todos e cuidarmos da vida de todos é vaidade e prepotência. Todos possuem interesses e também capacidades necessárias para conseguirem alcança-las. Não somos e nunca seremos tão úteis para os outros.
Os cargos são sombras, breves e fugazes,
Títulos, meros ecos que o tempo desfaz.
A posição social, uma máscara que desbota,
Mas a essência do ser, essa sempre ressoa.
No trato com os outros, revela-se nosso brasão,
Nos gestos de gentileza, no olhar que não engana,
Ali jaz o legado, verdadeiro e sem fim,
O que realmente importa, o que fica de mim.
Vaidade é o vento, que tudo leva sem pesar,
Cargos e títulos, ilusões a se dissipar.
Mas a essência do ser, essa sim vai perdurar,
Na memória de quem tocamos, o legado a se eternizar.
“Há homens inteligentes que desconhecem que são vaidosos; Existem pessoas simples que não sabem nem o que é isso; Sábio no entanto é quem luta contra esse mal humano”
Ney P. Batista
Oct/09/2021
Não sei se choro ou aguento
é tanta dor que carrego no peito
Ontem carregava apenas a dor da perda
hoje a perda me carrega, sei que isso incomoda.
São duas decisões que tenho que tomar
Não sei a quem poderei novamente amar,
Cuidavas de outro lado de mim
aos poucos estava acalmar a dor que esta em mim.
Mas, agora você sumiu,
levaste tudo que nos uniu
Levaste o Amor e força de poder continuar
Já não sei, paro ou continuo a caminhar?
Neste momento necessito de paz
mas me dar você já não será capaz.
Você foi uma força, que foi capaz de me acalmar,
Já não sei se é seguro na praia ou alto mar
Uns dizem que assim é a vida
e outro que sentem muito pela perda,
Não sei mais quem está certo,
As pessoas que amo estão sendo levadas pelo vento.
Estou tão triste e não sei o que fazer
O que virá depois já não sei se poderei entender.
Está me doer
É enorme o que está a me acontecer.
Leve também o Amor e o amado,
já não estarás mais aqui do meu lado
aquela voz de força e coragem se foi
é verdade por mais que ela dói
Ensina-me a viver sem sentir dor meu Senhor,
o que sinto agora é enorme
prefiro banhar com meu próprio suor
seja de fartura ou de fome,
Não consigo encarar esta triste realidade
A dor da perda é enorme, pensei que fosse vaidade,
mas não dá para partilhar
e nem sei mas a quem confiar,
tudo de bom estão a me tirar.
Eu só quero alguém para me consolar...
estou tão só.
Tragédia da Humanidade em Três Atos:
ATO 3:
Todos os homens sabem que o único alicerce capaz de sustentar qualquer empreendimento na vida é a verdade.
A maioria, porém, opta pela relativização, insensatez e a vaidade.
Assim, a soberba prevalece, o falso se estabelece e o caos aparece.
As soluções de Deus devem ser compreendidas espiritualmente, afinal quase sempre contrariam as expectativas humanas, pois não tem compromisso com vaidades, mas com seu próprio propósito eterno. Não busque entender, apenas aceite-as.
VIRTUOSO CINISMO
Muitos são incisivos
Sobre o que é preciso
Num conceito nocivo
Refletindo Narciso
Em vaidoso sorriso
Ao herói consumismo
Vão jogando no abismo
A virtude de amigo
Só pensando no umbigo
Egoísmo esculpido
Coração raquitismo
Em honesto otimismo
Não se julgue o cinismo.
Em organizações do "saber",
Um intercâmbio comercial se vê,
Como em artes marciais, começa-se,
Com o cinto branco a aparecer.
Mas logo, sem treino ou suor,
Vai-se à loja, cintos comprar,
Do branco ao negro, sem temor,
Sem a essência de aprender.
Um cinturão negro se ostenta,
Sem ter noção ou saber,
Só valida o ego que alimenta,
O ser sem verdade, só parecer.
Assim, nessa busca incessante,
De subir sem mérito, só poder,
Vê-se com títulos, sem a constante
Compreensão do ser, do viver.
O que deveria ser jornada,
De crescimento e de aprender,
Torna-se vaidade disfarçada,
Para ostentar sem merecer.
Num espaço dedicado ao cultivo do corpo e do espírito, surge um homem cuja alma anseia desvendar os mistérios do Karaté. Vestindo o cinto branco, emblema de pureza e iniciação, ele comparece aos treinos, embora o seu esforço seja tão efémero quanto a brisa fugaz.
Encantado não tanto pelo rigor do treino, mas pela camaradagem e pelas conversas pós-luta, regadas a cerveja, ele busca mais do que a maestria técnica: procura a camaradagem que tanto anseia, numa jornada onde o esforço parece ser um mero detalhe.
Entretanto, à medida que o tempo avança, ele percebe que o reconhecimento do mestre não lhe é concedido, não obstante a sua presença constante. Tal constatação desperta nele uma chama de insatisfação, alimentando a decisão de se desviar do caminho estabelecido.
Assim, unindo-se a outros de espírito semelhante, ele empreende a criação de um novo dojo, onde as promessas de ascensão rápida e a promiscuidade social são as novas moedas de troca. Adquirindo o cinto negro não pela via da dedicação, mas pelo poder monetário, ele ergue-se como o grande Sifu, iludindo-se com a miragem da autoridade.
Neste ambiente que ele próprio forjou, rodeado por almas cúmplices na sua ilusão, o fracasso torna-se motivo de celebração, enquanto a excelência real é eclipsada pela máscara do sucesso fabricado. Na encenação do poder e prestígio, refugiam-se, ávidos por uma validação que não encontram nas suas vidas para lá das paredes do dojo.
Os verdadeiros buscadores da arte, ao vislumbrarem a futilidade deste teatro de vaidades, logo se retiram, deixando para trás aqueles que preferem o simulacro do conhecimento à árdua jornada da aprendizagem genuína. E assim, o dojo prospera, não pela luz da verdade, mas pela sombra da ilusão, onde o ser e o parecer se entrelaçam numa dança sedutora.
Deus tem ferramentas apropriadas e eficazes para tratar nosso corpo e alma, tirando do fundo do nosso ser a vaidade e fazendo florescer a sua humildade em nossas vidas.
Não é o meu mundo, este das luzes falsas e dos risos vazios. Não me encontro nos sorrisos de porcelana, nas felicidades ensaiadas. Não quero partilhar palavras ocas, conversas sem alma, onde o vazio se disfarça de importância. Não me reconheço nas máscaras de vaidade, nos olhares de arrogância que se erguem como narizes ao vento.
Aqui, a inveja semeia competições vãs, materializa o espírito e afasta a verdadeira essência. Não, este cenário de ilusões não é o meu lugar. Procuro o simples, o genuíno, onde o ser é mais que o parecer. Busco a pureza dos gestos sinceros, a presença dos que são e estão, sem pretensão ou artifício.
Como um ingénuo, quero apenas ser e estar, em harmonia com a simplicidade, ao lado de quem vive com a verdade no olhar e luz na alma.
Não é o meu mundo, este das luzes falsas e dos risos vazios, das felicidades ensaiadas e conversas sem alma, onde a inveja semeia competições vãs e a arrogância se ergue. Procuro o simples e genuíno, onde o ser é mais que o parecer, em harmonia com a verdade no olhar e luz na alma.
E vai chegar o tempo em que toda lágrima se secará e viveremos em paz. E essa paz é o nosso descanso eterno, pois a vida aqui é só tormento e ilusão. Os momentos de alegria são engodos, armadilhas para nos derrubar e mostrar que tudo é vaidade, pura vaidade, loucura...
Podemos viver muitas coisas, se divertir bastante, ter muitos amigos e curtir muito, mas o que muda o nosso destino, são nossas escolhas porque no final tudo se transforma em pura vaidade, por escolhas erradas.
Assim como o baiacú se infla para intimidar, pessoas vaidosas rebaixam outras para impor uma falsa superioridade.
Solitariedade
Movimento de inclusão solidária aos solitários deste mundo. Que esse texto chegue a todos aqueles que sentem o vazio da solidão, em qualquer momento que seja, especialmente àqueles doentes que se veem sem amigos para compartilhar um pouco da sua dor e dividir momentos de loucura.
Esse movimento é para todos aqueles amargurados, que com o mínimo de cérebro, preferem a solidão a presenças mais vazias do que o próprio vazio interior.
Solitariedade
Solitários por escolha e por vaidade 🫧🌟
Sintam-se abraçados e acolhidos, e mais que tudo, compreendidos.