Vaidade
O preço da vaidade
Quando o corpo perece, aos caprichos da vida, morre um pouco de nossa sensatez. Não por mera coincidência nos custamos a nos entregar aos pecados da carne, pois sabemos que uma vez provado deste delicioso mal, os nossos corpos podem pedir mais, então seria tarde de mais para recuperar a pureza pela qual nossas almas são feitas.
Está em todos os lugares, em um olhar, no dizer malicioso de um bom dia, ou apenas em uma imaginação fixa de cobiça, pela linda menina que passa sem lhe perceber. Difícil talvez seja perceber, mas convenhamos ser muito fácil de se entregar, não é pura demagogia dizer que fomos feitos para o pecado, mas é tolice dizer que podemos resistir a todas as tentações que são postas em nossas mesas.
Um homem ama uma mulher, até então tudo normal, flores, poesias e carinhos no dia a dia, tudo certo, tudo legal, se não fosse o desejo carnal, o desejo de controle e sedução, de fazer coisas inimagináveis com quem esta ao seu lado, como quem tira as pétalas de uma flor uma a uma, sem lhe sobrar beleza para observar, sem restar o que apreciar, então parte para novas conquistas.
Assim tem inicio o jogo da vida, o jogo de sentimentos, o jogo das traições e o jogo das desculpas mal ditas, nessa forma que engolimos qualquer coisa para manter algo ou alguém ao nosso lado, possível que nosso orgulho nos domine, muito provável que o medo determine nossos próximos passos, se formos prestar bastante atenção, será possível observar que deixaremos muitas vezes de buscar a felicidade em outros portos, por se contentar com algo seguro aos nossos olhos, embora nossas mentes digam que se pode ter mais felicidade.
Então surge uma pergunta clara e direta em nossa cabeça, qual o preço da vaidade? A vaidade da vida, do que as pessoas vão pensar sobre nós, ditando assim nosso ritimo, impedindo cada pessoa de lutar pelo que se realmente quer. Esta preocupação em relação á própria imagem, o medo de enfrentar nossa própria imagem arranhada, em um gigante espelho, aonde todos procuram seus defeitos. Ficamos realmente pequenos diante do nosso desespero, mostramos a nós mesmos de que material somos feitos, e na maioria das vezes choramos, pela própria falta de atitude.
Somos será tão ínfimos assim? Ou apenas se contentamos em coexistir? O certo é que na maioria das vezes estamos errados, e não aceitando este erro grotesco, no qual abrimos mão, deixamos partir com ele uma parte preciosa de nossas vidas, na qual possivelmente se encontre a nossa alegria. Para tanto é necessário ser modesto, engolir o orgulho e procurar fazer o certo e o certo na maioria das vezes é o que se quer, não o que os outros querem.
Escritores, em seu derradeiro sentimento de vaidade, são como os espartanos; lutam bravamente para fazer-se notável na eternidade.
10 segundos.
Um instante mudaria tudo,
Um momento mudaria o mundo,
Se minha vaidade ou apenas parte dela,
Fizesse-me perder mais 10 segundos,
Ou antecipar em 10 segundos,
Nada mudaria, estaria em minha cansativa rotina,
Essencial e alegre rotina,
10 segundos, mudo o “destino”, ou uma melhor expressão,
Mudou os meus planos,
Viagens, aniversarios, passeios, mudou tudo,
Por causa de apenas miseros segundos.
"Poucos sabem lidar com a vaidade, na dose certa, ela é necessária, mas quando vira espuma do orgulho, ofusca as virtudes e qualidades, por mais brilho que elas possam ter"
Nada sei, mas do que se faz certo é de que a vaidade é cuidadosamente guardada dentro de nós mesmos;
A soberba, a ganância e a vaidade daqueles que julgam ter cadeiras cativas no céu à destra de Deus, mas na verdade agem como emissários de Lúcifer em sua vida terrena, provoca um contrassenso espiritual muito difícil de digerir e de aceitar como verdade. A fé dos fracos e dos incrédulos se dissipa ainda mais diante do comportamento intolerante, dúbio e mercenário dos falsos homens de Deus.
DESGOSTO
Não gosto da praia, porque nela
Sinto o nojo da vaidade humana.
Todas aquelas pessoas preocupadas
Com o nu do corpo
Enquanto o mar
Vomita intensamente.
Enfim...
O mar é salgado
E eu gosto de doce
O mar é revoltado
E eu a revolta
O mar usa a força porque lhe falta inteligência
E eu uso a inteligência porque me falta força
O mar faz a natureza brotar das profundezas
E eu faço a natureza brotar do concreto
E no fim
O mar fica lá, preso em sua própria fúria
Como enfeites de vitrine barata.
Enquanto eu enceno o simples da vida
Sem regras ou planos previamente assinados.
Vaidade de vaidade, qualquer coisa que o homem faz;
se fizer algo novo, será para para seus próprios olhos.
Viver a viva sem ilusão é ser iludido pela realidade, numa vida pena, sempre há vaidade.
Não fujas do real, pois o irreal é a mais pura verdade, transparece na sua face sua falsa identidade fingindo-se real sem ter medo da verdade. Acredita na moral, quando vive a imoralidade nesta sociedade. Isto é uma realidade?
Vaidade
Beber para ter coragem de gritar
O grito dos indecentes
Da inconsequência
Da justificação que não convence.
Viajar para fugir da própria verdade
A verdade que está enraizada
Que acompanha em toda a caminhada
E da redoma não sairá.
Pássaro negro camuflado de mil cores
Para manter os milhares de amores,
Mas a chuva cairá
E as cores irão desbotar.
Manter um tapete vermelho estendido
Caminhar sobre ele desmilinguido
Com a bebida, as viagens e as cores,
Que causam dissabores.
Que presunção mal fundada
De quem mantém ostentação
Para merecer admiração
De uma qualidade do que é vão.