Vaidade
Sou desprovido de soberba mas tenho vaidade como principio, para alcançar vários patamares de saberes em universos, que por simplicidade e humildade me eram inalcançáveis e inatingíveis.
O verdadeiro homem publico é simples e não se cega pela vaidade e nem pela hierarquia politica que transitoriamente ocupa, pelo contrario em seu espirito servidor social, se reconhece semelhante como o mais pequenino eleitor que ele representa. Pensa a frente por um bem maior, que contemplará melhores condições de vida, menos injustiças sociais e condições mais dignas para toda humanidade em seu entorno.
A vaidade nos faz acreditar em coisas sem importância real, como se fosse uma grande homenagem conquistada por distinção.
Pela vida acadêmica presencio sempre um orgulho burro e uma torpe vaidade de quem não sabe. Toda vez que explico e ensino sobre qualquer assunto, quem recebe o aprendizado replica depois, eu já sabia.
Minha vaidade é pouca, afinal sempre fui um ser inacabado. Esforçado sempre, em parecer o mais comum possível mas sem exageros. Meu ego, foi passear um dia e nunca mais voltou, que bom, tenho aprendido muito bem, a viver sem ele. Já minha liberdade, é infantil vinda da terra do nunca, nunca cresceu. Vive na rebeldia de achar que tudo que é muito serio, é chato. Procurando um arco-íris hoje de novo.
“De vaidade alimentam-se os corpos
e no acúmulo egoico, das massas,
em massa a idade se vai,
ao mesmo tempo que
na escassez de amor
almas morrem de fome.”
Viviane Andrade
A vaidade tem seu preço na vitrine. Ela é a amiga útil do encanto, faz magia para atrair os elogios e os olhos de alguém que se quer tanto, mas se alguém te quis vestida em aparatos não quererá quando souber quem és de fato.
A diferença entre a vaidade e o orgulho consiste em que este é uma convicção bem firme da nossa superioridade em todas as coisas; a vaidade, pelo contrário, é o desejo de despertar nos outros essa persuasão, com a esperança secreta de chegar por fim a convencer nós mesmos.
Nada supera a satisfação da própria vaidade e nenhum machucado dói mais do que o ataque a ela.
O excesso de vaidade de uma mulher, deve-se em grande parte à necessidade de defender-se das outras.
Ao contrário do que se pensa, vaidade e modéstia não são duas coisas distintas, são o direito e o avesso de um mesmo sentimento: o amor-próprio.
“” Interessante a vaidade,
Vem sempre acompanhada do egoísmo
Arrastando tudo feito ventania
Desarruma o que o destino preparou
Imensa tirania
Acordar no meio do sonho bom
E perder o final da história
Bate uma dor...
Ajunte mais, espalhe menos
Veja se consegue repartir o pão...””
O ego cega, a vaidade, faz inventarmos sem pensar e, se pensamos, nos entorpecemos pelas aparências de mostrar o que não é, não foi, menos ainda será.
Os baques e as percas sempre me foram bons pra me tirar do pedestal quando o ego começa a me elevar ao alto.
O gosto da perca é este. Nos mostrar o quão amargas as aparências e egos são, o preço da verdade.
Cem mil verdades nada servem diante de uma mentira, por ego, vaidade e demonstrações vazias.
Lições que aprendemos sempre melhor às duras penas, e consequências que ficam ao resto da vida.