Vai Ficar na Memoria
E, quando o presente é feio e o futuro incerto, o passado vem-nos sempre a memória como o tempo em que fomos felizes.
Navego pela memória sem margens.
Nota: Trecho do poema "Explicação": Link
...MaisPor favor
Um café expresso
Para uma noite insone
Porque sua memória maldita
Da minha cabeça não some
Existem tempos em que o passado volta em sua memória como um filme que nem sempre gostariamos de rever, as vezes tomamos decisões que julgamos corretas apenas pelo curto período de raiva ou decepção, existem tempos em que tudo que queremos é poder voltar atrás e corrigir todos os erros, ou apenas dizer aquela frase que faltou dizer porque o orgulho não nos permitiu, e ao ver que isso não é possível, a única coisa que queremos é sumir, desaparecer; pra depois poder começar de novo, esperando que assim todas os erros e atitudes sumam também. A verdade é que todos passamos e fazemos coisas boas e ruins; e fugir dos problemas não os fazem desaparecer. Aprenda a viver da sua forma, adapte as coisas a seu favor, a vida é como um jogo e nem sempre podemos vencer, o importante é não deixar que as coisa pequenas, ou mesmo grandes problemas possam te derrubar da forma mais fácil, você pode ser mais forte do que pensa. As coisas só tem o peso que você da pra elas.
Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos.
Jamais se apagaram da minha memoria os momentos em que estivemos juntos... não se apagaram do coração a sensação de estar ao seu lado...
E mesmo o tempo e a vida continou e os caminhos novamente se juntaram...
O coração dessa vez gritou no nosso silencio, e já não existe independente de mim ou de VC!E agora somos NÓS!!!
E por varios momentos somos felizes, mesmo com pedras, ainda fomos nós... E a cada dia mais ainda... Aprendendo o que é o amor... aprendendo a amar...
E em cada momento te amei mais ainda!!!
Algumas pedras me tiram do nosso caminho... trazendo um silencio entre nós... Mas não é silencio o suficiente para o coração, pois ele grita... aprendeu a te amar...
E hoje ele aprende que te ama muito e que amar vai além de estar junto e que ainda somos Nós!!! Juntos ou separados...
Sentimento não separa!!!Não se apaga!!!
E esta em mim como estou em você!!!
Como VC esta?
Do mesmo jeito que VC!!!
TE AMO!
Minha memória me sacaneia o dia inteiro com pedaços soltos de você.
Sua imagem passa num borrão, mas meus olhos não conseguem fixar.
O gosto do seu beijo brota na minha língua e eu fico sem saber o que fazer.
Não sei dizer de onde vem, mas sinto o rastro do seu cheiro no meu ar.
Grave isso na memória, rapaz: um mundo é sustentado por quatro coisas (...): o conhecimento dos sábios, a justiça dos poderosos, a prece dos justos e a coragem dos bravos. Mas tudo isso de nada vale (...) sem um governante que conheça a arte de governar. Faça disso a ciência de sua tradição!
Parte de mim gostaria de apagá-los da minha memória, para que eu nunca precisasse sofrer por eles. Mas outra parte teme o que eu me tornaria sem eles.
(Tris Prior - Insurgente)
Ama-se por memória.
Nota: Trecho de "Poema de canção sobre a esperança"
A UM SUICIDA
À memória de Tomás Cabreira Júnior
Tu crias em ti mesmo e eras corajoso,
Tu tinhas ideais e tinhas confiança,
Oh! quantas vezes desesp'rançoso,
Não invejei a tua esp'rança!
Dizia para mim: — Aquele há-de vencer
Aquele há-de colar a boca sequiosa
Nuns lábios cor-de-rosa
Que eu nunca beijarei, que me farão morrer
A nossa amante era a Glória
Que para ti — era a vitória,
E para mim — asas partidas.
Tinhas esp'ranças, ambições...
As minhas pobres ilusões,
Essas estavam já perdidas...
Imersa no azul dos campos siderais
Sorria para ti a grande encantadora,
A grande caprichosa, a grande amante loura
Em que tínhamos posto os nossos ideais.
Robusto caminheiro e forte lutador
Havias de chegar ao fim da longa estrada
De corpo avigorado e de alma avigorada
Pelo triunfo e pelo amor
Amor! Quem tem vinte anos
Há-de por força amar.
Na idade dos enganos
Quem se não há-de enganar?
Enquanto tu vencerias
Na luta heroica da vida
E, sereno, esperarias
Aquela segunda vida
Dos bem-fadados da Glória
Dos eternos vencedores
Que revivem na memória —
Sem triunfos, sem amores,
Eu teria adormecido
Espojado no caminho,
Preguiçoso, entorpecido,
Cheio de raiva, daninho...
Recordo com saudade as horas que passava
Quando ia a tua casa e tu, muito animado,
Me lias um trabalho há pouco terminado,
Na salazinha verde em que tão bem se estava.
Dizíamos ali sinceramente
As nossas ambições, os nossos ideais:
Um livro impresso, um drama em cena, o nome nos jornais...
Dizíamos tudo isso, amigo, seriamente...
Ao pé de ti, voltava-me a coragem:
Queria a Glória... Ia partir!
Ia lançar-me na voragem!
Ia vencer ou sucumbir!...
Ai! mas um dia, tu, o grande corajoso,
Também desfaleceste.
Não te espojaste, não. Tu eras mais brioso:
Tu, morreste.
Foste vencido? Não sei.
Morrer não é ser vencido,
Nem é tão pouco vencer.
Eu por mim, continuei
Espojado, adormecido,
A existir sem viver
Foi triste, muito triste, amigo, a tua sorte —
Mais triste do que a minha e malaventurada.
... Mas tu inda alcançaste alguma coisa: a morte,
E há tantos como eu que não alcançam nada...
Lisboa, 1° de outubro de 1911
(aos 21 anos)
Todo malandro tem memória fraca, só é feliz no presente, no futuro se torna vulnerável, refém da verdade a ser revelada, se tornando um otário.
Se ao menos houvesse uma invenção que engarrafasse uma memória, como aroma. E que nunca esmaecesse, nunca azedasse. E que, se a pessoa quisesse, poderia desarrolhar a garrafa e seria como viver aquele momento todo outra vez.